Questões Concurso SEDUC-SP

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Listagem de Questões Concurso SEDUC-SP

#Questão 1134156 - Língua Portuguesa, Interpretação de Textos, VUNESP, 2025, SEDUC-SP, Professor de Educação Básica II - Língua Portuguesa

Leia o texto para responder à questão:


Cinco horas da tarde


Recebi agora um bilhete de mana Rita, que aqui vai colado:

9 de janeiro


“Mano,

Só agora me lembrou que faz hoje um ano que você voltou da Europa aposentado. Já é tarde para ir ao cemitério de São João Batista, em visita ao jazigo da família, dar graças pelo seu regresso; irei amanhã de manhã, e peço a você que me espere para ir comigo.

Saudades da Velha mana, Rita”.

Não vejo necessidade disso, mas respondi que sim.


10 de janeiro


     Fomos ao cemitério. Rita, apesar da alegria do motivo, não pôde reter algumas velhas lágrimas de saudade pelo marido que lá está no jazigo, com meu pai e minha mãe. Ela ainda agora o ama, como no dia em que o perdeu, lá se vão tantos anos. No caixão do defunto mandou guardar um molho dos seus cabelos, então pretos, enquanto os mais deles ficaram a embranquecer cá fora.


    Não é feio o nosso jazigo; podia ser um pouco mais simples, — a inscrição e uma cruz — mas o que está é bem feito. Achei-o novo demais, isso sim. Rita fá-lo lavar todos os meses, e isto impede que envelheça. Ora, eu creio que um velho túmulo dá melhor impressão do ofício, se tem as negruras do tempo, que tudo consome. O contrário parece sempre da véspera.


    Rita orou diante dele alguns minutos, enquanto eu circulava os olhos pelas sepulturas próximas. Em quase todas havia a mesma antiga súplica da nossa: “Orai por ele! Orai por ela!” Rita me disse depois, em caminho, que é seu costume atender ao pedido das outras, rezando uma prece por todos os que ali estão. Talvez seja a única. A mana é boa criatura, não menos que alegre.


(Machado de Assis, Memorial de Aires)

Luiz Antônio Marcuschi (Produção textual, análise de gêneros e compreensão, 2008) explica que a intertextualidade “supõe a presença de um texto em outro”, como se pode comprovar com a passagem: 

#Questão 1134169 - Pedagogia, Aspectos Psicológicos da Educação, VUNESP, 2025, SEDUC-SP, Professor de Educação Básica II - Educação Especial (Deficiência Intelectual)

Com base na teoria vygotskyana, Trentin (2018) destaca que a ideia de que a criança deve atingir um determinado nível de desenvolvimento conforme sua idade é inválida. Isso ocorre porque o desenvolvimento é construído de forma individual e não depende exclusivamente da idade, mas dos estímulos recebidos no ambiente em que a criança está inserida. Assim, em relação à criança com Deficiência Intelectual, é essencial a compreensão de suas

#Questão 1134157 - Língua Portuguesa, Interpretação de Textos, VUNESP, 2025, SEDUC-SP, Professor de Educação Básica II - Língua Portuguesa

Leia o texto para responder à questão:


Cinco horas da tarde


Recebi agora um bilhete de mana Rita, que aqui vai colado:

9 de janeiro


“Mano,

Só agora me lembrou que faz hoje um ano que você voltou da Europa aposentado. Já é tarde para ir ao cemitério de São João Batista, em visita ao jazigo da família, dar graças pelo seu regresso; irei amanhã de manhã, e peço a você que me espere para ir comigo.

Saudades da Velha mana, Rita”.

Não vejo necessidade disso, mas respondi que sim.


10 de janeiro


     Fomos ao cemitério. Rita, apesar da alegria do motivo, não pôde reter algumas velhas lágrimas de saudade pelo marido que lá está no jazigo, com meu pai e minha mãe. Ela ainda agora o ama, como no dia em que o perdeu, lá se vão tantos anos. No caixão do defunto mandou guardar um molho dos seus cabelos, então pretos, enquanto os mais deles ficaram a embranquecer cá fora.


    Não é feio o nosso jazigo; podia ser um pouco mais simples, — a inscrição e uma cruz — mas o que está é bem feito. Achei-o novo demais, isso sim. Rita fá-lo lavar todos os meses, e isto impede que envelheça. Ora, eu creio que um velho túmulo dá melhor impressão do ofício, se tem as negruras do tempo, que tudo consome. O contrário parece sempre da véspera.


    Rita orou diante dele alguns minutos, enquanto eu circulava os olhos pelas sepulturas próximas. Em quase todas havia a mesma antiga súplica da nossa: “Orai por ele! Orai por ela!” Rita me disse depois, em caminho, que é seu costume atender ao pedido das outras, rezando uma prece por todos os que ali estão. Talvez seja a única. A mana é boa criatura, não menos que alegre.


(Machado de Assis, Memorial de Aires)

Para comunicar-se com seu irmão, Rita utilizou um bilhete. Com base em Koch e Elias (Ler e escrever: estratégias de produção textual, 2011), as expressões “Mano”, “você”, “seu regresso” e “me espere” dizem respeito à sequência tipológica 

#Questão 1134170 - Pedagogia, Temas Educacionais Pedagógicos, VUNESP, 2025, SEDUC-SP, Professor de Educação Básica II - Educação Especial (Deficiência Intelectual)

Felipe, uma criança com Síndrome de Down, realizará suas primeiras avaliações na nova escola. Ao refletir sobre a avaliação da aprendizagem no contexto inclusivo e considerando as orientações de Trentin (2018), a equipe escolar reconheceu a importância de direcionar a avaliação para a compreensão das necessidades educacionais de Felipe e dos demais alunos público-alvo da educação especial. Nesse sentido, é fundamental que as ações avaliativas

#Questão 1134158 - Língua Portuguesa, Interpretação de Textos, VUNESP, 2025, SEDUC-SP, Professor de Educação Básica II - Língua Portuguesa

Leia o texto para responder à questão:


Cinco horas da tarde


Recebi agora um bilhete de mana Rita, que aqui vai colado:

9 de janeiro


“Mano,

Só agora me lembrou que faz hoje um ano que você voltou da Europa aposentado. Já é tarde para ir ao cemitério de São João Batista, em visita ao jazigo da família, dar graças pelo seu regresso; irei amanhã de manhã, e peço a você que me espere para ir comigo.

Saudades da Velha mana, Rita”.

Não vejo necessidade disso, mas respondi que sim.


10 de janeiro


     Fomos ao cemitério. Rita, apesar da alegria do motivo, não pôde reter algumas velhas lágrimas de saudade pelo marido que lá está no jazigo, com meu pai e minha mãe. Ela ainda agora o ama, como no dia em que o perdeu, lá se vão tantos anos. No caixão do defunto mandou guardar um molho dos seus cabelos, então pretos, enquanto os mais deles ficaram a embranquecer cá fora.


    Não é feio o nosso jazigo; podia ser um pouco mais simples, — a inscrição e uma cruz — mas o que está é bem feito. Achei-o novo demais, isso sim. Rita fá-lo lavar todos os meses, e isto impede que envelheça. Ora, eu creio que um velho túmulo dá melhor impressão do ofício, se tem as negruras do tempo, que tudo consome. O contrário parece sempre da véspera.


    Rita orou diante dele alguns minutos, enquanto eu circulava os olhos pelas sepulturas próximas. Em quase todas havia a mesma antiga súplica da nossa: “Orai por ele! Orai por ela!” Rita me disse depois, em caminho, que é seu costume atender ao pedido das outras, rezando uma prece por todos os que ali estão. Talvez seja a única. A mana é boa criatura, não menos que alegre.


(Machado de Assis, Memorial de Aires)

De acordo com Koch e Elias (Ler e escrever: estratégias de produção textual, 2011), nas frases “Não vejo necessidade disso, mas respondi que sim.” e “Talvez seja a única.”, as expressões destacadas mantêm relação coesiva, correta e respectivamente, com:

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