Questões Concurso Prefeitura de Buíque - PE

embora a frase seja chocante, ela revela uma realidade: a da ignorância de nossos professores em matéria pedagógica.

a prática pedagógica exige saberes específicos que não podem se limitar ao simples conteúdo: saberes didáticos, psicocognitivos, organizacionais, históricos, éticos.

a prática pedagógica é, na verdade, uma arte, e não pode ser circunscrita a uma "ciência da educação", que é disciplina objetiva.

o que está em jogo aqui é o problema das "competências" pedagógicas, sendo que a mais importante, diante do quadro social brasileiro, é o de controlador de disciplina que também pode ser exercido, como nos Estados Unidos, pelo "policial-pedagogo".

toda prática implica uma teoria, mas a Pedagogia é a única teoria que não corresponde precisamente a uma prática, mas a um conjunto de intenções.

o professor deve aproveitar os erros que comete, na sala de aula, para refletir sobre sua "práxis", que é "ação e reflexão sobre a ação".

o "erro" significa, muitas vezes, a oportunidade para que o professor auxilie o aluno a refletir sobre a norma (lingüística ou outra), provocando um "conflito cognitivo" que o ajudará a reformular suas "hipóteses".

as pedagogias que apostam no erro, no fundo, promovem a ideologia da classe dominante, uma vez que, na escola dos favorecidos, o erro é sistematicamente corrigido e não um "estímulo à reflexão".

toda aprendizagem implica erros que devem ser corrigidos através de novas teorias pedagógicas.

toda reflexão bem conduzida também comete erros, sobretudo no campo pedagógico que é essencialmente experimental.

há professores que ensinam pessimamente, mas os alunos aprendem assim mesmo.

que o processo pedagógico pode prescindir do professor, que aos poucos está sendo substituído pelas novas tecnologias educacionais

que ensino e aprendizagem não têm uma relação entre si, tudo dependendo do "ambiente pedagógico" e das "engenharias didáticas".

a aprendizagem é um processo complexo que implica amplamente o investimento do próprio aluno e a adequação dos conteúdos ao desenvolvimento cognitivo do educando.

a afirmação não tem sentido, pois sempre que se ensina "algo" é porque este "algo" foi aprendido por alguém.

no sentido de eliminar a avaliação subjetiva ("questão aberta") pela avaliação objetiva ('múltipla escolha").

no sentido de adotar a avaliação pontual e terminal, onde a "prova" tem uma função legitimamente eliminatória e classificatória.

no sentido de suprimir integralmente a avaliação, considerada como ultrapassada, meritocrática e baseada numa concepção "bancária" de educação.

no sentido da avaliação processual e contínua, sem a perspectiva classificatória e normativa e partindo de uma nova relação com o saber

no sentido de aceitar apenas as representações que o aluno faz do "saber", independentemente do "certo" ou "errado", conceitos vazios e relativos.

ao modo de transmitir uma matéria pelo professor que pode ter "didática" ou não.

às críticas à Escola Nova que centra todo o processo pedagógico no aluno e esquece que educar é transmitir.

às cinco etapas do processo didático: rememoração, apresentação, problematização, aplicação e fixação.

à forma como os livros didáticos estão estruturados, partindo do "simples" para o "complexo".

à trajetória cumprida pelo saber, desde a sua produção, na comunidade científica, até a sua inserção na sala de aula.