Listagem de Questões Concurso CD
Nossas ações são incoerentes, segundo Montaigne,
porque somos produtos do acaso, que impede a constância de nossa vontade.
porque procedemos como o arqueiro que só se apresta ao tiro depois de se decidir quanto ao alvo.
quando procedemos como o pintor que se provê de tintas sem ter ciência do que irá pintar.
quando nos afastamos de uma linha de conduta porque decidimos por outra, que nos permite avançar.
quando reagimos à força do acaso, buscando ventos que favoreçam nossa chegada a um bom porto.
Na perspectiva do autor do texto, as práticas esotéricas
deixam de ter valor científico quando há falha ou inconsistência na metodologia adotada para seu acompanhamento.
interpretam com naturalidade vários fenômenos físicos cuja mecânica os cientistas não conseguem explicar.
desfrutam de grande popularidade porque satisfariam os interesses individuais de quem a elas recorre.
fascinam as pessoas em razão de a astronomia ter chegado a um grau de desenvolvimento que a astrologia ainda não conheceu.
inviabilizam um maior conhecimento que as pessoas mais crédulas poderiam ter de si mesmas.
A frase que contém conclusão autorizada pelo texto é:
Segundo um raciocínio característico da Idade Moderna, abandonar crianças era colocar suas vidas em risco e, portanto, comprometer potencialmente a prosperidade da nação em que se dava tal prática.
As preocupações exacerbadas com a infância abandonada têm seu ápice entre a Antiguidade e a Idade Média, e, a partir daí, são arrefecidas pela inserção de variantes econômicas no debate.
O Império Português, ao encarregar as Santas Casas de Misericórdia da criação dos enjeitados, atestava seu desejo de se abster de qualquer interferência política no gerenciamento desse problema.
Em certas revisões históricas, Salvador e Rio de Janeiro puderam ser tomados como centros urbanos importantes do século XVIII em função do número de expostos que neles eram recolhidos.
A obra de José Joaquim da Rocha tem valor discutível, já que explicita evidente desleixo desse autor quanto ao esclarecimento do papel dos governantes na administração de um grave problema social existente no século XVIII.
É correto afirmar que o texto
apresenta argumentos favoráveis a que a questão da infância seja acolhida por setores diversos da sociedade, dada a sua relevância social, humanitária e econômica. A menção a uma certa crença moderna e ao fato de religiosas terem primeiramente assumido a tarefa de cuidar dos enjeitados em Minas serve para enfatizar que o tema diz respeito a toda a sociedade e não apenas aos políticos.
disserta sobre a relevância do tema das crianças enjeitadas, desde a Antiguidade até o século XVIII, apontando o paulatino refinamento por que passou o seu tratamento nesse período, na Europa e no Brasil. O recurso a datas e períodos específicos tem, fundamentalmente, função de explicitar os marcos desse processo.
apresenta breve histórico do tratamento da questão da infância abandonada, partindo de constatações mais gerais e desembocando no caso de uma região específica. Nesse percurso, reúnem-se citações e argumentos de autoridades intelectuais que conferem maior credibilidade ao relato empreendido.
estabelece os limites entre a ação governamental e a das organizações civis (como as ordens religiosas) no processo de acolhimento de crianças expostas, pondo em relevo que apenas recentemente os governos passaram a tomar para si essa responsabilidade. O caso das vilas mineiras serve de exemplo da histórica displicência dos políticos.
defende que, embora reconhecidamente grave, o persistente problema dos meninos e meninas abandonados esteja longe de encontrar solução. Ratificam essa tese os dados que remetem a um longo e ininterrupto histórico de práticas de abandono no mundo e também nas regiões mais desenvolvidas do Brasil no século XVIII.
No fragmento citado, Franco Júnior
alude à transformação das noções de mito, ideologia e utopia, destacando o paulatino processo de baralhamento por que elas passam no campo dos estudos históricos.
aponta os movimentos relevantes no processo de emergência do conceito contemporâneo de imaginário, realçando sua especificidade em face de conceitos mais genéricos.
concebe as questões terminológicas como secundárias em sua área de estudos, pois os conceitos com que nela se opera são movediços e impedem qualquer tentativa de especificação vocabular.
estabelece fronteiras e intersecções entre palavras do vocabulário corrente, deslocando-as para um específico quadro de reflexões — o da história.
propõe que sempre se observem as divergências assinaladas pelos termos mito, ideologia e utopia, a fim de preservar o rigor com que a história deve abordar a complexidade do homem.
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