Listagem de Questões Concurso MJ
Em seu texto “A sociedade contra o Estado” Pierre Clastres afirma que as sociedades primitivas, objeto tradicional da Antropologia nas primeiras décadas de institucionalização da disciplina, não estariam condenadas à economia de subsistência em razão de uma pretensa inferioridade tecnológica. O argumento do autor se sustenta, fundamentalmente,
na compreensão de que a divisão do trabalho entre homens e mulheres propiciava excedentes que possibilitavam trocas para além das necessidades básicas do grupo.
no entendimento de que as sociedades primitivas dominavam o meio natural adaptado e relativo às suas necessidades.
na idéia de que os grupos nessas sociedades dominavam absolutamente a natureza e, dessa forma, proviam de forma equilibrada e igualitária as necessidades básicas da sociedade.
na convicção de que, por se tratarem de sociedades sem Estado, não havia necessidade de produção de excedentes para a manutenção de grupamentos voltados para o exercício da guerra.
na comprovação empírica de que as trocas entre grupos de distintas sociedades como, por exemplo, o casamento, possibilitava o uso compartilhado de variados recursos naturais.
Luis Roberto Cardoso de Oliveira ressalta um aspecto importante no que diz respeito à ação afirmativa como política social: o Estado precisa valorizar, em situações específicas, determinados grupos sociais e, assim, contemplar a igualdade de acesso aos direitos de cidadania. Neste sentido, o autor
estabelece uma dimensão importante, porque coloca em xeque o desprezo às diferenças, sempre presente em sociedades hierarquizadas como a sociedade brasileira.
estabelece uma dimensão importante quando consideramos sociedades com forte ideologia individualista como a sociedade americana, visto que se trata de direitos coletivos em confronto com a ótica liberal.
estabelece uma dimensão importante porque destaca a relevância da relativização dos direitos em sociedades individualistas, como a sociedade americana.
fortalece a relevância de uma política compensatória em países com tradição histórica de discriminação racial.
questiona a tradição liberal e estabelece uma nova lógica de implantação de direitos.
Para Roberto Da Matta, a pergunta deve ser evitada no Brasil. Isso pode ser explicado porque, segundo o autor, a pergunta
está ligada a um processamento jurídico denominado inquérito, sempre acionado quando há suspeita de pecado ou de crime.
denota um interesse, podendo ser considerado negativo, dependendo de quem seja o interlocutor.
está vinculada ao procedimento jurídico denominado inquérito, sempre acusatorial.
supõe a possibilidade de questionamento a respeito da justiça social no Brasil, o que não condiz com os princípios hierárquicos que caracterizam a sociedade brasileira.
expõe os hipossufientes a uma situação socialmente vexatória ampliando a desigualdade social existente na sociedade brasileira.
Os programas empreendidos pelas reformas protestantes, segundo Weber, levaram a mudanças profundas nas sociedades ocidentais, o que permitiu, segundo ela, a ascensão e a consolidação do que chamou de espírito do Capitalismo que se deu
em decorrência da alteração da superestrutura da sociedade fundamental, permitindo a substituição dos modos de produção.
em virtude da veiculação e da concepção do trabalho e do lucro como mecanismos de ligação com Deus e salvação da alma.
por conta das fortes vinculações entre a burguesia ascendente e o clero estabelecido, possibilitando a consolidação do Capitalismo.
por motivações filosóficas que levaram à substituição de uma lógica deísta por uma racionalidade científica e econômica.
por evolução natural do sistema produtivo, em função das mudanças de base técnicas e tecnológicas.
Segundo Roberto Kant de Lima, os conflitos sociais se distinguem em virtude das características culturais que informam as práticas e representações dos agentes sociais. A forma como se concebem os conflitos nas sociedades dos Estados Unidos da América e do Brasil, de acordo com o autor, é que
nos Estados Unidos, os conflitos estão representados como resultado da homogeneidade social, enquanto no Brasil os conflitos são representados como resultado da heterogeneidade social.
a representação dos conflitos nos Estados Unidos está associada à intolerância com as diferenças raciais. No Brasil, a representação dos conflitos está associada à cordialidade do povo brasileiro.
nos Estados Unidos os conflitos são marcados pelo seu caráter implícito enquanto, no Brasil, os conflitos são marcados pelo caráter explícito.
a representação dos conflitos nos Estados Unidos da América está associada ao embate produzido por pontos de vista diferentes de indivíduos iguais que se opõem. No Brasil, a representação dos conflitos está associada a uma diferença formal entre pessoas diferentes que se complementam.
a representação dos conflitos nos Estados Unidos da América está associada à negação da diferença. No Brasil, a representação dos conflitos está associada à aceitação da diferença.
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