Questões Concurso IPHAN

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No fragmento a seguir, Marcel Mauss discorre sobre a vida econômica em determinadas sociedades não ocidentais, propondo um contraste em relação às concepções modernas.

[T]oda essa economia muito rica está cheia de elementos religiosos: a moeda tem ainda seu poder mágico e ainda está ligada ao clã ou ao indivíduo; as diversas atividades econômicas, por exemplo o mercado, ainda estão impregnadas de ritos e de mitos; conservam um caráter cerimonial, obrigatório, eficaz; estão repletas de ritos e de direitos. É algo muito diferente do útil que circula nessas sociedades, a maioria delas já bastante esclarecidas.

MAUSS, Marcel. Sociologia e antropologia. São Paulo: Cosac Naify, 2003.

De acordo com o fragmento, assinale a afirmativa correta.

No texto a seguir, o autor apresenta uma aparente contradição no discurso da modernidade.

Se o “espírito” era “moderno”, ele o era na medida em que estava determinado que a realidade deveria ser emancipada da “mão morta” de sua própria história — e isso só poderia ser feito derretendo os sólidos (isto é, por definição, dissolvendo o que quer que persistisse no tempo e fosse infenso à sua passagem ou imune a seu fluxo). Lembremos, no entanto, que tudo isso seria feito não para acabar de uma vez por todas com os sólidos e construir um admirável mundo novo livre deles para sempre, mas para limpar a área para novos e aperfeiçoados sólidos.

BAUMAN, Zygmunt. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Zahar, 2000.

Nesse trecho, ele sugere que a modernidade

O trecho a seguir discorre sobre os desafios que os movimentos indígenas enfrentam na luta pelo reconhecimento institucional dos conhecimentos tradicionais.

A influência das ideias dominantes opera em dois sentidos aparentemente contraditórios. De um lado, os movimentos indígenas formulam reivindicações nos termos de uma linguagem de direitos dominante, passível de ser reconhecida e, portanto, de ser bem-sucedida. De outro, esses conceitos supõem, ao falar em “conhecimento tradicional” no singular, que um único regime possa representar uma miríade de diferentes regimes históricas e sociais de conhecimento tradicional.

CARNEIRO DA CUNHA, Manuela. “Cultura” e cultura. Conhecimentos tradicionais e direitos intelectuais. Lisboa: Oca Editorial, 2020. (Adaptado.)

Assinale a opção que descreve corretamente a situação descrita.

No trecho a seguir, Pierre Clastres apresenta uma leitura sobre a organização política das sociedades sem Estado.

[O] que os selvagens [sic] nos mostram é o esforço permanente para impedir os chefes de serem chefes, é a recusa da unificação, é o trabalho de conjuração do Um, do Estado. A história dos povos que têm uma história é, diz-se, a história da luta de classes. A história dos povos sem história é, dir-se-á com ao menos tanta verdade, a história da sua luta contra o Estado.

CLASTRES, Pierre. A sociedade contra o Estado. São Paulo: Cosac Naify, 2003.

Assinale a opção que melhor representa a concepção do autor.

Leia o trecho a seguir.

Não foram apenas os intelectuais racistas formuladores das propostas de branqueamento racial ou os propagadores da mestiçagem hierarquizada e cordial que viram os povos bantos como dotados de um conjunto de práticas desprovidas de maior profundidade. Até mesmo intelectuais comprometidos com a valorização das culturas africanas para a formação da identidade brasileira consideraram os saberes e espiritualidades dos bantos menos sofisticados, complexos e elaborados do que os dos iorubás, trouxeram ao Brasil o culto dos orixás.

SIMAS, Luiz Antonio. Umbandas: uma história do Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2022.

Com base no trecho, que aborda as tensões em torno das culturas africanas no Brasil, assinale a afirmativa correta.

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