Questões de Nutrição do ano 2012

O consumo de proteína pela pessoa idosa deve ser diminuído, já que apresenta redução da massa muscular com o envelhecimento.

Pessoas idosas que apresentam processos inflamatórios e infecciosos devem ingerir maiores quantidades de proteína, pois esses aspectos elevam a necessidade protéica, reduzem a eficiência da utilização de nitrogênio dietético e aumentam a excreção de nitrogênio.

A recomendação de ingestão protéica para o idoso é maior que a do adulto jovem, para compensar a menor necessidade de carboidratos por essa população.

A ingestão diária de referência (DRI, Dietary Reference Intakes) de proteína, para homens e mulheres acima de 51 anos , é de 1,4 g/kg/dia.

A proporção de proteína de origem animal, em relação ao total proteico, deve ser de 20%, considerando que o consumo de proteínas de boa qualidade pode estar prejudicado nos indivíduos idosos em decorrência do menor poder aquisitivo, que ocorre em razão da aposentadoria.

Os quilomícrons são formados de glicose + TG + colesterol + fosfolipídeos que favorecem a solubilidade dos lipídeos permitindo seu transporte no sangue.

Após processos de digestão e absorção, os lipídeos entram na circulação pelo sistema linfático na forma de micelas.

As micelas são formadas por ácidos graxos, glicerol, colesterol, fosfolipídeos e sais biliares.

A bile é responsável pela emulsificação dos lipídeos para permitir que esses passem da luz intestinal para o enterócito na forma de lipoproteína.

A liberação da colecistocinina permite a liberação de bile que é produzida pela vesícula biliar.

O Diabetes Mellitus é uma doença reconhecida pela presença de manifestações tais como glicosúria, poliúria, polidipsia, polifagia e perda de peso. Entretanto, a fadiga muscular e a perda de visão não são consideradas sequelas desta doença.

A hiperglicemia resulta da produção ou ação eficiente de insulina, hormônio que controla o metabolismo da glicose, da gordura e dos aminoácidos.

A ação da insulina no organismo diminui a entrada de glicose na célula por aumento da permeabilidade da membrana celular.

Na ausência da ação da insulina, a entrada de glicose na célula aumenta, levando à glicogenólise intensa com diurese osmótica, perda de água e eletrólitos (Na e Cl) e desidratação.

A insulina é um hormônio anabólico que promove a formação de reservas de glicose (glicogênio), de triglicerídeos (lipogênese) e formação de proteínas a partir de aminoácidos.

O olfato, paladar e a visão diminuem, podendo reduzir o consumo alimentar, assim como a capacidade de mastigação. O idoso passa a ter escolhas alimentares alteradas que podem aumentar o valor nutritivo da alimentação e, com isso, aumentar o risco de obesidade.

O uso de suplementos vitamínicos e de minerais pelos idosos pode ser uma alternativa a ser considerada quando há consumo de dietas inadequadas ou alguma enfermidade específica, podendo seu uso ser extrapolado, visto que uma dieta equilibrada dificilmente supre as necessidades do indivíduo.

No idoso há mudança na composição corporal, com o aumento do tecido adiposo e diminuição da massa magra. A partir dos 60 anos, esse quadro atinge todos os órgãos e com maior intensidade a massa muscular, provocando alteração na força e mobilidade.

O fracionamento das refeições, assim como a diminuição do seu volume contribuem para o processo de digestão, absorção e aproveitamento dos alimentos. Recomenda-se o consumo de doze refeições diárias para o idoso.

Não é necessário que a refeição apresente aspectos agradáveis, como a cor, sabor e aroma, tendo em vista que o olfato, paladar e a visão diminuem no idoso.

Enquanto um nutriente não for absorvido no trato gastrointestinal e entrar na circulação sistêmica, ele não estará disponível para utilização.

A avaliação de uma dieta em relação a minerais não necessariamente deve incluir considerações sobre biodisponibilidade e o conhecimento dos fatores que interferem na sua absorção.

Para se concluir se um alimento é ou não uma boa fonte de minerais basta verificar a composição química de um alimento.

Entre os fatores que não interferem na biodisponibilidade dos nutrientes estão os fitatos e nitritos.

A avaliação de uma dieta em relação a minerais necessariamente deve incluir informações sobre a absorção, mas não sobre biodisponibilidade.