Questões de Língua Portuguesa da UPE / UPENET / IAUPE

Articulando a análise das estruturas aos seus contextos de produção, efetuamos uma aproximação produtiva e necessária entre os dois lados da língua: o formal e o pragmático.

A análise de estruturas da língua para explicar ocorrências da fala coloquial é um recurso que desqualifica o lugar da análise gramatical, pois só a norma padrão se presta a ser estudada com tal requinte.

De nada nos serve o estudo das estruturas morfossintáticas do uso coloquial da língua portuguesa, pois ele não nos ajuda a compreender a língua que efetivamente se utiliza no cotidiano.

A abordagem de qualquer um dos níveis gramaticais é uma prática que já não tem mais sentido na perspectiva de um ensino atento à diversidade de expressões que se situam nas práticas sociais da língua.

O prestígio que se evidencia em categorias como 'sujeito' e 'contexto' no estudo da língua como fenômeno heterogêneo não permite mais qualquer abordagem com base em sua estrutura morfológica ou sintática.

expressão do pensamento

instrumento de comunicação.

um sistema de escolhas lingüísticas.

forma de interação.

identidade lingüística e social.

O trecho I valoriza o ensino de produção de textos pela perspectiva dos gêneros.

O trecho II valoriza os diferentes gêneros textuais que circulam socialmente.

Nenhum dos trechos prestigia o uso dos gêneros textuais transmitidos sócio-historicamente.

O ensino de produção de texto deve desprezar os tipos de textos tradicionalmente trabalhados em sala de aula.

O trecho I salienta que o espaço da sala de aula deve ser transformado numa oficina de textos de uso social.

valorizar diversos gêneros de textos, priorizando os mais freqüentes ou os mais necessários nas práticas sociais de leitura.

valorizar os diferentes gêneros textuais com diferentes finalidades, diferentes formas de organização e estruturação e diferentes estilos.

levar para sala de aula textos orais e escritos que não são originalmente produzidos pelos alunos em sala de aula.

ter em mente que a produção de textos tem como objetivo formar escritores para o convívio escolar e científico.

ter em mente que a produção de textos tem como objetivo formar escritores para o convívio escolar e científico.

Há uma radical mudança estilística na realização dos termos que são manifestações próprias da oralidade em relação aos turnos que constituem evento de letramento, nos quais os alunos estão escrevendo e lendo simultaneamente

No primeiro turno, quando os alunos estão lendo, flexionam o infinitivo do verbo ir: irmos, o que é uma indicação de que estava monitorando.

Os alunos não empregaram as formas "E ele nos deixou ir" / "E ele deixou-nos ir", porque certamente ainda não têm esse recurso comunicativo em seu repertório.

O contato com a língua escrita favorece apenas a comunicação escrita, uma vez que envolve problemas específicos de estruturação, de coesão e de argumentação.

O grau de monitoração que um falante pode conferir a sua fala vai depender dos recursos comunicativos que o falante adquiriu com eventos monitorados de linguagem oral.