Listagem de Questões sobre Geral
Enquanto o senso comum é um conhecimento seguro, a filosofia é um pensamento inseguro. Logo, a filosofia deve ser rejeitada como perigosa para o homem do cotidiano.
O senso comum reflete, argumenta e justifica suas crenças.
O senso comum é convicção arraigada, crença partilhada com segurança pelos homens, na vida, na ação, na pesquisa, na criação e na fé. A convicção é fundamental ao pensamento e, portanto, o senso comum se identifica com o pensamento filosófico.
É com o senso comum que o homem enfrenta, no cotidiano, os seus problemas imediatos. O senso comum antecede todo o filosofar. Devido a essa anterioridade e ao seu caráter de convicção inquestionada, ele deve ser considerado como critério de julgamento, como princípio dirimente de todas as dúvidas teóricas.
O senso comum é um julgamento irrefletido, que, uma vez compartilhado por muitos homens no âmbito da cultura como crença cotidiana, é tido como óbvio e permanece inquestionado. A filosofia, porém, é um movimento radical de autonomia do homem baseado no exercício do pensamento, do questionamento. Por isso, a filosofia se põe de maneira crítica frente às pretensões do senso comum.
Na compreensão dos fins da natureza humana, a filosofia vai mais longe que o senso comum, segundo Kant.
O senso comum, no pensamento de Kant, tem um alto valor positivo no campo das discussões teóricas (sobre o conhecimento), e não no campo das decisões práticas (sobre o agir).
Pode-se interpretar o senso comum kantiano, no campo da razão prática, como próxima à noção de bom senso, introduzida por Descartes.
Segundo Kant, o filósofo está em condições melhores de julgar as questões imediatas da vida prática do homem do que o homem que segue com bom senso as noções do senso comum sobre os fins do viver humano.
De acordo com Kant, no campo da vida prática, o senso comum é grosseiro e, por isso, incapaz de julgar bem em face das sutilezas das decisões humanas.
Para ambos os autores citados no texto, a arte, primariamente, não tem o sentido de imitar ou de reproduzir o visível, mas o de tornar visível o que é vislumbrado no segredo, o sentido de desvelar.
Para Klee e Heidegger, a obra de arte é meramente uma expressão da subjetividade das vivências do artista.
Heidegger trata da obra de arte de modo estético, ou seja, levando em consideração a questão do belo e das vivências do belo por parte do artista e daquele que aprecia e julga a obra em relação à sua beleza.
A arte, na concepção de Heidegger, é algo de irracional; portanto, não tem vinculação com a verdade e não deve interessar ao filósofo.
De acordo com Paul Klee e Heidegger, a arte consiste na imitação do real, ou seja, na reprodução do visível.
Considerando os conceitos de ética e moral, assinale a opção correta.
A moral é um elemento da cultura de um povo, que deve ser respeitada sem sofrer transformações históricas. Portanto, a ética não pode questionar a cultura e suas concepções sobre o agir e o viver humano.
Fundamentalmente, a ética é uma experiência e a moral, uma reflexão.
A ética é heterônoma e uma questão de adaptação às regras exteriores da convivência social, por conveniência ou por receio de repreensões sociais.
A moral é autônoma e uma questão de questionamento sobre o sentido da moralidade humana em geral.
Enquanto a moral é uma prática que segue os costumes de uma cultura, a ética é uma parte da filosofia e busca investigar criticamente o sentido da moralidade humana em geral.
Considerando a ética teleológico-eudemonológica da tradição platônico-aristotélica e a da tradição cristã, assinale a opção correta.
Essas tradições identificam a felicidade com o prazer. Para elas, a felicidade é simplesmente um sentimento subjetivo de prazer.
De acordo com essas tradições, a felicidade não é somente uma questão de sentimento subjetivo, mas é também uma questão de escolha individual. A felicidade comunitária e a social são desconsideradas tanto na ética quanto na política.
Para essas tradições, a ética é vista utilitariamente, ou seja, a felicidade ou o bem maior para o viver humano coincide, de forma necessária e exclusiva, com o útil e o prazeroso.
A felicidade, entendida como bem-viver, é pensada de maneira ontológica como o prosseguimento pleno da realização da essência do homem. O caminho para alcançar a felicidade, por sua vez, é a virtude. Além disso, a felicidade e a virtude têm um papel importante na consideração ética, tanto na história biográfica dos indivíduos, quanto na vida histórica coletiva das comunidades e sociedades humanas.
Segundo essas tradições, a ética é uma questão de dever. Sua preocupação central é com as normas do viver ou do conviver humano.
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