Questões de Arquitetura da FUNIVERSA

É desafio para arquitetos e profissionais que trabalham no campo da conservação e restauração a garantia da permanência das estruturas do passado sem, entretanto, impedir o surgimento de novas estruturas.

Edifícios e sítios de valor histórico não devem passar por intervenções para adequação de uso, uma vez que tais usos devem ser restritos àqueles para os quais os bens foram originalmente concebidos.

É uma classificação possível para a intervenção em bens imóveis de valor cultural: restauração, conservação/consolidação, reconstituição, adaptação a novo uso, reconstrução e réplica.

Retrofit ou adaptação a novo uso compreende uma intervenção que procura adaptar espaços preexistentes para novas atividades, em prol da garantia da vitalidade do bem.

Anastilose compreende a recomposição de fragmentos dispersos, o que significa a colocação de elementos nos locais onde originalmente se encontravam.

É um item decisivo para a definição do partido arquitetônico de um projeto de intervenção.

Facilita a comunicação entre os diversos profissionais envolvidos com a elaboração do projeto.

Reduz o conflito de informações.

Permite a homogeneização da apresentação visual dos desenhos.

Ocorre por meio da padronização, entre outros aspectos, de nomes de arquivos, layers, espessuras de linhas etc.

O jardim histórico é uma composição arquitetônica cuja matéria é de natureza principalmente vegetal, o que significa viva e renovável.

Sendo monumentos vivos, a salvaguarda dos jardins históricos requer regras específicas para sua manutenção, conservação, restauração e reconstituição.

A considerar sua natureza, as operações de manutenção em um jardim histórico são contínuas, baseadas por substituições pontuais e, ao longo do tempo, renovações cíclicas.

O documento básico para qualquer ação proposta para um jardim histórico é a Declaração de Estocolmo, de 1972.

São elementos de destaque na composição do jardim histórico: planos e perfis do terreno, massa, vegetais, elementos construídos e decorativos e elementos aquíferos.

A fase de cadastramento em um projeto de intervenção em bens culturais imóveis elimina completamente qualquer possibilidade de surpresa no momento de execução da obra.

Se, durante a execução da obra, for descoberto algum vestígio não identificado na fase de cadastramento, este poderá ser descartado para evitar o comprometimento da execução da intervenção.

Mão de obra qualificada para obras de restauração/conservação é um item desejável, mas não obrigatório, tendo em vista que as rotinas de trabalho são idênticas a qualquer reforma em edificação sem interesse patrimonial.

Todas as etapas de uma obra em bens imóveis de interesse patrimonial devem ser registradas, com o relato e a ilustração de todos os serviços executados, de modo a resultar em um relatório de acompanhamento que apresente a memória da intervenção.

Em linhas gerais, é possível afirmar que obras de restauração não apresentam peculiaridades se comparadas às obras em edificações que não tenham implicações preservacionistas.

Os primeiros parques nacionais brasileiros, criados na década de 30 do século XX, priorizavam a preservação de processos ecológicos, de espécies vegetais ou animais e de ecossistemas; atualmente, o critério exclusivo da preservação é caráter estético, considerando a beleza cênica e paisagística.

A Constituição Federal assegura o interesse pelo patrimônio natural do país, ao incluir, em seu art. 216, a informação de que constituem patrimônio cultural brasileiro os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.

Contemporaneamente, a interpretação da necessidade de preservação do patrimônio natural se fundamenta no intuito de assegurar à humanidade a utilização dos recursos naturais para fins econômicos e industriais.

Intervenções propostas em sítios naturais protegidos são de atribuição exclusiva do IPHAN.

Os monumentos naturais, sítios e paisagens, quando tombados, são inseridos no Livro de Tombo de Belas Artes.