Questões Concurso TJ/RO

A clareza e a correção gramatical, necessárias à qualidade do madrigal, derivariam, segundo a visão do rei, de propriedades das locuções clássicas, que se opunham às locuções modernas.

Na proposta idealizada pelos ministros, estava implícita a ideia de que quaisquer outros concursos derrubariam a cláusula imposta por Estrelada.

Estrelada temia que o amado não fosse capaz de aprender, em tempo hábil, os novos vocábulos registrados no Dicionário de Babel.

Na visão dos ministros e na do próprio rei, haveria, a partir do decreto, muitos falantes da nova língua do reino, o que, consequentemente, aumentaria a concorrência em próximo certame.

Alfa e Ômega atribuem a natureza inquestionável de seus conhecimentos linguísticos à noção de correção implícita em seus nomes.

Os termos “autor” e “autoria” evocam, respectivamente, sentido conotativo e sentido denotativo.

O acento indicativo da crase deveria ser suprimido caso fosse inserido o pronome possessivo sua na expressão “à autoria”: a sua autoria.

A forma verbal “abra”, no subjuntivo, marca relação de subordinação e enfatiza a indicação de fato potencial.

A expressão coloquial “abra mão” poderia ser substituída pela forma verbal disponha, o que imprimiria tom mais formal ao texto.

O elemento adverbial “geralmente” restringe o sentido do núcleo nominal “direitos”, mas não o do núcleo “autoridade”.

Em História do Cerco de Lisboa, de José Saramago (1998), cujo o enredo gira em torno de um revisor de textos, se espera total fidelidade e respeito ao autor.

De José Saramago (1998), o romance História do Cerco de Lisboa, no enredo, gira em torno de um revisor de textos e do qual se espera total fidelidade e respeito dele ao autor.

No História do Cerco de Lisboa, romance de José Saramago (1998), o enredo gira em torno de um revisor de textos, que se espera a total fidelidade e respeito do autor.

O enredo que o romance gira em torno de um revisor de textos é História do Cerco de Lisboa, de José Saramago (1998), de quem se espera total fidelidade e respeito do autor.

O enredo de História do Cerco de Lisboa, romance de José Saramago (1998), gira em torno de um revisor de textos de quem se espera total fidelidade e respeito ao autor.

A estrutura “é possível se criar e se estabelecer o que é verdade” (l.20) realça o empenho do personagem em manter a fidedignidade ao texto original ao revisar texto literário.

Ao inserir o advérbio de negação “não”, o personagem revisor manteve a correção gramatical do texto, mas não o sentido do que era relatado na ficção.

No trecho “de quem se espera total fidelidade e respeito ao autor” (l.3), o revisor é caracterizado como um profissional disposto a burlar a confiança do autor.

No trecho “é, a princípio, um escritor reprimido” (l.4-5), a ensaísta reproduz a visão de Saramago, visto que esta corresponde à própria visão dela sobre o revisor.

Na sequência “que, muitas vezes, despreza, sempre respeitando” (l.8-9), a autora aproxima, por meio de formas verbais antônimas, ideias contraditórias acerca do mesmo elemento conceitual.

Segundo a ensaísta, o personagem revisor Raimundo Silva retrata a temática do vazio existencial, recorrente em outros personagens do romance histórico de Saramago.

Segundo perspectiva registrada no ensaio, o personagem revisor criado por Saramago, em ilusória e curta dimensão de autoria, evoca o pensamento tradicional e negativo acerca dos revisores e de suas atividades.

Ao assumir-se como autor da obra História do Cerco de Lisboa, Raimundo Silva supera aspectos relativos à subjetividade e à segurança, inerentes às atividades de revisão no que concerne à norma gramatical.

Do ponto de vista da ensaísta, o erro do personagem revisor consiste em reprimir seus desejos em sua vida social e liberálos durante o trabalho de revisão de texto literário.

A partir das atribuições do revisor descritas no romance História do Cerco de Lisboa, a autora questiona a visão de Saramago acerca da relação autor/autoria e conclui que ela se limita a um embate imaginário do personagem, que concebe a revisão como autoria.