Listagem de Questões sobre Geral
No que se refere à defesa da leitura do texto filosófico como sendo essencial para o ensino de filosofia no nível médio, alguns dos autores que abordam o tema alegam que
a proposta de ensino por competência exige que as disciplinas contribuam com suas habilidades específicas para a competência geral da leitura
a tese de Kant segundo a qual não é possível aprender filosofia, mas apenas a filosofar é insustentável.
a defesa do debate como competência central para o ensino de filosofia em nível introdutório é um equívoco.
a interação direta com o texto filosófico é um elemento necessário para a aproximação do aluno ao questionamento filosófico.
apenas um suporte estritamente filosófico impede que a interdisciplinaridade se transforme em um conjunto de generalidades vazias.
Uma proposta que NÃO é listada pelos PCNEM como uma das competências e habilidades a serem desenvolvidas no ensino da filosofia é:
"Ler textos filosóficos de modo significativo".
"Traduzir conceitualmente concepções do senso comum".
"Debater, defendendo uma posição argumentativamente".
"Elaborar por escrito o que foi apropriado de modo reflexivo".
"Contextualizar conhecimentos filosóficos em diversos planos".
Ao discutir a importância da interdisciplinaridade, a parte específica de filosofia dos PCNEM afirma que a filosofia,
por sua natureza intrinsecamente transdisciplinar, pode cooperar decisivamente para a articulação teórica e conceitual do currículo.
por ser "mãe das ciências", deve funcionar como referência para as outras disciplinas, agrupando e dando sentido aos diversos saberes
em função de ser um conhecimento acessível a todos, tem a vantagem de poder ser trabalhada sem a presença disciplinar ou de um "especialista".
pelo seu grau de generalidade, serve no máximo como animadora dos debates, não como tradução conceitual das outras disciplinas em suas especilidades.
por não ser um saber especializado, deve ser um dos principais agentes na busca de uma necessária "visão de conjunto", integrando os elementos da cultura.
De acordo com a seção dedicada aos "Conhecimentos de Filosofia" dos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio (PCNEM), o problema inicial para se pensar o ensino de filosofia no nível médio reside na clássica pergunta: "o que é filosofia?" Ao se deterem na questão da variedade de perspectivas da tradição filosófica, os PCNEM sugerem que o professor tenha em mente:
o recurso à interdisciplinaridade como principal método de aproximação dos alunos ao universo dos filósofos e suas doutrinas.
o desenvolvimento de habilidades específicas da filosofia, tais como leitura de textos filosóficos, análise e articulação de conceitos.
a ênfase em teorias filosóficas que melhor se aproximem de problemas contemporâneos e que sejam familiares ao professor.
a especificidade da atividade filosófica, que inclui sua pretensão de verdade e, sobretudo, sua natureza reflexiva.
uma seleção de teorias representativas de cada período histórico visando a oferecer um panorama abrangente da história da disciplina
Na Crítica da Razão Pura, Kant assevera que uma das utilidades de seu empreendimento crítico consiste em
anular qualquer pretensão de se admitir um uso puro prático da razão, na medida em que limita a meros fenômenos tudo aquilo que podemos pensar.
abrir um espaço para o uso prático da razão, ao operar a transformação das idéias transcendentais regulativas em formas a priori da intuição.
limitar o uso teórico da razão aos fenômenos, ao demonstrar que a intuição e os conceitos relativos àqueles se regulam pela natureza dos objetos.
admitir o uso prático da razão, ao distinguir entre aquilo que podemos conhecer teoricamente e aquilo que podemos apenas pensar.
demolir o dogmatismo, que postula a necessidade de uma ciência que determine, a priori, a possibilidade, os princípios e o âmbito de todos os conhecimentos.
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