Listagem de Questões sobre Geral
Ao apresentar a fenomenologia, Danilo Marcondes afirma, em seu livro Iniciação à História da Filosofia, que Husserl
Ao apresentar a fenomenologia, Danilo Marcondes afirma,
em seu livro
"...considera sua tarefa basicamente como descritiva dos
elementos mais básicos de nossa experiência". Husserl via
a filosofia como uma "ciência rigorosa" e atribuía à teoria do
conhecimento um lugar central em seu pensamento. Esta
proposta se realiza através de uma
volta à perspectiva epistemológica da modernidade, de fundamentação ou legitimação do conhecimento científico e intersubjetivo.
teoria que analisa a atitude natural ou espontânea em que se constituem nossas crenças, fundamentando-a de modo rigoroso.
tentativa de chegar ao "dado" da consciência, isto é, às coisas em si mesmas, a partir da suspensão de nossas crenças habituais.
superação da crise da filosofia da consciência através da crítica radical ao psicologismo e à sociologia reducionista do "mundo da vida".
investigação lógica que elimina toda referência à consciência e à intencionalidade, analisadas criticamente pelo recurso à époche ou "suspensão".
Na literatura sobre ensino de filosofia, a idéia de "pensamento crítico" envolve, necessária e recorrentemente,
a denúncia da semiformação promovida pela sociedade do espetáculo.
a discussão sobre a própria presença da disciplina na escola
amplo conhecimento da história da filosofia e dos problemas filosóficos
relação com as experiências, demandas e interesses dos estudantes.
elaboração conceitual, procedimentos argumentativos e problematização
No que diz respeito às estratégias metodológicas no ensino de filosofia, a maioria dos autores que tratam do assunto considera necessário
promover a inteligibilidade através do contato com a ordem das razões implícita na teoria escolhida pelo professor.
promover a leitura de textos filosóficos como a principal estratégia para incentivar os estudantes a aprender filosofia de modo rigoroso.
realizar debates em sala visando ao desenvolvimento de análise detalhada de teorias concorrentes.
definir um conjunto de condições mínimas que possibilitem alcançar os objetivos do ensino de filosofia.
valorizar a tradição filosófica e realizar o seu exame visando à relativização das diversas doutrinas.
Procurando fazer abstração das diversas e significativas diferenças na compreensão que se tem do que seja filosofia e do que deva ser o seu ensino, é possível afirmar que as questões sobre como ensinar essa disciplina em nível introdutório dificilmente podem ser tratadas apenas de uma perspectiva didática, pois
como disse Kant, não é possível ensinar filosofia, mas apenas a filosofar, e essa é uma tarefa que cabe apenas ao filósofo, não ao pedagogo.
todo e qualquer ensino de filosofia pressupõe a dúvida, a crítica e, sendo assim, também os métodos e conteúdos devem ser relativizados desde o início.
a questão sobre o que é filosofia é, nesse nível de ensino, ao menos recorrente, e o modo de lidar com ela envolve, desde já, um posicionamento filosófico.
ensinar filosofia é, por definição, ensinar a pensar por si mesmo, enquanto os métodos e técnicas de ensino já vêm prontos e acabados
não existe até hoje um trabalho consistente em didática filosófica, o que implica realizar um questionamento desde já propriamente filosófico.
Ao apresentarem e discutirem as competências específicas da filosofia, os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio (PCNEM) entendem que "debater, tomando uma posição, defendendo-a argumentativamente e mudando de posição face a argumentos mais consistentes" é
a única competência com a qual se articula o objetivo de interpretar/traduzir os conhecimentos essencialmente abstratos da filosofia, a partir de uma prática dialógica e da mediação, articulada ao exercício da contextualização.
a competência a partir da qual melhor se poderia trabalhar a percepção e análise crítica do cenário de fragmentação cultural em que estamos imersos, tendo em vista os processos de autonomia das esferas da ciência, do direito e da arte.
uma competência que não diz respeito apenas à filosofia, sendo relevante para a competência global de aprender a aprender, embora seja também qualificada como "síntese" das demais competências especificamente filosóficas.
uma proposta indispensável, por mobilizar todas as competências, mas que deve ser trabalhada com cuidado para não incidir diretamente sobre o conteúdo programático, o que pode inviabilizar o planejamento do professor.
parte essencial do ensino filosófico, mas que não deve dar a entender que se possa sempre determinar qual o argumento mais consistente, ou que este seria suficiente para levar alguém a mudar automaticamente sua posição.
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