Listagem de Questões sobre Geral
Observe o enunciado que segue e responda as questões de número 24 e 25:
“Sabemos que Hobbes é um contratualista, quer dizer, um daqueles filósofos que, entre o século XVI e o XVIII (basicamente), afirmaram que a origem do Estado e/ou a da sociedade está num contrato: os homens viveriam, naturalmente, sem poder e sem organização – que somente surgiriam depois de um pacto firmado por eles, estabelecendo as regras de convívio social e de subordinação política.” (WEFFORT, Francisco (org.). Os clássicos da política, 13ª ed., S. Paulo: Ática, 2004)
“O pensamento pedagógico positivista consolidou a concepção burguesa de educação. […] Para os pensadores positivistas, a liberação social e política passava pelo desenvolvimento da ciência e da tecnologia, sob o controle das elites. (GADOTTI, Moacir. História das ideias pedagógicas. São Paulo: Ática, 1997).
São representantes do pensamento positivista:
Émile Durkheim, Augusto Comte e Michel de Montaigne.
Johann Pestalozzi, Émile Durkheim e Augusto Comte.
Augusto Comte, Herbert Spencer e Émile Durkheim.
Émile Durkheim, John Dewey e Augusto Comte.
Augusto Comte, Maria Montessori e John Dewey.
O anarquismo é aquele movimento político e social que – mais do que qualquer outro – foi atravessado por duas instâncias diferentes, ao máximo, antitéticas. A primeira é aquela revolucionária, a segunda, educacionista. A profunda diferença que existe entre as duas é bem representada pelo dilema implícito colocado por Carlo Pisacane, quando afirmou que `a propaganda da ideia é uma ilusão, a educação do povo é um absurdo. As ideias resultam dos fatos, não estes daquelas, e o povo não será livre quando for educado, mas será educado quando for livre`.” (CODELLO, Francesco. “A boa educação”: experiências libertárias e teorias anarquistas na Europa, de Gowin a Neil. Vol. 1; trad. Sile Cardoso. São Paulo: Imaginário/Ícone, 2007).
Sobre o Anarquismo é INCORRETO afirmar:
O pensamento filosófico de Johan Kaspar Schimidt, conhecido pelo pseudônimo de Max Stirner e considerado um dos precursores do anarquismo, é caracterizado pela recusa declarada de toda a filosofia antiga e moderna, a qual é acusada de sujeitar o homem em vez de libertá-lo.
É de autoria do anarquista Pierre-Joseph Proudhon a seguinte frase: “Quanto mais o homem é ignorante, maior é sua obediência, e mais absoluta é a confiança em seu direcionamento”.
Pierre-Joseph Proudhon descreve a “Anarquia” como sendo “uma forma de governo ou constituição, na qual a consciência pública e privada, formada pelo desenvolvimento da ciência e do direito, é por si só suficiente para a manutenção da ordem e para a garantia de todas as liberdades”.
Considerado um dos principais representantes do Anarquismo, pensador Michail Bakunin escreve, em “A ciência e a questão vital da revolução” , que “o Estado não abre as portas às massas de modo que se formem por meio da ciência livre, viva e redentora, mas é disponível apenas para difundir um tipo de ciência sofisticada cujo escopo é aquele de introduzir no povo um sistema de falsas noções e concepções”.
O anarquista Michail Bakunin atribui grande importância à educação no processo de transformação social. Como primeiro revolucionário a assumir o controle de um Ministério da Educação, destacando sua experiência no governo do estadista russo Vladimir Lênin, após a revolução de 1917, pôde experimentar na prática a implantação das ideias do Anarquismo na Educação, embora por pouco tempo, pois logo romperia com Lênin.
Leia atentamente o artigo 36 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e responda a questão abaixo.“Art. 36. O currículo do ensino médio observará o disposto na Seção I deste Capítulo e as seguintes diretrizes:
I destacará a educação tecnológica básica, a compreensão do significado da ciência, das letras e das artes; o processo histórico de transformação da sociedade e da cultura; a língua portuguesa como instrumento de comunicação, acesso ao conhecimento e exercício da cidadania;
II adotará metodologias de ensino e de avaliação que estimulem a iniciativa dos estudantes;
III será incluída uma língua estrangeira moderna, como disciplina obrigatória, escolhida pela comunidade escolar, e uma segunda, em caráter optativo, dentro das disponibilidades da instituição.§ 1º Os conteúdos, as metodologias e as formas de avaliação serão organizados de tal forma que ao final do ensino médio o educando demonstre:
I domínio dos princípios científicos e tecnológicos que presidem a produção moderna;
II conhecimento das formas contemporâneas de linguagem;
III domínio dos conhecimentos de Filosofia e de Sociologia necessários ao exercício da cidadania” [destaque nosso].
Considerando o artigo da LDB citado acima, assinale a alternativa que pode ser considerada INCORRETA no que concerne a filosofia no ensino médio.
A filosofia e a sociologia são pensadas pelo legislador tão somente como reflexo dos conteúdos, das metodologias e das formas de avaliação.
A filosofia não é tratada como diretriz para a estruturação do currículo.
A lei não dá aos conhecimentos de filosofia e sociologia tratamento disciplinar e, por isso mesmo, não é obrigatória.
Os conhecimentos de filosofia e sociologia são tidos como necessários ao exercício da cidadania.
Serão incluídas a Filosofia e a Sociologia como disciplinas obrigatórias em todas as séries do ensino médio.
Silvio Gallo, em seu texto “A filosofia e seu ensino: conceito e transversalidade” (In: SILVEIRA; GOTO (orgs.). Filosofia no ensino médio: temas, problemas e propostas. São Paulo: Loyola, 2007), propõe, à luz da concepção de Deleuze e Guattari, uma estratégia de ensino de filosofia que ele chama de oficina de conceitos. Ela estrutura a aula de filosofia em quatro partes, que objetiva levar o estudante de ensino médio à iniciarse na experiência filosófica de criação de conceitos, sem perder a referência na história da filosofia. Dos enunciados abaixo marque aquele que NÃO corresponde às etapas da oficina de conceitos de Silvio Gallo.
Sensibilização: Consiste em chamar a atenção para o tema de trabalho, criar uma empatia com ele, isto é, fazer com que o tema ‘afete’ aos estudantes.
Reflexão: Consiste em fazer o aluno se perguntar: de que forma este tema me afeta?
Problematização: Consiste em transformar o tema em problema, isto é, fazer com que ele suscite em cada um o desejo de buscar soluções.
Investigação: Consiste em buscar elementos que permitam a solução do problema. Uma investigação filosófica busca os conceitos na história da filosofia que podem servir como ferramentas para pensar o problema em questão.
Conceituação: Consiste em recriar os conceitos encontrados de modo a equacionarem nosso problema, ou mesmo de criar novos conceitos.
“Face à multiplicidade das orientações em filosofia, não se pode tratá-la apenas como um corpo de saber já a disposição para ser transmitido. A proliferação de teorias e discursos, a diversidade e a dispersão da atividade filosofia atual, exige que se fale em filosofias, e não em filosofia. Assim, a primeira tarefa do professor de filosofia é a de se definir por uma determinada concepção de filosofia que seja adequada para cumprir com os objetivos educacionais da disciplina. Situar a filosofia como disciplina escolar no horizonte dos problemas contemporâneos – científicos, tecnológicos, ético-políticos, artísticos ou decorrentes das transformações das linguagens e das modalidades de comunicação – implica uma tomada de posição para que sua contribuição seja significativa quanto aos conteúdos e processos cognitivos” (FAVARETTO, Celso. “Filosofia, ensino e cultura”. In: KOHAN, Walter (org.). Filosofia:: caminhos para seu ensino. Rio de Janeiro: DP&A, 2004.)
Com base no texto acima, é correto dizer:
Para que o ensino da filosofia seja significativo, o professor deve ter consciência de sua escolha dentre as inúmeras filosofias que podem ser ensinadas, adequando os objetivos da disciplina, seus conteúdos e procedimentos à concepção de filosofia escolhida.
O conteúdo das aulas de filosofia deve se ater a temas filosóficos, em vez de buscar referências sistemáticas na história da filosofia.
O conteúdo das aulas de filosofia deve se ater a referências sistemáticas na história da filosofia, em vez de focar temas filosóficos.
É impossível falar em uma única filosofia, sendo a postura do professor a da impossibilidade de se ensinar conteúdos filosóficos no ensino médio, mas a filosofar.
Para que a filosofia seja significativa, seus conteúdos devem estar alinhados com os problemas contemporâneos, de forma que seus conteúdos sejam mediados pelos meios de comunicação atuais para que sejam melhor compreendidos pelas novas gerações.
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