Questões de Educação Física da CESPE / CEBRASPE

No contexto político, a utilização do mito do esporte como forma de ascensão social contribui para diminuir as desigualdades que marcam a sociedade brasileira, na medida em que transmite a noção de que o sucesso está ao alcance de todos.

O discurso político que apresenta o esporte como meio de inclusão social ou de combate à violência difere do discurso que apresenta a visão do esporte como meio de ascensão social.

Segundo uma perspectiva histórica, a crescente profissionalização do esporte no Brasil, atualmente, estimula a sua popularização.

A profissionalização do esporte de alto rendimento no Brasil não influenciou a educação física escolar.

Em oposição à proposta biológica, a proposta psicopedagógica é considerada reducionista do homem e acrítica diante da realidade social.

A proposta psicopedagógica surgiu como uma reação contra a tendência biológica, que tinha como foco central ou a promoção da saúde ou a melhoria do rendimento esportivo.

A proposta histórico-crítica destacou a dimensão política da prática pedagógica da educação física, ao mesmo tempo em que valorizou a preocupação com a estética e a saúde dos alunos.

À medida que novas tendências pedagógicas surgem, há um movimento de reação contra as tendências anteriores, que, progressivamente, desaparecem do cenário escolar.

O conceito de período crítico da aprendizagem refere-se à prontidão maturacional, quando o aluno reúne as condições mínimas para aprender determinadas habilidades. Segundo esse conceito, antes desse período, qualquer tentativa resulta em pouca ou nenhuma aprendizagem, da mesma forma que após esse período, a aprendizagem passa a ser muito mais difícil e até mesmo impossível.

Até os 7 anos de idade, o desenvolvimento motor da criança caracteriza-se pela aquisição de habilidades básicas, como andar, correr, saltar, arremessar, receber etc. As aulas de educação física devem, portanto, ser organizadas em torno de atividades que estimulem a interação entre esses padrões fundamentais para se formarem estruturas mais complexas.

A partir do 3.º e 4.º ciclos do ensino fundamental (5.ª a 8.ª séries), de acordo com o princípio hierárquico do desenvolvimento das habilidades motoras (do simples para o complexo), as aulas de educação física devem estimular ao máximo a diversificação das habilidades básicas, sem se preocupar com o ensino das habilidades específicas.

A crítica ao conceito de especialização precoce, indica que é contra indicado se superestimular a criança, em qualquer fase do desenvolvimento motor, para que ela realize qualquer tipo de habilidade motora.

No estágio verbal-cognitivo, as questões centrais estão ligadas à identificação do que deve ou não deve ser feito. Nesse estágio, o professor pode dar instruções que estimulem os alunos a utilizar posturas similares às já aprendidas ou a organizar seqüências com outros movimentos conhecidos, de modo a facilitar a aprendizagem.

Como o estágio verbal-cognitivo requer pouca atenção do aluno, o professor deve fornecer-lhe estímulos variados, que exijam o processamento simultâneo de atividades, acrescentando às explicações técnicas orientações táticas gerais sobre o jogo.

No estágio motor, a atenção do aluno se volta para a organização de padrões de movimento mais eficientes; o aluno passa a ser capaz de detectar e corrigir seus próprios erros, não sendo mais necessário que o professor utilize modelos ou demonstrações.

No estágio autônomo, os alunos necessitam de grande atenção para a realização da habilidade motora, pois passam a se concentrar nos detalhes. Nesse momento, o professor pode incluir nas aulas uma fase de teste, tomando os devidos cuidados, pois a avaliação costuma prejudicar a motivação dos alunos.