Questões de Comunicação Social do ano 2010

As tendências atuais apontam para o uso do data-mining no jornalismo em base de dados, embora essa metodologia seja limitada, pois possibilita que se obtenham respostas apenas a uma pergunta específica.

A apuração distribuída pode ser considerada um tipo de crowdsourcing aplicado ao jornalismo, uma vez que significa a terceirização de tarefas ligadas à produção de conhecimento para uma coletividade reunida por redes de computadores.

Quando se adota a prática da apuração distribuída, não é necessário que os jornalistas se utilizem de bancos de dados para produzir conteúdo próprio.

Nesse sistema de apuração, os próprios leitores indicam os casos mais propensos a se tornarem notícias, assumindo a função dos sistemas de busca e tratamento de informações, o que dispensa a checagem posterior dessa apuração por repórteres profissionais.

A presença de uma personalidade editorial no gerenciamento do processo de apuração distribuída é desnecessária, uma vez que configura elemento de censura e de controle que pode afetar a participação dos leitores.

Esse método privilegia o uso de fontes anônimas, uma vez que avalia com ceticismo o recurso às fontes oficiais de informação.

É eficaz para identificar os jornalistas não comprometidos, uma vez que seu objetivo é desvendar interesses ocultos pelo redator.

A edição cética é uma espécie de cocriação, porque possibilita ao leitor e(ou) espectador avaliar a matéria antes de ela ser publicada.

Essa técnica foi elaborada para remover, sobretudo os erros inconscientes de afirmação e narrativa.

Para garantir a exatidão e a precisão das informações, a cada edição cética acrescenta-se mais informação ao texto.

Para respeitar o deadline, o repórter deve confiar nas orientações da pauta e centrar sua apuração nas fontes previamente identificadas e catalogadas, uma vez que outros pontos de vista e comentários podem desviar o foco da matéria.

Esgota todas as possibilidades acerca de um fato jornalístico, ficando o repórter orientado sobre fontes, ângulos, ênfases e opiniões, porque é montada mediante raciocínio dedutivo, o que garante espaço para a formulação de novas hipóteses.

Pode servir de guia investigativo; quando isso ocorre, não é necessário que o repórter consulte tratamentos diferentes a respeito do mesmo evento nem pesquise e relacione fatos antecedentes.

É impossível seguir um fio condutor para uma investigação jornalística, portanto, não há como se estabelecer metas nem direcionar o propósito da reportagem por meio da pauta.

Em vez de funcionar como um mapeamento sobre o caso em questão ou um planejamento investigativo, a pauta, por vezes, se torna tão detalhista e extensa que se apresenta como uma receita completa de como cada repórter deve conduzir a sua reportagem.

O modelo hipermídia evidencia a necessária separação entre os sistemas de apuração, de publicação e de distribuição, em função da sistemática da produção jornalística e, principalmente, da instantaneidade ou atualização próprias do jornalismo digital.

O repórter hipermídia considera que o leitor procede à navegação pelos conteúdos por meio das seguintes estratégias de leitura: rastreamento, busca, exploração e divagação.

O modelo se caracteriza por uma reportagem ao mesmo tempo multilinear ou arbórea, pois a redação final deve-se estruturar como pirâmide invertida hipertextual.

Trata-se de um modelo linear de estruturação da informação, que leva em consideração os hábitos tradicionais dos leitores.

O repórter se configura como um arquiteto de informação que se responsabiliza por elaborar um sistema de publicação que contemple modelos estruturados de narratividade e priorize a lógica da pirâmide invertida.

A edição em telejornalismo concentra-se na seleção e montagem de imagens em movimento.

Consiste na finalização e transformação do material redigido em produto de comunicação. Nessa etapa, a coordenação de conteúdo e a hierarquização são dispensadas.

A diagramação, disposição gráfica do conteúdo, é exclusiva da edição de impressos.

A edição confere sentido geral às informações coletadas nas etapas anteriores, de tal forma que ela pode substituir as demais etapas sem prejuízo para a construção da informação.

No radiojornalismo, editar significa cortar e justapor trechos sonoros a textos de locução.