Uma mulher de vinte e oito anos de idade foi internada, em cinco ocasiões, em diferentes hospitais, em razão de sintomas clínicos que, aparentemente, não tinham correlação com o decurso da doença física diagnosticada. Observou-se, nessas internações, que sempre que havia redução na medicação ou na atenção prestada a paciente, ela apresentava piora das queixas somáticas e acentuada agitação. Após analisar o histórico da paciente, a equipe médica levantou a hipótese de que o quadro apresentado se tratava de transtorno factício.
Abordagens não confrontacionais, que utilizam interpretações inexatas, são as mais adequadas para o tratamento do transtorno factício.
Diante de evidências inquestionáveis, a maioria dos pacientes admite a natureza factícia de seu transtorno.
A síndrome de Munchausen, variante do transtorno relatado, é a mais comum e acomete, principalmente, pacientes mulheres.
A variante não Munchausen de transtorno factício acomete, geralmente, homens socialmente isolados e desempregados, com traços antissociais.
Assim como os pacientes que se fingem de doentes, os que apresentam transtorno factício também não suportam perdas secundárias advindas de procedimentos médicos invasivos.
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