Questões de Português da IBFC

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Listagem de Questões de Português da IBFC

#Questão 1055857 - Português, Crase, IBFC, 2022, DETRAN-DF, Analista em Atividades de Trânsito

O acento grave presente em “trazer alguma paz àquela série de solavancos” justifica-se em função da ocorrência de crase entre o “a” que inicia o pronome demonstrativo e a preposição “a”: 

#Questão 1055866 - Português, Interpretação de Textos, IBFC, 2022, TJ-MG, Assistente Técnico de Controle Financeiro

Considerando que a passagem “Padre António disse: como pode, você não ficou sabendo?” (1º§) ilustra o discurso direto, caso o fragmento destacado fosse transcrito para discurso indireto, a construção verbal deveria ser a seguinte:

#Questão 1055858 - Português, Interpretação de Textos, IBFC, 2022, DETRAN-DF, Analista em Atividades de Trânsito

Texto I

    Eu deveria cantar.
   Rolar de rir ou chorar, eu deveria, mas tinha desaprendido essas coisas. Talvez então pudesse acender uma vela, correr até a igreja da Consolação, rezar um Pai Nosso, uma Ave Maria e uma Glória ao Pai, tudo que eu lembrava, depois enfiar algum trocado, se tivesse, e nos últimos meses nunca, na caixa de metal “Para as Almas do Purgatório”. Agradecer, pedir luz, como nos tempos em que tinha fé.
   Bons tempos aqueles, pensei. Acendi um cigarro. E não tomei nenhuma dessas atitudes, dramáticas como se em algum canto houvesse sempre uma câmera cinematográfica à minha espreita. Ou Deus. Sem juiz nem plateia, sem close nem zoom, fiquei ali parado no começo da tarde escaldante de fevereiro, olhando o telefone que acabara de desligar. Nem sequer fiz o sinal da cruz ou levantei os olhos para o céu. O mínimo, suponho, que um sujeito tem a obrigação de fazer nesses casos, mesmo sem nenhuma fé, como se reagisse a uma espécie de reflexo condicionado místico.
   Acontecera um milagre. Um milagre à toa, mas básico para quem, como eu, não tinha pais ricos, dinheiro aplicado, imóveis, nem herança e apenas tentava viver sozinho numa cidade infernal como aquela que trepidava lá fora, além da janela ainda fechada do apartamento. Nada muito sensacional, tipo recuperar de súbito a visão ou erguer-se da cadeira de rodas com o semblante beatificado e a leveza de quem pisa sobre as águas. Embora a miopia ficasse cada vez mais aguda e os joelhos tremessem com frequência, não sabia se fome crônica ou pura tristeza, meus olhos e pernas ainda funcionavam razoavelmente. Outros órgãos, verdade, bem menos.
   Toquei o pescoço. E o cérebro, por exemplo.
   Já chega, disse para mim mesmo, parado nu no meio da penumbra gosmenta do meio-dia. Pense nesse milagre, homem. Singelo, quase insignificante na sua simplicidade, o pequeno milagre capaz de trazer alguma paz àquela série de solavancos sem rumo nem ritmo que eu, com certa complacência e nenhuma originalidade, estava habituado a chamar de minha vida, tinha um nome. Chamava-se – um emprego.

(ABREU, Caio Fernando. Onde andará Dulce Veiga? São Paulo: Planeta De Agostini, 2003, p.11-12).


No texto, ocorrem marcações discursivas como as que se destacam em “Bons tempos aqueles, pensei.” e “O mínimo, suponho, que um sujeito tem”. Tais marcações cumprem o seguinte efeito expressivo:

#Questão 1055868 - Português, Interpretação de Textos, IBFC, 2022, TJ-MG, Assistente Técnico de Controle Financeiro

No último parágrafo, para ratificar a afirmação contida em “A crônica é um gênero livre por excelência.”, a autora constrói uma sequência de frases estruturadas pela seguinte ferramenta linguística:

#Questão 1055869 - Português, Sintaxe, IBFC, 2022, TJ-MG, Assistente Técnico de Controle Financeiro

Considerando a passagem “dois gênios entre tantos que fizeram da leitura de jornal um hábito não só informativo, mas prazeroso e provocador.” (6º§), pode-se afirmar que os conectivos destacados possuem um valor semântico:

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