Questões Concurso Prefeitura de Pedro Velho - RN

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Listagem de Questões Concurso Prefeitura de Pedro Velho - RN

Leia o texto a seguir:


AUTORRETRATO


Até hoje, quando me olho ao espelho, fico assombrado. Então, eu sou aquilo que aparece escovando os dentes, fazendo a barba, verificando o estrago do tempo nos meus olhos? Sempre fui assim? Ou fui pior ou melhor? Quando escovo os dentes, por exemplo, sinto o gosto da infância que nunca foi embora, que me persegue e, em certo sentido, me ameaça.


Não pedi para nascer e muito menos para crescer. Não tenho nada com o adulto que substituiu a criança espantada diante do mundo, gostando e temendo o mundo. Fugindo e querendo ser do mundo. Não sou nostálgico, tenho até aversão aos nostálgicos. Sou melancólico — o que é outra coisa, apesar de parecida. Em criança, gostava das histórias em que um menino partia para conhecer o mundo, envolvia-se com os outros, o gigante que morava no castelo, o duende que morava na floresta, a bruxa de olhos verdes que tinha uma cesta de maçãs (como na história da Branca de Neve), a fada que não tinha rosto, silhueta apenas, e que, apesar de tudo, me protegia.


Gostando ou não dessa gente, eu não perdia a noção de que estava cumprindo um destino, uma missão: conhecer o mundo. Um dia voltaria para dentro de mim, farto dos outros, farto de mim mesmo. A busca transformou-se num retorno — por isso, talvez, minha atividade mais constante é escrever. Um gesto tão infantil como o de escovar os dentes, sentir na boca o gosto da espuma crescendo. 


Um rito infantil que talvez nunca tenha mudado, é sempre o mesmo. Daí a pouca ou nenhuma importância que dou ao adulto que me sucedeu. É um farsante. Finge levar a vida com a seriedade possível, mas está louco para que a missão acabe e ele possa voltar a ser o menino que cresceu contra a vontade. Por isso, foi mudo até os cinco anos, não conseguia pronunciar nenhuma palavra, nenhum som articulado. E quando falou, falou errado. Trocava as letras, até os 15 anos tropeçava nas palavras. Fez testes (científicos na época) para avaliar o grau de sua dormência mental. No fundo, ele até que se distraía: falar errado ou nada falar era um recurso para não assumir a vida que não quis nem pediu. Até que fingiu bem. Entre mortos e feridos, teve seus momentos. Mais do que merecia ou precisava. Mesmo assim, nunca soube aproveitar esses momentos. Aos outros, sempre deu a impressão de não estar ali, de estar indo para outro lugar, aflito para ir embora e chegar a um lugar indeterminado onde não é esperado. Mas não importa. A convulsão de ir e de nunca chegar é um truque que ele aprendeu sem querer. Seria impossível viver sem esse truque.


O menino mudo até os cinco anos só falou quando levou um susto. Sua primeira palavra foi um grito. Prometeu-se nunca mais gritar, ainda que o preço do não grito fosse a palavra finalmente falada ou confusamente escrita. O menino encontrou um ofício, mas não um destino.


(Carlos Heitor Cony, do livro O harém das bananeiras)



Leia atentamente o trecho abaixo e indique qual foi a figura de linguagem utilizada:


"Quando escovo os dentes, por exemplo, sinto o gosto da infância que nunca foi embora, que me persegue e, em certo sentido, me ameaça." 

A Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, marcou uma ruptura no sistema político brasileiro, encerrando o período monárquico e inaugurando o regime republicano. No entanto, a transição não foi simples e enfrentou diversas resistências. Assinale a alternativa que corretamente explica um dos impactos políticos ou sociais desse evento no Brasil:

A etnomatemática apresenta uma proposta pedagógica que dialoga com as singularidades culturais e contextuais das práticas matemáticas, desafiando a visão tradicional de universalidade da disciplina. Qual das alternativas a seguir não se alinha aos fundamentos educacionais da etnomatemática? 

Leia o texto a seguir:

Sou composta por urgências: minhas alegrias são intensas, minhas tristezas, absolutas. Me entupo de ausências, me esvazio de excessos. Eu não caibo no estreito, eu só vivo nos extremos. Eu caminho, desequilibrada, em cima de uma linha tênue entre a lucidez e a loucura. De ter amigos eu gosto porque preciso de ajuda para sentir, embora quem se relacione comigo saiba que é por conta própria e alto risco. O que tenho de mais obscuro, é o que me ilumina. E a minha lucidez é que é perigosa (como dizia Clarice Lispector). Se eu pudesse me resumir, diria que sou irremediável! (Marla de Queiroz) https://www.pensador.com/frase/NjA3NDgy/

Assinale a figura de linguagem presente no texto acima:

#Questão 1133372 - Conhecimentos Gerais, Economia, FACET Concursos, 2025, Prefeitura de Pedro Velho - RN, Professor de Ensino Fundamental - Séries Iniciais

Sobre as políticas econômicas e seus efeitos na economia brasileira, com base nas atribuições do Banco Central e do Tesouro Nacional, analise as afirmativas abaixo:

I. O Banco Central utiliza a política monetária para controlar a inflação e estabilizar a moeda, ajustando a taxa Selic para regular a oferta de crédito e a demanda agregada.
II. A política fiscal, conduzida pelo Tesouro Nacional, foca na arrecadação de impostos e no controle de gastos públicos, com impacto direto na dívida pública e no equilíbrio orçamentário.
III. A elevação da taxa de juros pelo Banco Central tende a desestimular o investimento produtivo e o consumo, mas fortalece a valorização cambial e reduz a inflação de custos.
IV. Os programas sociais, como o Bolsa Família, são classificados como políticas monetárias redistributivas, com o objetivo de reduzir as desigualdades econômicas regionais.
V. A relação entre política monetária e fiscal é complementar, embora o desalinhamento entre ambas possa gerar pressões inflacionárias ou recessivas, dependendo da conjuntura econômica.

Assinale a alternativa correta:

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