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Listagem de Questões Concurso FEAES/PR

A atuação fonoaudiológica em quadros neurológicos crônicos deve contemplar o atendimento em si, os familiares, os cuidadores e a posição do sujeito frente a sua doença e a sua própria recuperação. O trabalho em equipe interdisciplinar é altamente recomendável, dada a complexidade da situação. Sobre esse assunto é CORRETO afirmar:

É comum encontrar o paciente disfágico em situação limite em sua vida pessoal, fragilizado pela doença ou mesmo pela situação hospitalar em si. Para muitos, não conseguir comer, sentindo toda série de desconforto decorrente dos sintomas inerentes a disfagia (engasgos, tosse, refluxo nasal, dispneia, etc) ocorre de forma progressiva (envelhecimento, doenças neurológicas progressivas), para outros a disfagia pode ser um sintoma abrupto (pós-AVC) que pode causar total estranhamento. Sobre esse assunto avalie as assertivas a seguir:

I. O fonoaudiólogo, ao abrir espaço em seu atendimento clínico para a escuta de questões emocionais está invadindo o campo da psicologia e atuando de forma antiética.

 II. A recusa alimentar pode ser uma forma de resistência do sujeito de empreender o tratamento, por dificuldade de lidar com a situação nova a que está exposto. E falar sobre isso para o próprio profissional que lida com o manejo da alimentação faz todo o sentido para o paciente, que em seu sofrimento não está preocupado com os limites de cada área de conhecimento.

III. Os AVCs têm início abrupto; paciente e familiares são pegos de surpresa e há total estranhamento frente às sequelas decorrentes. O fonoaudiólogo deve estar preparado para uma escuta clínica desse sofrimento do sujeito.

IV. No ambiente hospitalar, transformações no campo do orgânico (traqueostomias, SNE, gastrostomia, etc) são frequentes e encaradas como normais pela equipe de saúde. No entanto, para o sujeito em sofrimento, tais transformações em seu corpo demandam uma reconstrução/ressimbolização da imagem corporal, sendo que tais aspectos devem ser acolhidos pelo profissional em quem recair a transferência do paciente. Ese é um trabalho de luto imprescindível para que o paciente possa empreender o esforço necessário para sua reabilitação.

Está(ão) CORRETA(S):

J.S., de 81 anos, trabalhou como agricultor desde os 10 anos de idade. Atualmente, já aposentado, percebe que não ouve mais determinados sons, como dos pássaros, por exemplo, e tem muita dificuldade de compreender e acompanhar uma conversa, especialmente em ambientes ruidosos ou com mais de uma pessoa falando. Não suporta sons intensos, sente muito desconforto em ambientes barulhentos e prefere não participar de reuniões e festas. A timpanometria apresenta-se, segundo a classificação de Jerger, do tipo A. Os reflexos acústicos estão ausentes para as frequências agudas. O índice percentual de reconhecimento de fala (IPRF) encontra-se muito alterado, com resultados inferiores a 60% de acerto. As emissões otoacústicas por produto de distorção estão ausentes em 3000 Hz, 4000 Hz, 6000 Hz e 8000 Hz, bilateralmente. Levando-se em consideração o quadro desse paciente, analise as afirmartivas a seguir:

I. Os achados audiológicos referem-se possivelmente a uma perda auditiva condutiva bilateral, resultado de um quadro crônico de otite média.

II. A ausência das emissões otoacústicas sugerem comprometimento de ambas as orelhas médias e do nervo auditivo.

III. Os resultados da audiometria tonal limiar devem ser compatíveis com perda auditiva do tipo neurossensorial, em ambas as orelhas, mais acentuada para as frequências de 3000Hz, 4000Hz, 6000Hz e 8000Hz.

IV. Há necessidade da realização de avaliação eletrofisiológica dos potenciais evocados auditivos de tronco encefálico (PEATE) em conjunto com as emissões otoacústicas transientes, para se fazer o diagnóstico audiológico.

V. A intolerância a sons intensos descrita não se relaciona com as alterações auditivas e sim com as questões de saúde geral.

Está(ão) CORRETA(S):

31. Considerando o caso do paciente J.S. da questão anterior (questão 30), analise as afirmativas que seguem:

I. Não se observa confirmação de resultados entre as avaliações, sendo mais indicado repetir os precedimentos para que o tipo de perda auditiva seja confirmado.

II. Não há necessidade de se realizar audiometria tonal, pois o problema é de processamento auditivo central, portanto, somente a avaliação do processamento auditivo é indicada nesse caso.

III. Como o paciente foi agricultor por muitos anos, é possível que, o uso de agrotóxicos tenha, provocado alterações inflamatórias permanentes na orelha média, o que justifica os resultados apresentados na avaliação audiológica.

IV. Frequentemente pessoas idosas apresentam perdas auditivas do tipo condutivo, com imitanciometria do tipo B, segundo a classificação de Jerger, o que levanta dúvidas sobre os resultados obtidos na avaliação audiológica.

V. A origem neurossensorial da alteração auditiva descrita no texto é confirmada, também, pelas emissões otoacústicas ausentes e pela ausência de comprometimento de orelha média na imitanciometria.

Está(ão) CORRETA(S):

Em um hospital da cidade, uma criança de 2 anos foi atendida com o seguinte histórico: não fala, comunica-se com gestos e é muito agitada. O médico otorrinolaringologista realizou otoscopia, que se apresentou sem alterações. A criança foi encaminhada para avaliação audiológica cujos resultados foram: ausência de reflexo cocleopalpebral com a utilização de agogô, localização lateral do som do tambor em forte intensidade. A audiometria em campo livre, com a utilização de tons modulados, apresentou respostas auditivas em 500 HZ, na intensidade de 85 dBNA. Nas demais frequências não houve resposta auditiva. A timpanometria apresentou-se do tipo A, segundo a classificação de Jerger, com ausência de reflexos acústicos e emissões otoacústicas, bilateralmente. Na avaliação dos potenciais auditivos de tronco encefálico, foi observada presença de onda V apenas em 99 dBHL, com tempo de latência absoluta da onda aumentada. As demais ondas não foram observadas em ambas as orelhas. Considerando o desenvolvimento da audição e o caso descrito acima, analise as afirmativas a seguir:

I. Tendo em vista que os resultados sugerem presença de surdez, a amplificação sonora monoaural é indicada. O equipamento de amplificação deve ser intracanal e não há necessidade de controles especiais de ganho ou saída acústica máxima.

II. A criança atendida apresenta resultados que indicam perda auditiva de grau profundo, bilateral, do tipo neurossensorial.

III. Os resultados são compatíveis com otosclerose de origem genética, por isso, um procedimento médico e cirúrgico é indicado.

IV. Como existem diversas formas de compreensão da surdez é importante orientar a família sobre o fato de que formas diferentes de atuação são possíveis, permitindo e incentivando-a a decidir sobre a abordagem que lhe pareça ideal.

V. A possibilidade da realização de uma cirurgia para realização de implante coclear (IC) não é considerada, pois a idade da criança ainda não permite.

Está(ão) CORRETA(S):

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