Questões sobre Trabalho e Serviço Social

A relação entre saúde e doença só pode ser apreendida se enraizada nas condições históricas e sociais. À etapa atual de exploração da força de trabalho correspondem tipos particulares de adoecimento/acidentes de trabalho, oriundos de uma verdadeira “cadeia de pressão” que envolve o trabalhador nos mecanismos sutis de pressão, e dissimulam as causas das novas formas de acidentes e adoecimento.
Para Antunes (2019), esse processo pode ser caracterizado como

O conservadorismo marca o Serviço Social desde a sua gênese, para ajustar os operários à sociedade capitalista. O cariz conservador foi questionado quando o processo de Renovação teve início, culminando com o Congresso da Virada, em 1979. A partir de então, ainda que a profissão tenha assumido uma direção marxista, o conservadorismo não desapareceu, notadamente no exercício profissional do assistente social.
O assistente social, em sua grande maioria, é um profissional assalariado, o que lhe imprime um caráter de subordinação perante o seu empregador. Essa condição de trabalho confere ao assistente social uma autonomia

As práticas educativas desenvolvidas pelos assistentes sociais ao longo de sua trajetória histórica vinculavam-se ao controle exercido pelas classes dominantes, direcionado à adesão da sociedade aos processos de produção e reprodução da exploração econômica e à dominação político-ideológica sobre o trabalho. Em contraposição a essa tendência, nas três últimas décadas, evidencia-se a construção de práticas educativas consubstanciadas na perspectiva societária das classes subalternas. A função pedagógica desempenhada pelo assistente social inscreve a prática profissional no campo das atividades educativas formadoras da cultura, ou seja, de um modo de pensar, sentir e agir também entendido como

Orientações provenientes das entidades regulamentadoras da profissão sobre o enfrentamento do cenário mais recente da pandemia da covid-19, por um lado, indicam o cumprimento rigoroso dos protocolos emanados dos órgãos e autoridades sanitárias e de saúde pública. Por outro lado, reforçam o caráter interventivo da profissão, que demanda dos profissionais a capacidade de análise de cada realidade apresentada de forma diversa e plural. Nesse contexto, torna-se fundamental a veiculação de informações sobre benefícios e direitos referentes à situação, previstos no aparato normativo e legal vigente. A postura do assistente social é de atendimento socioassistencial às necessidades mais urgentes da população sem, contudo, desviar sua ação do conjunto de competências profissionais, cujo objeto de intervenção é a questão social e suas

A busca por respostas imediatas às expressões da questão social, seguindo critérios padronizados de gestão e de intervenção na realidade social, tem rondado o perfil de assistentes sociais demandados pelas instituições contratantes. Fruto do impacto das mudanças econômicas, sociais e ideopolíticas mais recentes, esse processo, marcado pelo gerencialismo das políticas sociais na órbita dos interesses do capital, incide diretamente sobre o cotidiano de trabalho do Serviço Social brasileiro. Nessa perspectiva, muitas vezes se requer um perfil profissional dócil e habilitado a responder às demandas institucionais de forma fragmentada e produtivista, atuação esta pautada em uma lógica