Questões de Língua Portuguesa da Instituto Consulplan

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Leia o texto a seguir para responder à questão.

Golpe da CNH: Como se proteger de mensagens falsas sobre suspensão da carteira de motorista

Mensagens enviadas pelo celular induzem vítima a acessar site falso e fazer pagamento para supostamente evitar suspensão da CNH. Detrans não entram em contato por SMS, e-mail, aplicativos de mensagens e telefone.

    Um novo golpe tenta atrair vítimas com notificações falsas sobre suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Mensagens enviadas pelo celular sugerem que o motorista perderá o documento se não clicar em um link, mas a comunicação é fraudulenta. 
    O SMS diz que há uma mensagem relacionada ao documento da pessoa em sua conta no sistema gov.br, do governo federal. A mensagem, que é enviada até mesmo para quem não tem carteira de motorista, induz a pessoa a acessar um site para supostamente obter mais detalhes.
    Captura_de tela 2025-02-04 122631.png (24×21)Mas lembre-se: os Detrans não enviam notificação por SMS, e-mail ou aplicativos de mensagens e não fazem contato por telefone. Por isso, a orientação é ignorar os avisos falsos que chegam no celular. 
    “Os contatos com os condutores e proprietários de veículos são realizados prioritariamente por meio de correspondências devidamente identificadas, na modalidade de Aviso de Recebimento (AR), enviadas via Correios”, alertou a Associação Nacional dos Detrans (AND).
    A associação diz que há alertas de fraudes sobre CNH em 18 estados e no Distrito Federal e pede que os condutores que receberem a notificação denunciem o caso à Ouvidoria do Detran ou à Polícia de seu estado. 
   Como funciona o golpe? 
   O golpe da CNH é parecido com os que tentavam se passar pela Receita Federal e pelos Correios. Ao clicar no link da mensagem, a vítima é direcionada para um site falso da Carteira Digital de Trânsito e é levada a preencher seus dados em uma página, também falsa, do gov.br.
    Depois de digitar o CPF, o site mostra dados verdadeiros da pessoa, como nome completo, data de nascimento e nome da mãe. Em seguida, ele mostra o aviso falso sobre a suspensão da CNH. 
    No fim do procedimento para supostamente regularizar a habilitação, a página mostra o valor de uma taxa e um link para gerar a guia de pagamento, que, na verdade, envia o dinheiro para os golpistas.
    Como se proteger? 
    Neste caso, somente clicar no link não oferece riscos como vírus para o dispositivo, já que o objetivo é levar a pessoa a fazer um pagamento.
    Mas existem alguns indícios que apontam que uma mensagem é falsa e podem te ajudar a não cair em um golpe. Veja abaixo alguns elementos presentes neste tipo de fraude.
    Captura_de tela 2025-02-04 122830.png (26×24)E-mails ou mensagens de texto com links ou solicitações de dados – os Detrans não usam esses canais em suas comunicações com motoristas;
    Captura_de tela 2025-02-04 122857.png (26×22)O link não tem o final “.gov.br”, usado por sites de órgãos públicos – neste caso, ele termina com “.tax”;
    Captura_de tela 2025-02-04 122914.png (22×20)Os golpistas tentam trazer um senso de urgência ao dizer que a CNH será suspensa, o que leva a vítima a clicar no link e seguir as instruções;
    Captura_de tela 2025-02-04 122936.png (27×24)Texto não segue padrão de mensagens oficiais e, algumas vezes, não tem acentuação e pontuação corretas; 
    Captura_de tela 2025-02-04 122942.png (27×21)O autor da mensagem tenta se passar por um órgão oficial, mas ao clicar no contato, não há mais informações sobre o número que enviou o SMS.

(Disponível em: https://g1.globo.com/tecnologia/noticia. Acesso em: Novembro de 2024.)
No trecho “[...] os Detrans não enviam notificação por SMS, e-mail ou aplicativos de mensagens [...]” (3º§), qual é o objetivo principal da escolha dessa estrutura negativa? 

Leia o texto a seguir para responder à questão.

Golpe da CNH: Como se proteger de mensagens falsas sobre suspensão da carteira de motorista

Mensagens enviadas pelo celular induzem vítima a acessar site falso e fazer pagamento para supostamente evitar suspensão da CNH. Detrans não entram em contato por SMS, e-mail, aplicativos de mensagens e telefone.

    Um novo golpe tenta atrair vítimas com notificações falsas sobre suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Mensagens enviadas pelo celular sugerem que o motorista perderá o documento se não clicar em um link, mas a comunicação é fraudulenta. 
    O SMS diz que há uma mensagem relacionada ao documento da pessoa em sua conta no sistema gov.br, do governo federal. A mensagem, que é enviada até mesmo para quem não tem carteira de motorista, induz a pessoa a acessar um site para supostamente obter mais detalhes.
    Captura_de tela 2025-02-04 122631.png (24×21)Mas lembre-se: os Detrans não enviam notificação por SMS, e-mail ou aplicativos de mensagens e não fazem contato por telefone. Por isso, a orientação é ignorar os avisos falsos que chegam no celular. 
    “Os contatos com os condutores e proprietários de veículos são realizados prioritariamente por meio de correspondências devidamente identificadas, na modalidade de Aviso de Recebimento (AR), enviadas via Correios”, alertou a Associação Nacional dos Detrans (AND).
    A associação diz que há alertas de fraudes sobre CNH em 18 estados e no Distrito Federal e pede que os condutores que receberem a notificação denunciem o caso à Ouvidoria do Detran ou à Polícia de seu estado. 
   Como funciona o golpe? 
   O golpe da CNH é parecido com os que tentavam se passar pela Receita Federal e pelos Correios. Ao clicar no link da mensagem, a vítima é direcionada para um site falso da Carteira Digital de Trânsito e é levada a preencher seus dados em uma página, também falsa, do gov.br.
    Depois de digitar o CPF, o site mostra dados verdadeiros da pessoa, como nome completo, data de nascimento e nome da mãe. Em seguida, ele mostra o aviso falso sobre a suspensão da CNH. 
    No fim do procedimento para supostamente regularizar a habilitação, a página mostra o valor de uma taxa e um link para gerar a guia de pagamento, que, na verdade, envia o dinheiro para os golpistas.
    Como se proteger? 
    Neste caso, somente clicar no link não oferece riscos como vírus para o dispositivo, já que o objetivo é levar a pessoa a fazer um pagamento.
    Mas existem alguns indícios que apontam que uma mensagem é falsa e podem te ajudar a não cair em um golpe. Veja abaixo alguns elementos presentes neste tipo de fraude.
    Captura_de tela 2025-02-04 122830.png (26×24)E-mails ou mensagens de texto com links ou solicitações de dados – os Detrans não usam esses canais em suas comunicações com motoristas;
    Captura_de tela 2025-02-04 122857.png (26×22)O link não tem o final “.gov.br”, usado por sites de órgãos públicos – neste caso, ele termina com “.tax”;
    Captura_de tela 2025-02-04 122914.png (22×20)Os golpistas tentam trazer um senso de urgência ao dizer que a CNH será suspensa, o que leva a vítima a clicar no link e seguir as instruções;
    Captura_de tela 2025-02-04 122936.png (27×24)Texto não segue padrão de mensagens oficiais e, algumas vezes, não tem acentuação e pontuação corretas; 
    Captura_de tela 2025-02-04 122942.png (27×21)O autor da mensagem tenta se passar por um órgão oficial, mas ao clicar no contato, não há mais informações sobre o número que enviou o SMS.

(Disponível em: https://g1.globo.com/tecnologia/noticia. Acesso em: Novembro de 2024.)
Qual é a função principal do texto “Golpe da CNH: como se proteger de mensagens falsas sobre suspensão da carteira de motorista”? 

Assinale o enunciado que apresenta relação semântica de causa e consequência. 

Alterar estruturas da língua pode alterar as relações sociais?

Conjunto de falantes é o árbitro das mudanças linguísticas.


     É sempre interessante observar como a língua se comporta diante das tensões que nela se refletem. De uns tempos para cá, muita gente passou a ser corrigida em público nas transmissões ao vivo na internet por uma audiência empenhada em rastrear as marcas de racismo, machismo, homofobia e demais preconceitos que estariam inscritos na língua. Não foram poucos os que passaram a monitorar não apenas a fala alheia como ____ própria, ciosos de que mudar as palavras é uma forma de mudar o mundo. Talvez seja, talvez não seja. O tempo dirá.

       Personagens de novela, que geralmente aparecem na trama fazendo merchandising de produtos, passaram a vender também as lições civilizatórias da cultura “woke”. “Nuvens negras” que anunciavam mau tempo foram substituídas por “nuvens cinza” e muitos outros exemplos foram incorporados aos scripts. Ao mesmo tempo, a ministra Anielle Franco ressaltou que termos como “caixa-preta” e “buraco negro”, que pareciam insuspeitos, também tinham uma carga de preconceito racial.

       O verbo “denegrir”, mesmo sendo usado desde o latim no sentido de manchar a reputação, foi um dos principais alvos das cartilhas de letramento racial que apareceram na internet, associado ____ cor de pele de pessoas, sempre com a advertência de que era muito importante mudar os hábitos linguísticos. A motivação é das melhores; só não sabemos ainda se isso vai contribuir, de fato, para o fim do racismo e dos demais preconceitos.

      Dia desses, ouvi uma pessoa ser corrigida em uma live ao usar a expressão “mãe solteira”, que deveria ser substituída por “mãe solo”. A explicação era que “mãe solteira” é uma expressão preconceituosa porque o estado civil não tem nada a ver com a maternidade. Perfeito. Nesse caso, talvez o ideal fosse a supressão do adjetivo: já que não se diz “mãe casada” ou “mãe viúva”, por que dizer “mãe solteira”? Bastaria dizer “mãe”.

       Outro caso interessante é o da expressão “pessoa com deficiência”, que viria substituir “deficiente”, pois nenhum ser humano deveria ser definido pela sua deficiência – o uso da palavra “pessoa” teria uma função importante na conscientização de que eventuais deficiências não impedem alguém de ter uma vida normal. De fato, mas o que se vê hoje é que a expressão foi reduzida ____ uma sigla (PcD) e lida “pê-cê-dê”. É provável que essa simplificação tenha ocorrido em razão do princípio da economia, muito importante na comunicação.

       ____ algum tempo, tribunais eleitorais vinham usando com insistência a construção “eleitores e eleitoras” e também “pessoa eleitora”. Parece que as coisas andaram mudando. Em trabalhos acadêmicos, sobretudo na área de humanidades, passou a ser “obrigatório” o uso da linguagem dita “inclusiva”, de modo que, onde se lia “os historiadores”, se passou a ler “os historiadores e as historiadoras” – e assim por diante, sempre com as duas palavras, no masculino e no feminino. No meio acadêmico, o uso se tornou comum.

    Uma coisa, porém, temos de reconhecer. Essa prática, além de tornar o texto enfadonho, é totalmente desnecessária. O motivo é muito simples: a forma “historiadores”, no masculino, generaliza as pessoas que exercem essa atividade. É a condição de “historiador” que interessa quando usamos o termo de modo geral (por exemplo, “os historiadores do século passado”), não a identidade do ser humano. O termo feminino existe para as situações em que tratamos de uma ou mais mulheres em particular (“uma historiadora do período”). Isso vale para qualquer termo que indique a função, a condição, a profissão etc., mas não vale, por óbvio, para homens e mulheres. Ninguém nunca disse os “homens aqui presentes” com o intuito de englobar “homens e mulheres”, certo?

        O problema é que não está a nosso alcance fazer uma mudança desse teor, de caráter estrutural. A língua é uma construção coletiva autogerida. É a coletividade representada pelos falantes que determina o que muda e o que não muda, o que tem cabimento e o que não tem. É fácil perceber isso no caso dos neologismos, que, quando úteis ou funcionais, passam a integrar a língua, mesmo que alguns os rejeitem por apego ___ tradição ou por outro motivo.

        O pronome “todos”, por exemplo, é um pronome indefinido que indica totalidade inclusiva (todas as pessoas). É uma das palavras mais inclusivas da língua (ao lado de “tudo”), mas a cartilha da inclusão recomenda cumprimentar a “todos e todas”, reduzindo o alcance de “todos”, que ficaria restrito ao gênero masculino. Pode-se dizer que essa fórmula de saudação foi bem-aceita e acabou virando regra de etiqueta em alguns lugares. Cumprimenta-se a “todos e todas” e, depois, está-se livre para continuar falando de forma econômica.

        O tempo dirá se a sociedade mudou no rastro das palavras ou se o movimento é exatamente o inverso. Aguardemos.


(NICOLETI, Thaís. Alterar estruturas da língua pode alterar as relações sociais? Jornal Folha de S. Paulo, 2024. Adaptado.)
Releia esta passagem: “Não foram poucos os que passaram a monitorar [...], ciosos de que mudar as palavras é uma forma de mudar o mundo.” (1º§). Considerando o contexto, assinale a alternativa que apresenta o sinônimo mais adequado para o termo destacado.

Texto para responder à questão.


      Onde anda o analista de Bagé? Não sei. As notícias são desencontradas. Há quem diga que ele se aposentou, hoje vive nas suas terras perto de Bagé e se dedica a cuidar de bicho em vez de gente, só abrindo exceção para eventuais casos de angústia existencial ou regressão traumática de fundo psicossomático entre a peonada da estância.

     Lindaura, a recepcionista que além de receber também dava, estaria com ele, e teria concordado em dividir o afeto do analista com uma égua chamada Posuda, desde que eles concordassem em nunca serem vistos juntos em público.

    Outros dizem que o analista morreu, depois de tentar, inutilmente, convencer o marido de uma paciente que banhos regulares de jacuzzi a dois num motel faziam parte do tratamento.

    E há os que sustentam que o analista continua clinicando, na Europa, onde a sua terapia do joelhaço, conhecida como “Thérapie du genou aux boules, ou le methode gaúchô”, tem grande aceitação e ele só tem alguma dificuldade com a correta tradução de “Pos se apeie nos pelego e respire fundo no más, índio velho”, no começo de cada sessão.

       Não sei.

Bagé

     Certas cidades não conseguem se livrar da reputação injusta que, por alguma razão, possuem. Algumas das pessoas mais sensíveis e menos grossas que eu conheço vem de Bagé, assim como algumas das menos afetadas são de Pelotas. Mas não adianta. Estas histórias do psicanalista de Bagé são provavelmente apócrifas (como diria o próprio analista de Bagé, história apócrifa é mentira bem educada) mas, pensando bem, ele não poderia vir de outro lugar.

     Pues, diz que o divã no consultório do analista de Bagé é forrado com um pelego. Ele recebe os pacientes de bombacha e pé no chão.

      – Buenas. Vá entrando e se abanque, índio velho.

      – O senhor quer que eu deite logo no divã?

     – Bom, se o amigo quiser dançar uma marca, antes, esteja a gosto. Mas eu prefiro ver o vivente estendido e charlando que nem china da fronteira, pra não perder tempo nem dinheiro.

      – Certo, certo. Eu...

      – Aceita um mate?

      – Um quê? Ah, não. Obrigado.

      – Pos desembucha.

      – Antes, eu queria saber. O senhor é freudiano?

      – Sou e sustento. Mais ortodoxo que reclame de xarope.

      – Certo. Bem. Acho que o meu problema é com a minha mãe.

      – Outro...

      – Outro?

      – Complexo de Édipo. Dá mais que pereba em moleque.

      – E o senhor acha...

      – Eu acho uma pôca vergonha.

      – Mas...

      – Vai te metê na zona e deixa a velha em paz, tchê!


(VERÍSSIMO, Luís Fernando. O analista de Bagé. Rio de Janeiro: L&PM, 1982. Fragmento.)
Considere o trecho a seguir:

“Ele recebe os pacientes de bombacha e pé no chão.
– Buenas. Vá entrando e se abanque, índio velho.” (7º§ e 8º§)

O autor utiliza expressões coloquiais e elementos regionais para construir a interação do analista de Bagé com seus pacientes. A análise da estrutura sintática e do emprego das palavras evidencia o tom descontraído e regionalista do texto. Sobre o emprego das classes de palavras e a sintaxe no trecho, analise as afirmativas a seguir.

I. O termo “bombacha” é um substantivo, usado para designar uma peça de vestuário típica da região do personagem.
II. Na expressão “vá entrando e se abanque”, tem-se a combinação de um verbo no gerúndio e outro no imperativo, embora a expressão como um todo tenha valor imperativo.
III. O termo “índio velho” é um vocativo, utilizado para se dirigir ao interlocutor de maneira informal e regionalista.

Está correto o que se afirma em

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