Questões de Língua Portuguesa do ano 2025

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Listagem de Questões de Língua Portuguesa do ano 2025

No trecho “Gostando ou não dessa gente, eu não perdia a noção de que estava cumprindo um destino, uma missão: conhecer o mundo. Um dia voltaria para dentro de mim, farto dos outros, farto de mim mesmo. A busca transformou-se num retorno — por isso, talvez, minha atividade mais constante é escrever. Um gesto tão infantil como o de escovar os dentes, sentir na boca o gosto da espuma crescendo”, o pronome “se” é classificado como: 

Leia o texto a seguir:


AUTORRETRATO


Até hoje, quando me olho ao espelho, fico assombrado. Então, eu sou aquilo que aparece escovando os dentes, fazendo a barba, verificando o estrago do tempo nos meus olhos? Sempre fui assim? Ou fui pior ou melhor? Quando escovo os dentes, por exemplo, sinto o gosto da infância que nunca foi embora, que me persegue e, em certo sentido, me ameaça.


Não pedi para nascer e muito menos para crescer. Não tenho nada com o adulto que substituiu a criança espantada diante do mundo, gostando e temendo o mundo. Fugindo e querendo ser do mundo. Não sou nostálgico, tenho até aversão aos nostálgicos. Sou melancólico — o que é outra coisa, apesar de parecida. Em criança, gostava das histórias em que um menino partia para conhecer o mundo, envolvia-se com os outros, o gigante que morava no castelo, o duende que morava na floresta, a bruxa de olhos verdes que tinha uma cesta de maçãs (como na história da Branca de Neve), a fada que não tinha rosto, silhueta apenas, e que, apesar de tudo, me protegia.


Gostando ou não dessa gente, eu não perdia a noção de que estava cumprindo um destino, uma missão: conhecer o mundo. Um dia voltaria para dentro de mim, farto dos outros, farto de mim mesmo. A busca transformou-se num retorno — por isso, talvez, minha atividade mais constante é escrever. Um gesto tão infantil como o de escovar os dentes, sentir na boca o gosto da espuma crescendo. 


Um rito infantil que talvez nunca tenha mudado, é sempre o mesmo. Daí a pouca ou nenhuma importância que dou ao adulto que me sucedeu. É um farsante. Finge levar a vida com a seriedade possível, mas está louco para que a missão acabe e ele possa voltar a ser o menino que cresceu contra a vontade. Por isso, foi mudo até os cinco anos, não conseguia pronunciar nenhuma palavra, nenhum som articulado. E quando falou, falou errado. Trocava as letras, até os 15 anos tropeçava nas palavras. Fez testes (científicos na época) para avaliar o grau de sua dormência mental. No fundo, ele até que se distraía: falar errado ou nada falar era um recurso para não assumir a vida que não quis nem pediu. Até que fingiu bem. Entre mortos e feridos, teve seus momentos. Mais do que merecia ou precisava. Mesmo assim, nunca soube aproveitar esses momentos. Aos outros, sempre deu a impressão de não estar ali, de estar indo para outro lugar, aflito para ir embora e chegar a um lugar indeterminado onde não é esperado. Mas não importa. A convulsão de ir e de nunca chegar é um truque que ele aprendeu sem querer. Seria impossível viver sem esse truque.


O menino mudo até os cinco anos só falou quando levou um susto. Sua primeira palavra foi um grito. Prometeu-se nunca mais gritar, ainda que o preço do não grito fosse a palavra finalmente falada ou confusamente escrita. O menino encontrou um ofício, mas não um destino.


(Carlos Heitor Cony, do livro O harém das bananeiras)



Leia atentamente o trecho abaixo e indique qual foi a figura de linguagem utilizada:


"Quando escovo os dentes, por exemplo, sinto o gosto da infância que nunca foi embora, que me persegue e, em certo sentido, me ameaça." 

Identifique a alternativa em que a classe gramatical está identificada de maneira incorreta:

Identifique a alternativa que possui erro no acento grave:

O texto seguinte servirá de base para responder à questão.


Monte Fuji: vista emblemática da montanha será bloqueada para afastar turistas



Uma das vistas mais fotografadas do Japão será bloqueada pelas autoridades locais para afastar turistas com mau comportamento.


A cena em questão mostra uma loja de conveniência em primeiro plano, com o Monte Fuji erguendo-se atrás.


Uma grande tela preta será erguida para obscurecer a vista do marco mais emblemático do Japão.


Os moradores acusam principalmente turistas estrangeiros de jogarem lixo e estacionarem ilegalmente enquanto procuram a foto perfeita no local.


Os governantes afirmaram que os moradores da cidade na região de Yamanashi estavam irritados com o comportamento dos visitantes, com alguns turistas até subindo nos telhados para tirar a foto perfeita.


Antes de tomar a medida drástica da tela, as autoridades colocaram sinais de trânsito. Repetidos avisos dos guardas de segurança também foram ignorados.


O responsável disse que a rede estava sendo instalada para proteger um consultório dentário próximo, sofrendo com os visitantes que estacionavam nos seus espaços sem autorização e subiam no telhado do edifício para conseguir a melhor imagem.


O Japão desfruta atualmente de uma explosão turística após a pandemia de covid-19 e um esforço do governo para atrair mais visitantes estrangeiros. Pela primeira vez, em março, o número de turistas da nação insular ultrapassou os três milhões.


No entanto, o aumento causou alguns problemas. Em uma situação semelhante, em Quioto, em 2019, as autoridades locais passaram a distribuir folhetos e lanternas de papel em uma tentativa de lembrar aos turistas como se comportar no bairro histórico de Gion.


https://www.bbc.com/portuguese/articles/c97zxw018v4o.adaptado.

O responsável disse que a rede estava sendo instalada para proteger um consultório dentário próximo, "sofrendo" com os visitantes.

Em relação à concordância, o verbo destacado na frase refere-se ao vocábulo principal:

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