Questões de História da IF PI

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“De um lado, havia o caráter mágico dos reis, fato antropológico bem conhecido e perfeitamente atestado na Europa medieval. Com efeito, para ela os reis eram intermediários entre o mundo terreno e o mundo divino, desempenhavam o papel de propiciadores de fertilidade e saúde [...]. Acreditava-se que o toque das mãos de Waldemar I da Dinamarca (1154-1182) sobre recém-nascidos favorecesse o crescimento deles, da mesma forma que as sementes jogadas ao solo por ele teriam sua germinação estimulada [...]. Sabe-se que do século XII ao XVIII atribuiu-se ao toque dos reis da França e da Inglaterra o poder de curar escrófulas. Em 1527, os camponeses suecos ainda acreditam que os reis fossem responsáveis pelo clima. O inverso também era verdadeiro: as faltas do rei Anfortas provocaram a esterilidade dele e de seu país, até serem redimidos por Percival”.(FRANCO JÚNIOR, Hilário. O retorno de Artur: o imaginário da política e a política do imaginário no século XII. In: Os três dedos de Adão: ensaios de mitologia medieval. São Paulo: EDUSP, 2010, p. 174). Julgue os itens e, em seguida, assinale a alternativa que traz a sequencia correta:

I Os estudos envolvendo o imaginário e as representações políticas no ocidente medieval e moderno foram responsáveis não só por revelar as relações de poder que envolviam as esferas espirituais e seculares, como também possibilitaram novos campos de investigação e abordagem para a História Política.

II A imagem dos reis como figuras divinizadas foi facilitada pela postura do cristianismo medieval que via o próprio Cristo como o maior de todos os reis. Desse modo, asrepresentações dos reis se confundiam com as de Cristo, o que explica o papel simbólico das cerimônias de coroação/unção daqueles.

III O caráter divino atribuído aos reis medievais entrava em choque com a postura ideológica da Igreja Católica. Ao se posicionar como um Deus, os reis colocavam em xeque a principal ideologia que alicerça o catolicismo: o monoteísmo.

O texto a seguir foi retirado do romance A insustentável leveza do ser:

“Desde a Revolução Francesa, metade da Europa se intitulou de esquerda e a outra metade recebeu a classificação de direita. É praticamente impossível definir uma ou outra destas noções através dos princípios teóricos em que elas se apóiam. Não há nisso nada de surpreendente: os movimentos políticos não se baseiam em atitudes racionais, mas em representações, em imagens, em palavras, em arquétipos, cujo conjunto constitui esse ou aquele kitsch político”.

KUNDERA, Milan. A insustentável leveza do ser. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1995, p. 259.

Sobre a Revolução Francesa e suas consequências para a política ocidental, julgue os itens e assinala a alternativa correta:

“Não há dúvida que a acumulação de armamento, que atingiu proporções temíveis nos últimos cinco anos anteriores a 1914, em que a máquina inflexível que mobiliza as forças da morte não poderia mais ser esticada. Porém a Europa não foi à guerra devido à corrida armamentista como tal, mas devido à situação internacional que lançou as nações nessa competição”.

(HOBSBAWM, Eric J. A Era dos Impérios. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988, p. 427.)

Entre os fatores que teriam lançado os países europeus à Primeira Guerra Mundial, sugeridos pelo historiador, encontramos os seguintes, EXCETO:

Segundo o historiador José Carlos Reis, no seu livro A História entre a filosofia e a ciência, quando se discutem paradigmas para a História, a pergunta a ser feita é: “houve alteração no coração da História, isto é, na concepção do tempo histórico?” (REIS, 1999, p. 61). Logo abaixo, estão transcritas três concepções historiográficas para o tempo histórico. Assinale a alternativa que traz, respectivamente, a escola historiográfica que assume cada uma dessas concepções.

I O tempo da historiografia [...] é, portanto, iluminista: progressivo, linear, evolutivo em direção à sociedade moral, igual, fraterna. (REIS, 1999, p. 15);

II [...] compreende a história como uma aceleração do tempo em direção ao futuro livre. O presente é consumido pelo futuro, não pela evolução gradual e pacífica, mas pela crise permanente. (REIS, 1999, p. 51);

III [...] o conceito de tempo histórico consiste, fundamentalmente, na superação estrutural do evento [e] considera a longa duração e os tempos articulados. (REIS, 1999, p. 63-71).

Leia o texto abaixo, e em seguida assinale a alternativa correta: “De fato, tal como na recordação, no historiador a herança do passado não é uma simples acumulação dos acontecimentos. Ao invés, tudo se passa como se a consciência do presente saltasse anos e séculos para escolher os momentos em que ela encontra a sua arqueologia e os momentos fortes do sentido que quer dar ao seu percurso. Atitude que, porém, não pode acionar a destemporalização do sujeito-historiador como se este estivesse podido estar lá, no passado, quando este foi presente. Mas ela também não pode cingir-se à curiosidade ‘antiquária’, ou à função de coveiro a desenterrar cadáveres após o cumprimento do ciclo da putrefação (e do esquecimento).”

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