Questões de Filosofia da Instituto Consulplan

Pesquise questões de concurso nos filtros abaixo

Listagem de Questões de Filosofia da Instituto Consulplan

Talvez a maior contradição da atual civilização tecnológica esteja na capacidade de produzir riquezas sem, no entanto, distribuí-las ao conjunto da humanidade. O acesso à tecnologia e a seus frutos é o grande desafio do século XXI para mais da metade da população mundial, que nem sequer chegou ao estágio da Revolução Industrial. Esse processo de artificialização da matéria está levando a percepção humana a distanciar-se fisicamente da natureza. O ser humano vai perdendo, assim, contato com a dimensão primitiva da natureza, passando a vivê-la e a representá-la como natureza “construída” e modificada. Durante o século XIX, a escola positivista (liderada na França por Auguste Comte), herdeira da concepção cartesiana de ciência, acreditava que, com o progresso técnico, os homens seriam necessariamente mais racionais em todos os campos de atividade: na política, na ética, nos negócios, nas relações entre as nações, na construção da paz etc. Desde então, as avaliações sobre o papel da tecnologia oscilam entre uma postura ingênua, em que se acredita piamente nos benefícios do progresso, e uma postura cética, que considera a técnica nociva à humanidade.
(A IMPORTÂNCIA DA CIÊNCIA PARA A SOCIEDADE | Oliveira | Infarma – Ciências Farmacêuticas. Adaptado.)
Ao longo do século XX coexistiram discursos muito variados sobre a natureza da ciência e do método científico e de suas influências na sociedade. Estabelecido nas primeiras décadas, o positivismo lógico foi progressivamente suplantado, especialmente da segunda metade do século em diante, primeiramente por conta das críticas de Popper. Se seguiram perspectivas epistemológicas historicamente orientadas, como as de Paul Karl Feyerabend, filósofo da ciência e autor de alguns dos mais notáveis e polêmicos argumentos sobre o tema, que afirmava, a entre outros fatores:

Na obra “A estrutura das revoluções científicas”, o filósofo estadunidense Thomas Kuhn desenvolve uma nova noção de paradigma para a ciência. Não se trata de um conceito simples. O importante é compreender que o trabalho científico desenvolve-se com base no modelo consensual adotado pelos cientistas. Sua primeira obra intitula-se “A revolução copernicana”; mas foi no livro “A estrutura das revoluções cientificas” que assentou seu público filosófico.
(Aranha, 2016.)
Para kuhn, a ciência progride pela tradição intelectual do seu tempo. Uma das suas conceituações – Paradigma – é: 

O mito conta uma história sagrada; quer dizer, um acontecimento primordial que teve lugar no começo do tempo, ab initio (desde o início). Mas contar uma história sagrada equivale a revelar um mistério, porque as personagens do mito não são seres humanos: são deuses ou heróis civilizadores; e, por esta razão, a sua gesta (ação memorável) constitui mistérios: o homem não poderia conhecê-los se lhos não revelassem. O mito é, pois, a história do que se passou in illo tempore (naquele tempo), a narração daquilo que os deuses ou os seres divinos fizeram no começo do tempo. “Dizer” um mito é proclamar o que se passou ab origine (desde a origem). Uma vez “dito”, quer dizer, revelado, o mito torna-se verdade apodítica: funda a verdade absoluta. “É assim, porque foi dito que é assim”, declaram os Eskimonetsilik (tribo de esquimós), a fim de justificarem a validade da sua história sagrada e de suas tradições religiosas. (ELIADE, Mircea. O sagrado e o profano: a essência das religiões. Lisboa: Livros do Brasil, s.d. p. 107-8.)

Durante um longo período da história grega, a mitologia constituiu a fonte exclusiva das explicações para a existência do homem e para a organização do mundo. A transição gradativa do domínio do “mito” pelo “logos” foi crucial no desenvolvimento do pensamento, especificamente para o surgimento da filosofia. Considerando “mito” e “logos”, na Grécia antiga, assinale a afirmativa correta.

Navegue em mais matérias e assuntos

{TITLE}

{CONTENT}

{TITLE}

{CONTENT}
Estude Grátis