Questões de Engenharia Ambiental do ano 2004

a fixação do nitrogênio atmosférico ocorre por meio dos organismos simbióticos fixadores de nitrogênio, de vida livre.

o nitrogênio fixado na forma de nitrato dissolve-se na água e no solo e é aproveitado pelas plantas, onde se transforma em nitrogênio orgânico, ligado a grandes moléculas.

quando o nitrogênio orgânico assimilado pelas plantas entra na cadeia alimentar, passa a constituir moléculas orgânicas dos organismos consumidores.

atuando sobre os produtos de eliminação dos organismos consumidores vivos e sobre os cadáveres dos organismos mortos, as bactérias mineralizam o nitrogênio na degradação da matéria orgânica, produzindo gás amônia (NH3) e sais de amônio (NH+ 4).

o gás amônia (NH3) e sais de amônio (NH+ 4) formados na reação de amonificação são convertidos diretamente a gás nitrogênio (N2) pela ação exclusiva de bactérias do gênero Pseudomonas, em um processo conhecido como nitrificação.

a noção de fator limitante aplica-se não-somente aos diversos elementos indispensáveis à vida dos seres vivos, como na concepção original de Liebig, mas também a todos os fatores ecológicos, no que diz respeito apenas aos seus limites inferiores.

como a valência ecológica regula de maneira direta as possibilidades de expansão dos seres vivos, verifica-se freqüentemente que as espécies euritópicas são também euriécias.

o mutualismo é uma associação entre espécies que não é indispensável, podendo cada espécie viver isoladamente, embora essa associação traga vantagens para ambas.

a predação é uma associação entre espécies na qual uma das espécies se beneficia da associação, enquanto a outra tem inibidos o seu crescimento e reprodução.

na sucessão ecológica, a última comunidade que se instala é denominada comunidade clímax, e é quando os organismos tendem a diminuir de tamanho e ter seus ciclos de vida menores.

os rios subseqüentes são rios cujo sentido de fluxo é inverso ao sentido de mergulho das camadas geológicas, isto é, correm em sentido oposto ao dos rios conseqüentes.

em muitos casos, é possível identificar-se o ambiente de sedimentação fluvial por meio de medições de vários aspectos geométricos das marcas onduladas formadas. Por exemplo, um dos índices utilizados para isso é o Índice de Marca Ondulada, que é representado pelo quociente entre o comprimento de onda e a altura de onda.

há quatro tipos básicos de sistemas deposicionais fluviais: meandrante pelítico, meandrante psamítico, anastosomado, e distributário deltaico. O sistema meandrante pelítico é constituído por rios de sinuosidade moderada a baixa, com predominância das fácies de canal sobre as de transbordamento.

os depósitos de corridas de detritos (debris flow deposits) são isentos de materiais finos, sendo constituídos basicamente de seixos e matações, são localizados, e possuem ângulos suaves em forma de lençol abaixo do leque fluvial.

os terraços são produzidos basicamente pela erosão fluvial e pelo encaixamento do talvegue, e consistem em uma área plana ou em bancadas, limitadas de um lado por um terreno mais elevado e do outro lado por escarpas em direção ao curso atual do rio. Os terraços encaixados não são entalhados no embasamento rochoso do fundo do vale, e tanto o terraço como a planície de inundação se localizam sobre a mesma calha rochosa.

Na superfície terrestre, o fluxo ascendente das massas de ar está associado ao estabelecimento de uma região de alta pressão, enquanto no fluxo descendente tem-se uma região de baixa pressão.

O aquecimento desigual da superfície terrestre e a rotação da Terra geram campos de temperatura e de pressão, com a formação de gradientes de temperatura entre as altas e baixas latitudes e entre regiões de alta e baixa pressão.

Os movimentos das massas de ar resultantes das forças de pressão, de atrito e de Coriolis geram grandes turbilhões denominados ciclones, nas regiões de baixa pressão, e anticiclones, nas regiões de alta pressão.

As massas de ar com dimensões que chegam a centenas ou milhares de quilômetros possuem certa homogeneidade de pressão, temperatura, velocidade e umidade, e, ao se deslocarem, modificam suas propriedades e as das regiões por onde passam.

As áreas desmatadas podem aumentar o albedo em torno de 5 a 15% com o desnudamento do terreno, fazendo com que sejam menores as temperaturas do solo e do ar que lhe sobrepõe, o que enfraquece a elevação diária de ar por convecção e prolonga e reforça a subsidência natural do ar nos sistemas subtropicais de alta pressão.

por meio de satélite é possível estimar, em sistemas convectivos, a quantidade de água precipitável, isto é, a quantidade de água resultante da transformação hipotética de todo o vapor de água de uma coluna da atmosfera em água líquida.

o radar meteorológico pode realizar uma medição volumétrica da precipitação, fornecendo a sua distribuição espacial com alto nível de detalhe, tanto na direção horizontal como na vertical em relação à superfície terrestre.

o radar meteorológico convencional é composto, de forma geral, de um transmissor que emite um pulso de energia eletromagnética, o qual se propaga a partir de uma antena móvel, e de um receptor que registra a energia refletida por um objeto e captada pela mesma antena que gerou o sinal.

devido a uma série de fatores que afetam o desempenho dos radares meteorológicos, como o fenômeno conhecido como propagação anômala, as medidas de precipitação por radares meteorológicos não apresentam, quando aplicadas aos modelos de simulação de drenagem urbana, qualidade de resultados superior à obtida com os dados fornecidos por postos meteorológicos por meio de pluviômetros e pluviógrafos.

no radar meteorológico convencional, a intensidade do eco é obtida eletronicamente pela medida da energia retornada, junto com os indicadores de posição espacial do alvo, o PPI (Indicador de Posição no Plano) e RHI (Indicador de Distância- Altura).