Questões de Enfermagem da PUC/PR

Os profissionais de saúde com longas jornadas de trabalho, como plantões de 12 horas seguidos por 36 ou 60 horas de descanso, podem se dedicar a mais de uma atividade produtiva sem correr riscos de acidentes no trabalho.

O trabalho árduo e estressante, bem como o sofrimento dos trabalhadores, podem ser em parte, justificados pela longa jornada de trabalho, uma das características do turno noturno na maioria das organizações hospitalares. Essa mudança no cronotipo pode levar a complicações de saúde e ao envelhecimento precoce do trabalhador.

Nesse grupo profissional, as longas jornadas não afetam a assistência aos pacientes, já que para suas necessidades de lazer e descanso há os dias de folga, suficientes para preservar sua saúde e qualidade de vida.

São relativamente raros os agravos provenientes de plantão noturno. Em alguns casos há distúrbios musculoesqueléticos, psíquicos, exaustão e fadiga, privação de sono e insônia e queixas de falta de tempo com a família.

Quanto piores as condições de trabalho em termos psicossociais e de carga de trabalho, mais prejudicial tende a ser a jornada noturna. Há estudos que já definem a existência de um limite para a extensão da jornada de trabalho que seja seguro à saúde.

A despersonalização, decorrente da síndrome, é caracterizada pela instabilidade emocional do profissional, contudo o trabalhador mantém relações cordiais e trabalho eficiente.

As variáveis que propiciam o desencadeamento do Burnout são: características pessoais, sociais e espirituais do trabalho, da organização e de lazer.

A exaustão emocional representa o esgotamento dos recursos emocionais do indivíduo. É considerado o traço inicial da síndrome e decorre, principalmente, da sobrecarga e do conflito pessoal nas relações interpessoais do profissional.

As condições de trabalho não têm relação com a síndrome de Burnout, logo, os aspectos organizacionais da empresa devem ser excluídos de possível diagnóstico.

A síndrome de Burnout se manifesta por psicossomatização e prejuízo nas relações interpessoais, porém com envolvimento no trabalho e sem perda na qualidade da assistência ou absenteísmo por parte dos trabalhadores.

Situações de crise psiquiátrica são aquelas em que a condição geral do indivíduo é gravemente prejudicada e ele se torna incompetente ou incapaz de assumir responsabilidades pessoais. Os enfermeiros e técnicos de enfermagem têm capacitação suficiente para intervir na crise ou emergência psiquiátrica.

É complexo o cuidado na área de saúde mental uma vez que é necessário tratamento polimedicamentoso e suporte terapêutico breve, que não requer encaminhamento para reabilitação psicossocial.

A necessidade do cuidado na área de saúde mental é decorrente de intrínseca relação entre os serviços de saúde, seus profissionais, o paciente e sua família, considerando cada contexto cultural, social e econômico. O enfermeiro do trabalho, por sua vez, conta para o encaminhamento de trabalhadores que dele necessitem, com suficiente infraestrutura de serviços de assistência na área da saúde mental.

Transtornos mentais acarretam custos adicionais que comprometem oportunidade de emprego e lazer, no entanto essa não é uma das áreas de atuação do enfermeiro do trabalho.

Para um programa de atenção à saúde mental, o enfermeiro do trabalho poderia desenvolver estudos sobre psicofarmacologia, dependência química e promoção de saúde mental, além de conhecer no, município onde atua, os Centros de Atuação Psicossocial (CAPS), os Serviços de Residência Terapêutica (SRT), os Centros de Convivência e o Programa De Volta para Casa.

Os custos diretos são aqueles relacionados diretamente às ações desenvolvidas pelos serviços de saúde no tratamento, prevenção e reabilitação da doença; incluem custos variáveis e fixos.

Os custos indiretos correspondem a todas aquelas consequências negativas tangíveis ao fato de adoecer: perda de autonomia, redução temporária de atividade, sofrimento físico e psicológico, tempo perdido no transporte até o estabelecimento de saúde e no tratamento. Em certos casos, a sociedade reconhece esses custos explicitamente e paga ao doente um auxílio-enfermidade ou uma pensão (conjuntamente chamados de transferências).

Os custos econômicos propriamente ditos, associados à perda de produção por consequência da doença, correspondem ao valor da riqueza que um indivíduo deixa de produzir por causa da enfermidade que o acomete. É, portanto, uma perda de produção econômica.

Um exemplo de custo indireto: um trabalhador doente se afasta do trabalho temporária ou definitivamente e, durante algum tempo, pode ter sua capacidade produtiva reduzida por uma sequela da doença. Um reflexo da perda de produção é o valor das pensões que a Previdência Social paga ao indivíduo doente ou incapacitado para compensar a perda de salário.

Os custos indiretos são mais fáceis de medir em comparação aos custos diretos.

Constitui-se na atribuição de um mesmo fator de avaliação “regular” de altos conceitos a todos os fatores de avaliação.

Constitui-se na atribuição de valores medianos, nunca os extremos, “mau” ou “ótimo” para todos os fatores de avaliação.

Trata-se da definição do período a que se refere a avaliação.

Trata-se da definição do comportamento global do desempenho.

Constitui-se na atribuição constante da mesma gradação ou classificação para todos os fatores de avaliação.