Uma paciente de 64 anos de idade foi admitida com quadro de dor torácica ao repouso havia quatro horas. Queixava-se de dor torácica em peso, de forte intensidade e com irradiação para mandíbula, após receber a notícia do acidente automobilístico fatal do seu filho. Relatava transtorno de pânico em tratamento regular. Negava consumo de cocaína, álcool e de outras substâncias ilícitas ou comorbidades ou história recente de síndrome gripal. Ao exame físico, apresentava-se hemodinamicamente normal, sem diferenças de pulsos ou outras alterações cardiovasculares e respiratórias relevantes. O ECG da admissão revelou elevação do segmento ST na parede anterior. A radiografia de tórax nas incidências anteroposterior e perfil não revelou alterações. A dosagem da troponina T cardíaca ultrassensível (cTnT) foi de 0,13 ng/mL (VR<0,014 ng/mL). Ela foi submetida a cateterismo cardíaco, o qual mostrou artérias coronárias isentas de ateromatose obstrutiva, e a ventriculografia esquerda denotou hipocinesia anterior e apical com hipercinesia em segmentos basais, conferindo o aspecto de balão apical.
Diante desse caso clínico hipotético, julgue o item seguinte.
O vasoespasmo coronariano, decorrente da disfunção vasomotora relacionada à deficiência de estrogênio, é o principal fator causal na patogênese dessa condição.