Questões de Medicina da FUNIVERSA

O citomegaloviro (CMV) é um DNA-vírus que possui o homem como seu único hospedeiro. A transmissão vertical ocorre durante toda a gestação, e as consequências graves para o feto parecem ocorrer quando a infecção surge antes da vigésima semana de gestação.

A dengue na gestação tende a ser mais grave, e a taxa de transmissão vertical, definida pelo aparecimento de IgM no sangue do cordão umbilical, é baixa.

A toxoplasmose congênita é geralmente causada pela transmissão vertical do Toxoplasma gondii de gestante previamente soronegativa que apresenta a forma aguda da doença.

A transmissão vertical do HIV-1 pode ocorrer principalmente em três momentos: durante a gravidez, no parto e durante a amamentação. A carga viral é o preditor de transmissão perinatal mais importante descrito até o momento.

Estudos têm demonstrado que gestantes soro positivo para HIV que fizeram o tratamento adequado com fármacos antirretrovirais (ARV) podem amamentar sem risco de transmissão vertical do HIV-1 no período pós-natal.

Bacteriúria assintomática é rara na gravidez. Por isso, a urinocultura somente deve ser solicitada na presença de sintomas urinários e diante de anormalidades do EAS.

Na pesquisa de toxoplasmose, exames solicitados em gestações de até dezesseis semanas que mostram resultados de IgG e IgM positivos com teste de avidez de IgG com valores baixos (menos de 30%) são indicativos de infecção recente, enquanto valores superiores a 60% indicam infecção antiga.

No rastreio de infecção por hepatite B, achados positivos de antígeno de superfície (Hbs-Ag) no início do terceiro trimestre da gestação devem ser interpretados como possível vacinação recente e não atestam o poder infectante da paciente.

A picamalacia é uma prática normal na gravidez e deve ser incentivada porque, em geral, propicia um melhor equilíbrio dos micronutrientes.

O edema gravitacional caracteriza-se por aumento súbito do peso e acompanha-se por engrossamento dos dedos, do nariz, das pálpebras e dos lábios.

Nas mulheres jovens com história de ciclos menstruais do tipo oligomenorreicos, a amenorreia pressupõe a concepção.

A data provável do parto (DPP) pode ser determinada matematicamente pela regra de Nägele: diminuir 3 meses do mês do último período menstrual (UPM) e somar 7 ao 1.º dia do UPM.

A percepção isolada dos primeiros movimentos fetais entre dezoito e vinte semanas nas multíparas e primíparas é um sintoma confiável de gravidez.

Somente a partir de cinco a seis semanas começa a aparecer, na parte superior do útero, estrutura denominada em ultrassonografia de saco gestacional (SG).

Após vinte semanas de idade gestacional, a medida sonográfica do diâmetro biparietal (DBP) fornece precisão de mais ou menos sete dias.

Os músculos abdominais têm maior tônus e são mais ativos durante a gravidez, o que pode dificultar a respiração.

Durante a gravidez, a vascularização e o tônus muscular da bexiga aumentam, diminuindo sua capacidade para até 1.500 mL.

Atribui-se à relaxina, secretada pela placenta, o fato de as articulações apresentarem maior mobilidade durante a gestação. O principal impacto dessas modificações é o aumento da capacidade pélvica, favorecendo a disjunção sinfisária e os movimentos de acomodação do sacro.

No final da gravidez, as mudanças no metabolismo glicídico notabilizam-se por liberação reduzida de ácidos graxos, devido ao efeito diabetogênico do hormônio lactogênico placentário (hPL), contribuindo para o aumento da utilização da glicose materna.

Constituem alterações cardiovasculares relevantes na gestação o aumento da pressão arterial média e o aumento da resistência periférica.

O tipo histológico mais comum dos carcinomas cervicais é o de células escamosas. Entretanto, a incidência relativa e absoluta de adenocarcinoma vem aumentando.

Na vigência de história clínica clássica, caracterizada por prurido vulvar crônico, secreção sanguinolenta e lesão semelhante à dermatite vulvar crônica, a biopsia é desnecessária para confirmar o diagnóstico de câncer vulvar.

O câncer do endométrio, à semelhança do câncer cervical, está relacionado à história sexual.

As lesões precursoras do câncer ovariano, à semelhança dos carcinomas do cérvice e do endométrio, estão bem definidas.

Citologia vaginal positiva, na ausência de neoplasia endometrial ou cervical, firma o diagnóstico de neoplasia maligna das tubas uterinas.