Questões de Literatura da PS Concursos

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Listagem de Questões de Literatura da PS Concursos

Leia o texto abaixo para responder à próxima questão:


Meu Desejo 

 
Meu desejo? era ser a luva branca
Que essa tua gentil mãozinha aperta:
A camélia que murcha no teu seio,
O anjo que por te ver do céu deserta.... 


Meu desejo? era ser o sapatinho
Que teu mimoso pé no baile encerra....
A esperança que sonhas no futuro,
As saudades que tens aqui na terra....


Meu desejo? era ser o cortinado
Que não conta os mistérios do teu leito;
Era de teu colar de negra seda
Ser a cruz com que dormes sobre o peito. 


Meu desejo? era ser o teu espelho
Que mais bela te vê quando deslaças
Do baile as roupas de escomilha e flores
E mira-te amoroso as nuas graças!
Meu desejo? era ser desse teu leito
De cambraia o lençol, o travesseiro
Com que velas o seio, onde repousas,
Solto o cabelo, o rosto feiticeiro....


Meu desejo? era ser a voz da terra
Que da estrela do céu ouvisse amor!
Ser o amante que sonhas, que desejas
Nas cismas encantadas de languor!


Álvares de Azevedo
É típico do Romantismo o abandono à linguagem excessivamente rebuscada e preza pela tentativa de uma abordagem mais próxima das massas. Apesar desse aspecto, um texto que tem a sua produção datada na primeira metade do século XIX, invariavelmente apresentará vocabulário distante do cotidiano no qual a sociedade contemporânea se insere. Dito isso, dê o sinônimo que melhor se adeque ao contexto para o vocábulo que encerra o poema:

Leia o texto abaixo para responder à próxima questão:


Meu Desejo 

 
Meu desejo? era ser a luva branca
Que essa tua gentil mãozinha aperta:
A camélia que murcha no teu seio,
O anjo que por te ver do céu deserta.... 


Meu desejo? era ser o sapatinho
Que teu mimoso pé no baile encerra....
A esperança que sonhas no futuro,
As saudades que tens aqui na terra....


Meu desejo? era ser o cortinado
Que não conta os mistérios do teu leito;
Era de teu colar de negra seda
Ser a cruz com que dormes sobre o peito. 


Meu desejo? era ser o teu espelho
Que mais bela te vê quando deslaças
Do baile as roupas de escomilha e flores
E mira-te amoroso as nuas graças!
Meu desejo? era ser desse teu leito
De cambraia o lençol, o travesseiro
Com que velas o seio, onde repousas,
Solto o cabelo, o rosto feiticeiro....


Meu desejo? era ser a voz da terra
Que da estrela do céu ouvisse amor!
Ser o amante que sonhas, que desejas
Nas cismas encantadas de languor!


Álvares de Azevedo
O poema em questão apresentado acima é pertencente à obra do célebre poeta romântico Álvares de Azevedo. A segunda geração do Romantismo, da qual Azevedo é o maior expoente, tem como preceito presente neste poema o(a):

Leia o texto abaixo para responder à próxima questão:


O Deus-Verme

Fator universal do transformismo.
Filho da teleológica matéria,
Na superabundância ou na miséria,
Verme – é o seu nome obscuro de batismo.

Jamais emprega o acérrimo exorcismo
Em sua diária ocupação funérea,
E vive em contubérnio com a bactéria,
Livre das roupas do antropomorfismo.

Almoça a podridão das drupas agras,
Janta hidrópicos, rói vísceras magras
E dos defuntos novos incha a mão…

Ah! Para ele é que a carne podre fica,
E no inventário da matéria rica
Cabe aos seus filhos a maior porção!

                                                            Augusto dos Anjos
O poema Deus-verme de Augusto dos Anjos é um ícone do movimento de transição que ficou conhecido entre o final do século XIX e o começo do século XX como Pré-modernismo. Este apontava certos caminhos da nova arte enquanto guardava preceitos dos valores estéticos ainda em vigor. Essa realidade é perceptível no poema em questão por:

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