Questões sobre Estilística

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Listagem de Questões sobre Estilística

Leia o poema a seguir e analise as assertivas a seu respeito:


 Canção do exílio


Gonçalves Dias


Minha terra tem palmeiras

Onde canta o Sabiá,

As aves, que aqui gorjeiam,

Não gorjeiam como lá. 


Nosso céu tem mais estrelas,

Nossas várzeas têm mais flores,

Nossos bosques têm mais vida,

Nossa vida mais amores. 


Em cismar, sozinho, à noite,

Mais prazer encontro eu lá;

Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o Sabiá. 


Minha terra tem primores,

Que tais não encontro eu cá;

Em cismar – sozinho, à noite –

Mais prazer encontro eu lá;

Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o Sabiá. 


Não permita Deus que eu morra,

Sem que eu volte para lá;

Sem que desfrute os primores

Que não encontro por cá;

Sem qu’inda aviste as palmeiras,

Onde canta o Sabiá.



I. Trata-se de um poema formado por seis estrofes, cada uma delas, um quarteto.


II. Os versos do poema são todos heptassílabos.


III. Trata-se de um poema formado somente por versos brancos.



Quais estão corretas? 

#Questão 1093337 - Literatura, Estilística, CESPE / CEBRASPE, 2025, InoversaSul, Professor de Língua Portuguesa - Anos Finais

quanto falta pra gente se ver hoje
quanto falta pra gente se ver logo
quanto falta pra gente se ver todo dia
quanto falta pra gente se ver pra sempre
quanto falta pra gente se ver dia sim dia não
quanto falta pra gente se ver às vezes
quanto falta pra gente se ver cada vez menos
quanto falta pra gente não querer se ver
quanto falta pra gente não querer se ver nunca mais
quanto falta pra gente se ver e fingir que não se viu
quanto falta pra gente se ver e não se reconhecer
quanto falta pra gente se ver e nem lembrar que um dia se conheceu.

Bruna Beber. Rua da padaria. São Paulo: Record, 2013.

A respeito de aspectos estilísticos do poema apresentado, julgue o item a seguir. 


Os doze versos do poema sugerem o percurso de um relacionamento até o seu fim.

#Questão 1093338 - Literatura, Estilística, CESPE / CEBRASPE, 2025, InoversaSul, Professor de Língua Portuguesa - Anos Finais

quanto falta pra gente se ver hoje
quanto falta pra gente se ver logo
quanto falta pra gente se ver todo dia
quanto falta pra gente se ver pra sempre
quanto falta pra gente se ver dia sim dia não
quanto falta pra gente se ver às vezes
quanto falta pra gente se ver cada vez menos
quanto falta pra gente não querer se ver
quanto falta pra gente não querer se ver nunca mais
quanto falta pra gente se ver e fingir que não se viu
quanto falta pra gente se ver e não se reconhecer
quanto falta pra gente se ver e nem lembrar que um dia se conheceu.

Bruna Beber. Rua da padaria. São Paulo: Record, 2013.

A respeito de aspectos estilísticos do poema apresentado, julgue o item a seguir. 


No poema, a anáfora marca o ritmo dos versos e assume um sentido diferente em cada ocorrência.

#Questão 1093800 - Literatura, Estilística, CESPE / CEBRASPE, 2025, InoversaSul, Professor de Redação - Ensino Médio

        Paris, fim do inverno, 1979.

        Apesar do frio, abri um pouco a janela, o cheiro no estúdio é insuportável. Tento fazer uma versão francesa de Tecendo a manhã, meu aluno de Neuilly-sur-Seine se interessou pela poesia brasileira, pinçou esse poema belíssimo e cabeludo do João Cabral de Melo Neto, e ainda me pediu um comentário, promessa de uma ótima gorjeta. É o aluno mais antigo, e o mais empenhado em aprender a língua portuguesa. A gente se conheceu no Café des Arts, onde eu distribuía folhetos anunciando aulas de português (Brasil). É um diletante solitário, entusiasmado com a arte e a literatura da América Latina e da África. Nas primeiras aulas, depois dos meus comentários sobre a situação política na América do Sul, ele disse que as atrocidades só mudam de tempo e lugar. Ele se interessou pela poesia do João Cabral quando lhe mostrei Estudos para uma bailadora andaluza; quis ler outros, e assim chegamos ao Tecendo a manhã. “Um galo sozinho não tece uma manhã: / ele precisará sempre de outros galos.” Comecei a escrever uma versão francesa do poema, mas empaquei nestes versos: “e de outros galos / que com muitos outros galos se cruzem / os fios de sol de seus gritos de galo, / para que a manhã, desde uma teia tênue, / se vá tecendo, entre todos os galos”. Nesta solidão e com esse frio, sem fios de sol e gritos de galo, será difícil tecer a manhã em Paris.

Milton Hatoum. Pontos de fuga.
São Paulo: Companhia das Letras, 2019, p. 59-60 (com adaptações)

Julgue o próximo item, relativo a aspectos linguísticos do texto precedente.


No trecho “meu aluno de Neuilly-sur-Seine se interessou pela poesia brasileira, pinçou esse poema belíssimo e cabeludo do João Cabral de Melo Neto” (segundo período), o autor contrasta poesia e poema, uma vez que, em sentido literário, poesia é entendida como gênero de produção textual, de estrutura variada, que usa palavras como matéria-prima, ao passo que poema aponta obra específica da poesia, caracterizada por sua forma fixa, relativamente aos versos e às sílabas dos versos.

Em se tratando de versificação, assinale a alternativa incorreta.

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