Questões de Filosofia do ano 2022

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Listagem de Questões de Filosofia do ano 2022

#Questão 1015873 - Filosofia, , Colégio Pedro II, 2022, Colégio Pedro II, 2022 - Colégio Pedro II - Professor - Filosofia

Em todo caso, ter uma ideia não é da ordem da comunicação. Nesse ponto é que gostaria de chegar. Tudo sobre o que temos falado é irredutível a qualquer comunicação. Não é complexo. O que isso quer dizer? Em um primeiro sentido, poderse-ia dizer que a comunicação é a transmissão e a propagação de uma informação. Ora, uma informação, o que é? Não é complicado, todo mundo sabe: uma informação é um conjunto de palavras de ordem. Quando alguém lhes informa, alguém lhes diz no que vocês supostamente devem crer. Em outros termos: informar é fazer circular uma palavra de ordem. [...]
Qual é a relação da obra de arte com a comunicação? Nenhuma. Nenhuma, a obra de arte não é um instrumento de comunicação. A obra de arte não tem nada a ver com a comunicação. A obra de arte não contém estritamente a menor informação. Em contrapartida, há uma afinidade fundamental entre a obra de arte e o ato de resistência. Visto desse modo, sim: ela tem algo a fazer com a informação e a comunicação a título de resistência. (DELEUZE, 2012, p. 385-397)
DELEUZE, G. O que é criação? In: DUARTE, R. (Org.). O belo autônomo: textos clássicos de estética. Belo Horizonte: Autêntica, 2012.
Com base na leitura do texto, é correto afirmar que a obra de arte   

#Questão 1015874 - Filosofia, , Colégio Pedro II, 2022, Colégio Pedro II, 2022 - Colégio Pedro II - Professor - Filosofia

Em suma, para ser dita “moral” uma ação não deve se reduzir a um ato ou a uma série de atos conformes a uma regra, lei ou valor. É verdade que toda ação moral comporta uma relação ao real em que se efetua, e uma relação ao código a que se refere; mas ela implica também uma certa relação a si; essa relação não é simplesmente “consciência de si”, mas constituição de si enquanto “sujeito moral”, na qual o indivíduo circunscreve a parte dele mesmo que constitui o objeto dessa prática moral, define sua posição em relação ao preceito que respeita, estabelece para si um certo modo de ser que valerá como realização moral dele mesmo; e, para tal, age sobre si mesmo, procura conhecer-se, controla-se, põe-se à prova, aperfeiçoa-se, transforma-se. (FOUCAULT, 2007, p. 148)
FOUCAULT, M. História da sexualidade 2: o uso dos prazeres. In: MARCONDES, D. (Org.). Textos básicos de ética. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007.
De acordo com o texto, uma ação moral 

#Questão 1015875 - Filosofia, , Colégio Pedro II, 2022, Colégio Pedro II, 2022 - Colégio Pedro II - Professor - Filosofia

No texto a seguir, Cida Bento tematiza o “pacto narcísico” constitutivo da branquitude e seu papel nas relações raciais no Brasil:


O silêncio, a omissão, a distorção do lugar do branco na situação das desigualdades raciais no Brasil têm um forte componente narcísico, de autopreservação, porque vêm acompanhados de um pesado investimento na colocação desse grupo como grupo de referência da condição humana. Quando precisam mostrar uma família, um jovem ou uma criança, todos os meios de comunicação social brasileiros usam quase que exclusivamente o modelo branco. Freud identifica a expressão do amor a si mesmo, ou seja, o narcisismo, como elemento que trabalha para a preservação do indivíduo e que gera aversões ao que é estranho, diferente. É como se o diferente, o estranho, pusesse em questão o “normal”, o “universal”, exigindo que se modifique, quando autopreservarse remete exatamente à imutabilidade. Assim, a aversão e a antipatia surgem. (BENTO, 2002, p. 30)


BENTO, M. A. S. Branqueamento e branquitude no Brasil.

InCARONE, I.; BENTO, M. A. S. (Org.). Psicologia social do racismo:

estudos sobre branquitude e branqueamento no Brasil. Petrópolis: Vozes, 2002.


De acordo com o texto, 

#Questão 1015876 - Filosofia, , Colégio Pedro II, 2022, Colégio Pedro II, 2022 - Colégio Pedro II - Professor - Filosofia

Com expressiva força epistêmica, a categoria da amefricanidade permite que grupos subalternizados pelo modelo moderno/colonial produzam, a partir de suas experiências e processos de resistência, conhecimentos e fazeres que desafiem os lugares sociais e as estruturas de poder próprias da colonialidade. Aberta às múltiplas formas de ser, estar e bem viver, desarruma as fronteiras que estabelecem o centro e a periferia, acessa os diversos rostos e corpos que compõem o mosaico da Améfrica Ladina e ajuda a compor uma noção de direitos humanos que consiga dar conta das múltiplas possibilidades de ser humano e estar na natureza. (PIRES, 2020, p. 163)


PIRES, T. Por um constitucionalismo ladino-amefricano. In: BERNARDINO-COSTA, J.; MALDONADO

TORRES, N.; GROSFOGUEL, N. (Org.). Decolonialidade e pensamento afrodiaspórico.

Belo Horizonte: Autêntica, 2020.


De acordo com o texto, a categoria “amefricanidade”, proposta por Lélia Gonzalez,

#Questão 1015877 - Filosofia, , Colégio Pedro II, 2022, Colégio Pedro II, 2022 - Colégio Pedro II - Professor - Filosofia

A “unidade” é necessária para a ação política efetiva? Não será, precisamente, a insistência prematura no objetivo de unidade a causa da fragmentação cada vez maior e mais acirrada das fileiras? Certas formas aceitas de fragmentação podem facilitar a ação, e isso exatamente porque a “unidade” da categoria das mulheres não é nem pressuposta nem desejada. Não implica a “unidade” uma norma excludente de solidariedade no âmbito da identidade, excluindo a possibilidade de um conjunto de ações que rompam as próprias fronteiras dos conceitos de identidade, ou que busquem precisamente efetuar essa ruptura como um objetivo político explícito? Sem a pressuposição ou o objetivo da “unidade”, sempre instituído no nível conceitual, unidades provisórias podem emergir no contexto de ações concretas que tenham outras propostas que não a articulação da identidade. Sem a expectativa compulsória de que as ações feministas devam instituir-se a partir de um acordo estável e unitário sobre a identidade, essas ações bem poderão desencadear-se mais rapidamente e parecer mais adequadas ao grande número de “mulheres” para as quais o significado da categoria está em permanente debate. (BUTLER, 2014, p. 36)
BUTLER, J. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2014.

Com base no texto, é correto afirmar que 

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