Questões de Antropologia

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Listagem de Questões de Antropologia

Alimentar a ideia de que a diversidade de costumes no tempo e no espaço não é simplesmente uma questão de indumentária ou aparência é também alimentar a ideia de que a humanidade é tão variada em sua essência como em sua expressão. Mas se nós descartamos a noção de que o Homem, com letra maiúscula, deve ser visto “por trás”, “debaixo”, ou “além” dos seus costumes, e se a substituímos pela noção de que o homem, sem maiúscula, deve ser visto “dentro” deles, corre-se o perigo de perder por completo a perspectiva do homem.

GEERTZ, Clifford. A Interpretação das Culturas. Rio de Janeiro: LTC, 2015.

Assinale a opção que reflete corretamente a problemática antropológica exposta no trecho acima.

No texto a seguir, Muniz Sodré discorre sobre relações entre o fenômeno do sincretismo e a religiosidade.

No sentido amplo, o amálgama sincrético pertence ao fenômeno da interculturalidade, que se tornou mais característico nas religiões universais: ao se expandir, o cristianismo, por exemplo, incorporou crenças locais, assim como fez o islamismo com relação ao judaísmo e ao cristianismo. Muitos séculos antes disso, os cultos africanos também se constituíram a partir de uma linhagem sincrética de sistemas de crenças egípcios, indianos e outros. O sincretismo comporta aspectos tanto espontâneos quanto estratégicos. No caso dos cultos afro-brasileiros, pode-se falar de uma estratégia de natureza religiosa, mítica e histórica, destinada a assegurar a continuidade dos africanos e seus descendentes nas condições adversas da diáspora escrava.

SODRÉ, Muniz. Pensar Nagô. Petrópolis, RJ: Vozes, 2017.



Com base no texto, é correto afirmar que o sincretismo

No trecho a seguir, Philippe Descola apresenta elaborações sobre a relação entre humanos e meio ambiente.

Faz pouco tempo que começamos a ter a medida do preço extremamente alto que será preciso pagar pela exploração imoderada de nosso meio ambiente, com a poluição crescente do solo, do ar, da água e também dos organismos vivos, com o desaparecimento acelerado de inúmeras espécies de plantas e animais, com as consequências dramáticas do aumento do efeito estufa sobre o planeta. Em outros lugares do mundo, muitas culturas não seguiram o mesmo caminho, não isolaram a natureza como se ela fosse um domínio à parte, exterior, onde toda causa pode ser estudada cientificamente e onde tudo pode ser rentabilizado a serviço dos homens.

DESCOLA, Philippe. Outras naturezas, outras culturas. São Paulo: Editora 34, 2016.

De acordo com o que é exposto no trecho, assinale a afirmativa correta.

No fragmento a seguir, Marcel Mauss discorre sobre a vida econômica em determinadas sociedades não ocidentais, propondo um contraste em relação às concepções modernas.

[T]oda essa economia muito rica está cheia de elementos religiosos: a moeda tem ainda seu poder mágico e ainda está ligada ao clã ou ao indivíduo; as diversas atividades econômicas, por exemplo o mercado, ainda estão impregnadas de ritos e de mitos; conservam um caráter cerimonial, obrigatório, eficaz; estão repletas de ritos e de direitos. É algo muito diferente do útil que circula nessas sociedades, a maioria delas já bastante esclarecidas.

MAUSS, Marcel. Sociologia e antropologia. São Paulo: Cosac Naify, 2003.

De acordo com o fragmento, assinale a afirmativa correta.

No texto a seguir, o autor apresenta uma aparente contradição no discurso da modernidade.

Se o “espírito” era “moderno”, ele o era na medida em que estava determinado que a realidade deveria ser emancipada da “mão morta” de sua própria história — e isso só poderia ser feito derretendo os sólidos (isto é, por definição, dissolvendo o que quer que persistisse no tempo e fosse infenso à sua passagem ou imune a seu fluxo). Lembremos, no entanto, que tudo isso seria feito não para acabar de uma vez por todas com os sólidos e construir um admirável mundo novo livre deles para sempre, mas para limpar a área para novos e aperfeiçoados sólidos.

BAUMAN, Zygmunt. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Zahar, 2000.

Nesse trecho, ele sugere que a modernidade

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