Procura da Poesia é um dos textos de abertura do livro A rosa do povo, que reúne poemas escritos entre 1943 e 1945 por Carlos Drummond de Drummond. Procura de Poesia poderia ser o tema de uma aula. Uma aula de poesia. A respeito disso, junto a seus alunos, o professor faria a leitura do poema. A leitura adequada permitiria:
1- interpretar que Drummond faz profundas reflexões sobre o "fazer poético", ou seja, sobre a arte e utilidade da poesia, sobre o trabalho do artista literário e sua função social.
2- observar que a estrutura do poema apresenta um falante que se dirige, em tom professoral, próprio de quem já refletiu muito sobre o assunto, a um hipotético interlocutor, que escreve (ou pretende escrever) poesia sem refletir sobre o "fazer poético".
3- atentar para o fato de que o falante se dirige ao interlocutor sempre empregando verbos no imperativo, na segunda pessoa do singular ("não faças", "não cantes", "penetra", "convive", "espera", "não forces", "não colhas", "não adules", "repara"). E que o interlocutor, no entanto, não tem voz, não contra-argumenta nem aceita. Apenas ouve!
4- dividir, para fins didáticos, o poema em duas partes e observar que a primeira, marcada pelos imperativos negativos, representa tudo aquilo que não deve ser feito por quem pretende escrever poesia; a segunda, marcada pelos imperativos afirmativos, realça o trabalho com a matéria-prima do poeta: a palavra.
A afirmação correta está em:
1, 2, 3 e 4.
1, 3 e 4, apenas.
2 e 3, apenas.
4, apenas.
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