Leia o TEXTO I antes de responder as questões DE 21 A 35
Relacione o Texto I com as passagens I, II e III (todas extraídas de GARCIA, Othon Moacir. "Comunicação em Prosa Moderna". Rio de Janeiro: FGV, 1986).
I. "Dentro da liberdade de combinações que é própria da fala ou discurso – liberdade que permite a cada qual expressar seu pensamento de maneira pessoal, sem ter que repetir sempre, servilmente, frases já feitas, já estereotipadas – há certos limites impostos pela gramática, limites que impedem a invenção de uma nova língua cada vez que se fala. Nossa liberdade de construir frases está, assim, condicionada a um mínimo de gramaticalidade" .(p.07)
II. "as palavras procuradas nos dicionários só se incorporam de fato aos nossos hábitos lingüísticos quando as ouvimos ou lemos. Listas de palavras, resultantes de leitura corrida de dicionários, podem não ser de todo inúteis, mas o que delas nos fica não paga o tempo gasto: valem quase tanto quanto o passa-tempo das palavras-cruzadas". (p.191)
III. "análise e classificação ligam-se tão intimamente, que às vezes se podem confundir, pelo menos entre os leigos. Tanto isso é verdade, que, com freqüência, os dois termos são empregados como sinônimos, imprecisão que se deve evitar: análise é decomposição, e classificação é hierarquização." (p.320)
Assinale a alternativa INCORRETA.
Texto I pode ser um exemplo do que é afirmado na passagem I, pois, apesar do inusitado de suas combinações causar um certo estranhamento ao leitor, não se questiona que nele esteja presente a estrutura gramatical da língua portuguesa.
A passagen III traz a preocupação do autor sobre a didatização de compontentes estruturais da língua, nesse caso a morfologia e a sintaxe. O Texto I é um artefato da língua portuguesa que vai exigir um novo olhar para a abordagem desses componentes estruturais da língua.
Os limites de que fala o autor na passagem I são aqueles expressos pela norma da língua padrão e não podem ser negligenciados pelo falante, sob pena de impedir a comunicação, como quase acontece no Texto I.
A necessidade de um tratamento contextualizado do léxico da língua pode ser a conclusão didática resultante da leitura da passagem II; algumas lacunas quanto à contextualização do Texto I são recuperadas pelo conhecimento de mundo do leitor.
A passagem I pode ser sustentada pela concepção de gramática internalizada, que o falante nativo adquire na comunidade lingüística a que pertence e que é fundamental na leitura compreensiva do Texto I.
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