Questões de Relações Internacionais do ano 2004

O fim do direito de veto no Conselho de Segurança foi uma das conseqüências mais imediatas do desmoronamento da União Soviética, além de comprovar a hegemonia dos EUA no órgão.

No caso da invasão do Iraque, a não-objeção do Conselho de Segurança foi essencial para o início das operações militares norte-americanas contra o país de Saddam Hussein.

Vivamente apoiada pelos EUA, a mudança na estrutura do Conselho de Segurança é combatida por países emergentes, como é o caso do Brasil.

A Assembléia Geral perdeu sua condição de mais amplo e representativo órgão das Nações Unidas, mas a igualdade entre os Estados que dela participam garante a aplicação de suas decisões.

Para os EUA, a Assembléia Geral tende a ser espaço privilegiado para a retórica terceiro-mundista e antiamericana.

Na Bolívia, célebre pelos recorrentes golpes de Estado, uma impressionante mobilização popular levou o presidente Sánchez de Losada à renúncia, em 2003.

O atual presidente argentino, Néstor Kirchner, chegou ao poder em meio a uma crise profunda e adotou o discurso de não-submissão ao FMI.

Fortemente apoiado pelos EUA, o atual governo colombiano conseguiu encerrar formalmente uma guerra civil que há décadas ensangüentava o País.

Na Venezuela, um país ideológica e politicamente dividido, o presidente Hugo Chávez mantém-se à frente do governo, reforçado pelo resultado de plebiscito que lhe foi favorável.

Problema que se arrasta desde as últimas décadas do século XIX, quando conflito de grandes proporções ampliou o território chileno, ainda hoje ecoa na América do Sul a questão do acesso da Bolívia ao mar.

Anexar áreas da Cisjordânia e, com isso, inviabilizar a existência de um Estado da Palestina.

Impedir a entrada de terroristas em território israelense.

Promover um terrorismo de Estado, de modo a equiparar- se aos seus inimigos palestinos.

Garantir a integridade das colônias judaicas na Cisjordânia, que serão integralmente mantidas.

Liquidar o poder de Yasser Arafat, a mais radical liderança palestina.

a regulação da forma pela qual ocorrem as transações comerciais entre os países, fixando regras que têm de ser seguidas por todos os Estados que dela fazem parte.

a responsabilidade de operacionalizar os empréstimos do Fundo Monetário Internacional aos países emergentes.

o suporte técnico que dá ao Banco Mundial, informando sobre a estrutura comercial dos países que buscam recursos junto a esta instituição financeira.

a obtenção do fim dos subsídios agrícolas praticados pelos países ricos, o que conseguiu já em sua histórica reunião de Cancún, no México, em 2003.

o esforço, plenamente compensado, de eliminação de toda e qualquer forma de protecionismo, prática considerada perniciosa ao desenvolvimento do comércio mundial.

O longo e difícil processo que deu origem à atual União Européia teve início após o fim da Segunda Guerra Mundial, conflito que deixou a Europa Ocidental em péssima situação econômica e dependente da ajuda norte-americana para sua reconstrução.

Com a desintegração do bloco soviético na Europa Oriental, sepultando os últimos resquícios da Guerra Fria, vários países do Leste Europeu incorporaram-se à União Européia, ampliando o percentual de população e de produção econômica do bloco.

Além de promover a integração comercial, a União Européia também se destaca pelo esforço de aproximação cultural entre seus integrantes e de permitir a livre circulação de pessoas entre os países que a compõem.

Sob o ponto de vista político, já funciona o Parlamento Europeu, com representantes eleitos em seus respectivos países, em número proporcional à população de cada um deles.

Há consenso entre os analistas de que a adoção de uma moeda única – o euro – pelo conjunto de países integrantes do bloco foi decisiva para que a União Européia compatibilizasse a política monetária praticada por seus membros e atingisse o padrão de estabilidade financeira que tem hoje.