Questões de Língua Portuguesa da IV -

Pesquise questões de concurso nos filtros abaixo

Listagem de Questões de Língua Portuguesa da IV -

Leia o texto a seguir


Com três indicações ao Oscar, incluindo o de melhor filme e o de melhor atriz para Fernanda Torres, Ainda Estou Aqui transcende o cinema ao tornar-se um manifesto contra o autoritarismo e um chamado à vigilância. A obra, dirigida por Walter Salles, revisita os horrores da ditadura militar brasileira e reforça os alertas sobre a fragilidade da democracia. Isso um ano depois de o Brasil ter vivido as tensões de uma tentativa de golpe de Estado, na sequência de um período em que se tentou construir uma imagem positiva sobre a ditadura militar.

Disponível em: <https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2025/01/7044095-ainda-estou-aqui-um-alerta-contra-o-extremismo.html>. Acesso em: 25 jan. 2025.


Em relação à tipologia textual, o trecho acima pode ser considerado um texto

Leia o texto a seguir.


Escondeu a sua mal-educada e natural intuição pelo que é grande, ou belo, ou arrojado, e fingiu ligar interesse ao que ele fazia, ao que ele dizia, ao que ele ganhava, ao que ele pensava e ao que ele conseguia com paciência na sua vida estreita de negociante rotineiro; mas, de repente, zás! faltou-lhe o equilíbrio e a mísera escorregou, caindo nos braços de um boêmio de talento, libertino e poeta, jogador e capoeira. O marido não deu logo pela coisa, mas começou a estranhar a mulher, a desconfiar dela e a espreitá-la, até que um belo dia, seguindo-a na rua sem ser visto, o desgraçado teve a dura certeza de que era traído pela esposa, não mais com o poeta libertino, mas com um artista dramático que muitas vezes lhe arrancara, a ele, sinceras lágrimas de comoção, declamando no teatro em honra da moral triunfante e estigmatizando o adultério com a retórica mais veemente e indignada.

  AZEVEDO, Aluísio. O cortiço. São Paulo: Ática, 1997.


O uso da expressão de realce “até que” juntamente com o construto “um belo dia” ajuda a alertar o leitor de que

Leia o texto a seguir.


Dorme, ruazinha… É tudo escuro…

E os meus passos, quem é que pode ouvi-los?

Dorme o teu sono sossegado e puro,

Com teus lampiões, com teus jardins tranquilos…


Dorme… Não há ladrões, eu te asseguro…

Nem guardas para acaso persegui-los…

Na noite alta, como sobre um muro,

As estrelinhas cantam como grilos…


O vento está dormindo na calçada,

O vento enovelou-se como um cão…

Dorme, ruazinha… Não há nada…


Só os meus passos…

Mas tão leves são

Que até parecem, pela madrugada,

Os da minha futura assombração…

QUINTANA, Mário. A Rua dos Cataventos. Porto Alegre: Globo, 1981.


De acordo com a gramática normativa, o verbo “dormir” está no modo

Leia o texto a seguir.


No meio do caminho


No meio do caminho tinha uma pedra

tinha uma pedra no meio do caminho

tinha uma pedra

no meio do caminho tinha uma pedra.


Nunca me esquecerei desse acontecimento

na vida de minhas retinas tão fatigadas.

Nunca me esquecerei que no meio do caminho

tinha uma pedra

tinha uma pedra no meio do caminho

no meio do caminho tinha uma pedra.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Antologia Poética. Rio de Janeiro: José Olympio, 1978.


A repetição do verbo “tinha”

Leia o texto a seguir.


Pouco a pouco uma vida nova, ainda confusa, se foi esboçando. Acomodar-se-iam num sítio pequeno, o que parecia difícil a Fabiano, criado solto no mato. Cultivariam um pedaço de terra. Mudar-se-iam depois para uma cidade, e os meninos frequentariam escolas, seriam diferentes deles. Sinha Vitória esquentava-se. Fabiano ria, tinha desejo de esfregar as mãos agarradas à boca do saco e à coronha da espingarda de pederneira.


Não sentia a espingarda, o saco, as pedras miúdas que lhe entravam nas alpercatas, o cheiro de carniças que empestavam o caminho. As palavras de Sinha Vitória encantavam-no. Iriam para diante, alcançariam uma terra desconhecida.


Fabiano estava contente e acreditava nessa terra, porque não sabia como ela era nem onde era. Repetia docilmente as palavras de Sinha Vitória, as palavras que Sinha Vitória murmurava porque tinha confiança nele. E andavam para o Sul, metidos naquele sonho. Uma cidade grande, cheia de pessoas fortes. Os meninos em escolas, aprendendo coisas difíceis e necessárias. Eles dois velhinhos, acabando-se como uns cachorros, inúteis, acabando-se como Baleia. Que iriam fazer? Retardaram-se, temerosos. Chegariam a uma terra desconhecida e civilizada, ficariam presos nela. E o sertão continuaria a mandar gente para lá. O sertão mandaria para a cidade homens fortes, brutos, como Fabiano, Sinha Vitória e os dois meninos.

RAMOS, Graciliano. Vidas secas. São Paulo: Martins, 1970.


O texto acima é uma manifestação

Navegue em mais matérias e assuntos

{TITLE}

{CONTENT}

{TITLE}

{CONTENT}
Estude Grátis