Questões sobre Sintaxe

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FRAGMENTO DE CRÔNICA DE RUBEM BRAGA

Assim o amigo que volta de longe vem rico de muitas coisas e sua conversa é prodigiosa de riqueza; nós também desejamos nosso saco de emoções e novidades; mas para um sentir a mão do outro precisam se agarrar ambos a qualquer velha besteira: você se lembra daquela tarde em que tomamos cachaça num café que tinha naquela rua e estava lá uma loura que dizia, etc., etc. Então já não se trata mais de amizade, porém de necrológio. Sentimos perfeitamente que estamos falando de dois outros sujeitos, que, por sinal, já faleceram -- e eram nós.

(Fonte: BRAGA, R. 200 crônicas escolhidas.
 Rio de Janeiro: Record, 1992.)


    Assinale V (verdadeiro) ou F (falso) nas afirmações, considerando o emprego adequado da concordância verbal.
I. ( ) A forma “precisam” está correta quanto à concordância verbal.
II. ( ) Nesse contexto, a forma “tinha” está inadequada, pois precisaria ser substituída por ‘havia’.
III. ( ) Se no trecho "já não se trata mais de amizade", a palavra em destaque for trocada por ‘lembranças’, haverá alteração na forma verbal.
IV. ( ) Em "[...] dois outros sujeitos que, por sinal, já faleceram -- e eram nós", a forma destacada desobedece a uma das regras de concordância do verbo ser que, pela regra, deveria concordar com o pronome pessoal ‘éramos nós’.
    Marque a sequência correta.

Leia o texto abaixo para responder à próxima questão:

Eu nasci há dez mil anos atrás

Eu nasci há dez mil anos atrás

e não tem nada nesse mundo que eu não saiba de mais


Eu vi Cristo ser crucificado

O amor nascer e ser assassinado

Eu vi as bruxas pegando fogo para pagarem seus pecados,

Eu vi,

Eu vi Moisés cruzar o mar vermelho

Vi Maomé cair na terra de joelhos

Eu vi Pedro negar Cristo por três vezes diante do espelho

Eu vi,


Eu vi as velas se acenderem para o Papa

Vi Babilônia ser riscada do mapa

Vi conde Drácula sugando o sangue novo

e se escondendo atrás da capa

Eu vi,

Eu vi a arca de Noé cruzar os mares

Vi Salomão cantar seus salmos pelos ares

Eu vi Zumbi fugir com os negros para floresta

pro quilombo dos palmares

Eu vi,


Eu vi o sangue que corria da montanha

quando Hitler chamou toda a Alemanha

Vi o soldado que sonhava com a amada numa cama de campanha


Eu li,

Eu li os símbolos sagrados de Umbanda

Eu fui criança para poder dançar ciranda

E, quando todos paraguejavam contra o frio,

eu fiz a cama na varanda


Eu tava junto com os macacos na caverna

Eu bebi vinho com as mulheres na taverna

E quando a pedra despencou da ribanceira

Eu também quebrei a perna

Eu também,

Eu fui testemunha do amor de Rapunzel

Eu vi a estrela de Davi brilhar no céu

E pra aquele que provar que eu estou mentindo

eu tiro o meu chapéu

Raul Seixas



A forma verbal destacada abaixo é uma flexão em terceira pessoa do singular do verbo haver e nesse contexto apresenta sujeito:
Eu nasci dez mil anos atrás
Alternativas:

#Questão 1055398 - Português, Sintaxe, PS Concursos, 2022, Prefeitura de Sombrio - SC, Professor de Português - Edital nº 003

Leia o texto abaixo para responder a próxima questão:

IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO ESCRITA

     É sensível no mundo contemporâneo a importância da comunicação escrita no dia a dia. Não é nenhum segredo que as melhores posições - em todas as profissões - são dadas aos melhores comunicadores. Para estar sempre à frente é preciso falar, e principalmente escrever bem.
     Hoje em dia nos comunicamos cada vez mais através da Internet, e-mail, fax, memorandos e cartas, e um texto bem escrito pode ser fundamental em muitas situações. O estudante ou profissional, seja ele de qualquer área, precisa conhecer bem seu idioma e as normas de escrita para que assim possa elaborar textos concisos e bem estruturados que transmitam de forma clara seu objetivo, ponto de vista ou intenção.
     Escrever sempre foi uma habilidade vital nos negócios.
     Em 1988 uma pesquisa feita no EUA mostrou que 79% dos executivos entrevistados citaram a escrita como uma das habilidades mais negligenciadas no mundo empresarial, contudo uma das mais importantes para produtividade.
     Em 1992, uma pesquisa feita pela Associated Press com 402 companhias mostrou que os executivos identificaram a redação como a habilidade mais valorizada em um empregado, mas disseram que 80% dos seus empregados em todos os níveis precisavam melhorar seus textos.
     Uma pesquisa feita em 2003 mostrou que muitos vestibulandos encontram grandes dificuldades em passar a resolução dos exercícios para o papel, muitas vezes são ótimos em questões de múltipla escolha, mas possuem baixo desempenho em questões dissertativas, pois conhecem a matéria, sabem as respostas dos exercícios, mas não conseguem respondê-las de forma clara.
     Pesquisas atuais dão resultados semelhantes - a mensagem é, se você quiser ter sucesso, você tem de saber escrever bem.
Texto retirado do site Mundo Vestibular


Assinale a alternativa que apresente a classificação sintática INCORRETA entre parênteses: 

TE VER

(Samuel Rosa)


Te ver e não te querer

É improvável, é impossível

Te ver e ter que esquecer

É insuportável, é dor incrível"

(Disponível em: https://letras.mus.br/Skank.

Acesso em: 19 nov. 2022.)


    Na letra da canção, há situações nas quais o pronome oblíquo te é utilizado. Considerando o uso formal da língua, analise as assertivas sobre o emprego do referido pronome nesse contexto.
I. No refrão da canção, o primeiro verso apresenta inadequação quanto à norma padrão, pois não se inicia uma oração com pronome oblíquo átono. A forma adequada, porém nada sonora, é "ver-te".
II. O segundo uso do pronome oblíquo está adequado, uma vez que o advérbio de negação "não" atrai o emprego da próclise.
III. No terceiro verso, o verbo esquecer é transitivo direto, exigindo, por isso, um objeto direto como complemento.
IV. Para a adequação da oração que compõe o terceiro verso, conforme uma situação formal de escrita, deveria ser acrescentado o pronome "te" antes de "esquecer", a fim de que ele supra a necessidade de complementação do verbo.

Marque a alternativa correta.



Leia o texto abaixo para responder à próxima questão:


Preconceito de linguagem


   Na Romênia, segundo dizem os jornais franceses, que agora muito se interessam por tudo quanto diz respeito aos moldo-valáquios, na Romênia há certas palavras que em todas as outras línguas cultas têm significação nobre e que entre os romenos têm significação pejorativa. Chamar, por exemplo, a algum romeno marquês, ou condessa a alguma romena, é cometer injúria e grande. Entre eles, não se diz príncipe em romaico, porque esta palavra tem a significação analógica de jogral; de sorte que adotaram lá a palavra francesa prince, para designar qualquer membro da família real. A palavra rei também é injuriosa. Tanto assim que, na tradução do livro bíblico dos Reis, escrevem os romenos Livro dos Imperadores!

  Em português há também palavras de significação primitivamente honesta e que entretanto agora não podem ser pronunciadas diante de pessoas de respeito. No norte de Minas, por exemplo, como no Norte de todo o país, chamar dama a uma senhora é arriscar a pele. Dama, lá por aquelas plagas, é “mulher perdida”.

  A palavra moça pode ser pronunciada diante de quem quer que seja. “Esta menina está ficando moça” — “Sua filha é uma bela moça” — são expressões correntes. Entretanto, querendo alguém referir-se à amásia de alguém diz: “A moça de Fulano”!

  Rapariga! É uma das palavras mais lindas da nossa língua. Em Minas, entretanto, rapariga aplica-se mais às mulheres do serviço doméstico, isto é, amas, cozinheiras, arrumadeiras, etc. Aqui, já vai tendo significação pejorativa: casa de raparigas é o mesmo que bordel. Ora, é um absurdo isso. Rapariga é simplesmente feminino de rapaz. Seria encantador poder toda gente dizer, como ainda há dias ouvi dizer a um espírito eminente, que me dá a honra da sua amizade: “V. não imagina que rapariga valente é minha mulher”.

  Mãe! Não se discute a beleza desta suavíssima palavra. Pois também a palavra mãe vai assumindo significação equívoca. Em certas locuções é um vocábulo pelo menos suspeito. Os jornais já começam a substituí-lo por progenitora. É incrível! Que qualquer palavra possa derrancar com o tempo compreende-se; mas a palavra mãe? O noticiário elegante tem receio de dizer: “Faz anos hoje a Sra. Dona Fulana, muito digna mãe do nosso amigo Sr. Beltrano”. Em vez de mãe, escrevem progenitora, que é uma palavra erudita, seca, como todas as coisas eruditas, fria e pernóstica.

 Mãe é alguma coisa tépida, doce, nobre como o colo materno. Progenitora é simplesmente uma delicadeza de moleque bem-falante. Mãe, colegas, mãe! Devemos escrever “a mãe do Sr. Fulano”, da mesma forma que escrevemos “O pai do Sr. Beltrano” e “o filho de Dona Sicrana”. Ninguém diz na intimidade — “vou beijar minha progenitora”, mas simplesmente — “vou beijar minha mãe”.

  É para desejar que os jornais abandonem de uma vez a palavra progenitora, que é, etimologicamente, muito mais grosseira do que mãe. Progenitora compõe-se do prefixo pro e da raiz genite, de gigno, gignis, genui, genitum, gignere, que quer dizer gerar. De maneira que, posta em bom vernáculo, progenitora é a pró ou antegeradora do Sr. Fulano. Não sei onde está a delicadeza desta expressão…. Por conseguinte, de uma vez para sempre, estabeleçamos que os homens têm virtuosas e dignas mães, e não ridículas e pernósticas progenitoras.

Antônio Torres



Observe o excerto abaixo extraído do texto bem como a palavra destacada e assinale a alternativa que apresente vocábulo que poderia, sem prejuízo gramatical e semântico, substituir dada palavra:
É incrível! Que qualquer palavra possa derrancar com o tempo compreende-se; mas a palavra mãe?
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