Questões sobre Morfologia - Verbos

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#Questão 1054916 - Português, Morfologia - Verbos, Prefeitura de Bauru - SP, 2022, Prefeitura de Bauru - SP, 2022 - Prefeitura de Bauru - SP - Técnico em Gestão de Tecnologia de Informação

Rosa Parks: a ativista que entrou para a história

    Rosa Parks foi uma ativista negra pelos direitos civis nos Estados Unidos. Ficou conhecida por um ato de rebeldia em 1º de dezembro de 1955, em Montgomery, no estado do Alabama: voltando para casa do trabalho, recusou-se a ceder seu lugar para uma pessoa branca no ônibus.

    Por isso, acabou presa, provocando protestos e um boicote que levaram ao fim da segregação no transporte coletivo. A partir desse episódio, surgiram e se destacaram importantes líderes ativistas negros, entre eles Martin Luther King Jr.

    Parks nasceu no dia 4 de fevereiro de 1913 em Tuskegee, no interior do Alabama. Seu pai, James McCauley, era carpinteiro, e sua mãe, Leona Edwards, professora. Com o divórcio dos pais, Parks se mudou com a mãe e o irmão para uma fazenda na região metropolitana de Montgomery, capital do estado.

       Na juventude, estudou em escolas rurais, fez cursos vocacionais e ingressou em uma universidade pública exclusiva para negros. Desde cedo presenciou a segregação racial nos EUA: a pé, a caminho da escola, observava passar os ônibus exclusivos para alunos brancos.

    Em 1932, Rosa casou-se com o barbeiro Raymond Parks, adotando seu sobrenome. O marido a convenceu a voltar aos estudos universitários, que ela tinha largado para cuidar da mãe e da avó doentes. 

    Raymond também era membro da Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor (NAACP, na sigla em inglês), organização ______ lutava pelos direitos civis dos negros nos EUA. Foi ele ______ introduziu Rosa nas atividades do grupo – ela apoiou o caso dos Scottsboro Boys, em ______ nove negros foram acusados de estuprar uma mulher branca. Posteriormente, na década de 1940, ela se tornou uma militante ativa e assumiu o cargo de secretária do NAACP.

    Em 1º de dezembro de 1955, Rosa Parks voltava para casa depois de um dia de trabalho como costureira em uma loja de departamentos. Na legislação do transporte público de Montgomery, os assentos da frente eram reservados para pessoas brancas, e os de trás, para os negros. Mas caso o ônibus lotasse, era dever dos negros darem lugar aos brancos.

    Naquele dia, assim que o ônibus encheu, o motorista solicitou que Parks se levantasse. Mas ela se recusou e acabou presa. Mal sabia que uma "pequena" atitude de rebeldia seria o estopim para um movimento histórico.

    Embora não tenha sido o primeiro caso, a recusa de Parks em ceder o lugar para uma pessoa branca deu força para que os movimentos pelos direitos civis dos negros crescessem pelo país. Organizações como a NAACP entraram em cena e pagaram a fiança de Parks. O passo seguinte foi organizar um grande boicote às empresas de ônibus.

    O protesto teve o apoio de novas lideranças locais, entre elas um pastor batista de Montgomery, Martin Luther King Jr. O movimento durou 382 dias, causou prejuízos à companhia de ônibus e resultou em uma decisão judicial encerrando a segregação racial no transporte público. Por sua atitude, Rosa Parks foi reconhecida posteriormente como “primeira-dama dos direitos civis”.

    O boicote e os protestos trouxeram consequências diretas para Parks. Ela foi demitida e começou a receber ameaças. O casal se mudou então para Detroit, no estado de Michigan, em 1957. Lá eles continuaram participando dos movimentos por direitos civis, até que, em 1965, ela foi contratada para trabalhar como secretária do congressista negro John Conyers – cargo que ocupou até 1988.

    Já o casamento com Raymond, que não resultou em filhos, durou até o fim da vida do marido, em 1977. Pelo papel de protagonista na luta pelos direitos civis, ela recebeu ainda em vida diversas condecorações, como a Medalha Presidencial da Liberdade e a Medalha de Ouro do Congresso.

    Publicou uma autobiografia em 1992 e morreu em 24 de outubro de 2005, por causas naturais. Seu caixão foi velado por milhares de pessoas e honrado com a bandeira pela Guarda Nacional do Estado de Michigan.


Fonte: https://revistagalileu.globo.com/sociedade/historia/noticia/2022/10/rosa-parks-5-fatos-para-conhecer-a-historia-daativista-estadunidense.ghtml. Acesso em: 05 nov. 2022.


Considere o trecho abaixo:
“O boicote e os protestos trouxeram consequências diretas para Parks. Ela foi demitida e começou a receber ameaças.”

Os verbos em destaque estão conjugados, RESPECTIVAMENTE:

Leia o texto abaixo para responder à questão.


Erasmo Carlos seguiu jovem e entendeu a vida melhor que a gente


  Erasmo era um menino. Atendia o telefone fazendo voz de velhinha, dizendo que o Erasmo não estava —até identificar o interlocutor. Se fosse alguém íntimo, ele logo mudava de voz e se "revelava". Se não fosse íntimo, mas ainda assim alguém que ele queria ou precisava atender, ele dizia que ia chamar o Erasmo —e voltava na sequência, num teatro no qual o interlocutor fingia acreditar. Por fim, se fosse alguém que ele não queria atender, ele seguia como velhinha até o fim, dizendo que ia "anotar o recado".

  Erasmo era um menino. Tinha flâmulas e escudos do Vasco espalhados em seu escritório. No mesmo espaço, tinha um braço falso pendurado saindo da porta de sua estante, como aqueles que meninos prendem nos porta-malas. Fazia graça com os esqueletos de seu armário, esses que todos temos e fingimos não.

  Erasmo era um menino. "Minha Fama de Mau", livro no qual trabalhamos juntos, testemunha isso em seus relatos. Tudo é visto por ele com um olhar de pureza desprotegida para o encanto da existência, desses que só meninos. O prazer com que conta travessuras da infância —como mexer no letreiro do cinema da Tijuca para gerar palavras inocentemente indecentes —parece ser o mesmo que ele sentiu quando as realizou.

  Erasmo era um menino. Está lá o deslumbre sincero e de peito aberto de garoto suburbano de estudo limitado frente à exuberância musical e intelectual da bossa nova e da Tropicália e de Milton Nascimento. Assim como a fé no amor como condição inerente à pele, que se manteve fina, imune aos calos que costumam engrossá-la como resposta às porradas inevitáveis da vida —não atoa, seguiu apaixonando-se e apaixonado até o fim, como menino.

  Erasmo era um menino. Passou a vida escrevendo versos que eram a depuração do menino que tinha que manter a fama de mau ao mesmo tempo em que não queria mais conversa com quem não tem amor. Erasmo era um menino. E eu achava isso lindo demais, um feito existencial admirável. Era isso que eu queria dizer pra ele, sem saber como, quando o presenteei certa vez num aniversário com um DVD de "Flash Gordon" —o seriado dos anos 1930 que passava por aqui em cinemas como os da Tijuca de sua meninice. 

  Erasmo era um menino. Tanto que se permitia às vezes, como menino, olhar para o horizonte. Lembro de Erasmo assim ao ouvir uma pergunta que Chico Buarque mandou para ele para uma reportagem que fiz por ocasião do lançamento do "Erasmo Carlos Convida - Volume 2", de 2007. Pedi a todos os convidados do disco uma pergunta para repassar ao anfitrião. Chico, gaiato, apenas pôs uma interrogação no primeiro verso de "Olha", que ele havia gravado em dueto com o Tremendão para o disco: "Olha, você tem todas as coisas?". Ao ouvir, Erasmo ficou sério: "Não, não tenho não [pensativo]. Eu posso dizer que não tenho todas as coisas e...[olhou pela janela, sério, e ficou calado por um minuto] nunca vou ter. Ninguém tem." Erasmo era um homem. E entendeu tudo.

Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2022/11/erasmo-carlos-seguiujovem-e-entendeu-a-vida-melhor-que-a-gente.shtml. Acessado em 23/11/2022. Adaptado.



Assinale a alternativa em que o verbo destacado esteja no mesmo tempo e modo do destaque abaixo.
“(...)quando o presenteei certa vez num aniversário com um DVD de "Flash Gordon".”.

Medo da eternidade


LISPECTOR, Clarice. Medo da eternidade. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, Caderno B, p.2, 6 jun. 1970.


Em que frase o verbo destacado está flexionado, quanto a número e pessoa, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa?

Texto 1A1-I

  Não sei quando começou a necessidade de fazer listas, mas posso imaginar nosso antepassado mais remoto riscando na parede da caverna, à luz de uma tocha, signos que indicavam quanto de alimento havia sido estocado para o inverno que se aproximava ou, como somos competitivos, a relação entre nomes de integrantes da tribo e o número de caças abatidas por cada um deles.
   Se formos propor uma hermenêutica acerca do tema, talvez possamos afirmar que existem dois tipos de listas: as necessárias e as inúteis. Em muitos casos, dialeticamente, as necessárias tornam-se inúteis e as inúteis, necessárias. Tomemos dois exemplos. Todo mês, enumero as coisas que faltam na despensa de minha casa antes de me dirigir ao supermercado; essa lista arrolo na categoria das necessárias. Por outro lado, há pessoas que anotam suas metas para o ano que se inicia: começar a fazer ginástica, parar de fumar, cortar em definitivo o açúcar, ser mais solidário, menos intolerante... Essa elenco na categoria das inúteis.
    Feitas as compras, a lista do supermercado, necessária, torna-se então inútil. A lista contendo nossos desejos de sermos melhores para nós mesmos e para os outros, embora inútil, pois dificilmente a cumprimos, converte-se em necessária, porque estabelece um vínculo com o futuro, e nos projetar é uma forma de vencer a morte.
   Tudo isso para justificar o que se segue. Ninguém me perguntou, mas resolvi organizar uma lista dos melhores romances que li em minha vida — escolhi o número vinte, não por motivos místicos, mas porque talvez, pela amplitude, alinhave, mais que preferências intelectuais, uma história afetiva das minhas leituras. Enquadro-a na categoria das listas inúteis, mas, quem sabe, se consultada, municie discussões, já que toda escolha é subjetiva e aleatória, ou, na melhor das hipóteses, suscite curiosidade a respeito de um título ou de um autor. Ocorresse isso, me daria por satisfeito. 
Luiz Ruffato. Meus romances preferidos.
Internet: <brasil.elpais.com> (com adaptações).

Mantendo-se o sentido original do texto 1A1-I, a locução “formos propor” (início do segundo parágrafo) poderia ser corretamente substituída pela forma verbal

A voz passiva é uma construção em que o objeto direto passa a ocupar a função de sujeito. Nesse sentido, há voz passiva analítica em:

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