Questões sobre Interpretação de Textos

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O bonde do tigrinho

Os números indicam que os brasileiros se tornaram usuários pesadíssimos das plataformas de apostas, as chamadas bets. Em 2022, ano da estatística mais recente disponível, o Brasil foi o campeão mundial.

O volume de apostas chegou a tal ponto que a economia está sentindo o baque. Empresário do setor alimentício disse que clientes de baixa renda estão comprando menos comida porque dedicam parte de seus ganhos aos aplicativos de apostas. A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes relaciona a queda do faturamento do setor ao mesmo motivo. Além disso, cresceram os índices de inadimplência e o endividamento das famílias mais pobres.

Para provocar tamanho estrago, as bets movimentam uma máquina de propaganda de alta potência.

Em 2024, a ministra da Saúde anunciou que o vício em apostas era uma pandemia. Com a explosão das bets, triplicou o número de pessoas que procuram ajuda no Programa Ambulatorial do Jogo (Pro-Amjo) do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo. A necessidade de ampliar o acesso fará a equipe retomar a estratégia adotada durante o auge da crise do vício em bingos, em 1998: as sessões coletivas. Segundo um psiquiatra atuante nesse Instituto, era previsível que as bets causariam grande problema no país, tanto mais ao se associarem ao futebol, esporte onipresente na vida dos brasileiros. O psiquiatra explica, ainda, que as redes sociais são um convite à dependência, com o mecanismo das curtidas, o uso do algoritmo e a ferramenta de rolagem, que permite deslizar a tela infinitamente.

Todavia, diante da regulamentação do setor, da correria do governo e do alarido do Congresso para enfrentar os estragos da jogatina, o mercado publicitário on-line continua adotando a modalidade de cachês milionários para influenciadores digitais. 

Batista Jr., João e Medina, Alessandra. “O bonde do tigrinho. Como os influenciadores ganharam fortunas e ajudaram as bets a produzir a pandemia do vício”. In: Piauí. Edição 220, Janeiro 2025. Págs. 14-20. Excerto adaptado. Disponível para assinantes em: https://piaui.folha.uol.com.br/materia/obonde-do-tigrinho-bets/ 
Uma palavra que, no contexto, explicita a massificação das apostas on-line no país é:

Leia o trecho:

“Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, a campanha nacional de vacinação contra a Covid-19 avançou de maneira expressiva ao longo do último semestre. Em diversos estados, a participação ativa da população foi fundamental para a queda no número de casos graves e hospitalizações. Especialistas reforçam a importância de manter o calendário de imunização atualizado, priorizando grupos mais vulneráveis e buscando a proteção de toda a comunidade.”

Fonte: “Vacinação contra a Covid-19 segue em todo o país”, Portal Gov.br.
Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br
Qual propósito principal o texto apresenta em relação ao leitor? 

O bonde do tigrinho

Os números indicam que os brasileiros se tornaram usuários pesadíssimos das plataformas de apostas, as chamadas bets. Em 2022, ano da estatística mais recente disponível, o Brasil foi o campeão mundial.

O volume de apostas chegou a tal ponto que a economia está sentindo o baque. Empresário do setor alimentício disse que clientes de baixa renda estão comprando menos comida porque dedicam parte de seus ganhos aos aplicativos de apostas. A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes relaciona a queda do faturamento do setor ao mesmo motivo. Além disso, cresceram os índices de inadimplência e o endividamento das famílias mais pobres.

Para provocar tamanho estrago, as bets movimentam uma máquina de propaganda de alta potência.

Em 2024, a ministra da Saúde anunciou que o vício em apostas era uma pandemia. Com a explosão das bets, triplicou o número de pessoas que procuram ajuda no Programa Ambulatorial do Jogo (Pro-Amjo) do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo. A necessidade de ampliar o acesso fará a equipe retomar a estratégia adotada durante o auge da crise do vício em bingos, em 1998: as sessões coletivas. Segundo um psiquiatra atuante nesse Instituto, era previsível que as bets causariam grande problema no país, tanto mais ao se associarem ao futebol, esporte onipresente na vida dos brasileiros. O psiquiatra explica, ainda, que as redes sociais são um convite à dependência, com o mecanismo das curtidas, o uso do algoritmo e a ferramenta de rolagem, que permite deslizar a tela infinitamente.

Todavia, diante da regulamentação do setor, da correria do governo e do alarido do Congresso para enfrentar os estragos da jogatina, o mercado publicitário on-line continua adotando a modalidade de cachês milionários para influenciadores digitais. 

Batista Jr., João e Medina, Alessandra. “O bonde do tigrinho. Como os influenciadores ganharam fortunas e ajudaram as bets a produzir a pandemia do vício”. In: Piauí. Edição 220, Janeiro 2025. Págs. 14-20. Excerto adaptado. Disponível para assinantes em: https://piaui.folha.uol.com.br/materia/obonde-do-tigrinho-bets/ 
Segundo o texto, algo que contribui para gerar a alta adesão às apostas on-line é: 

Leia o trecho:

“Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, a campanha nacional de vacinação contra a Covid-19 avançou de maneira expressiva ao longo do último semestre. Em diversos estados, a participação ativa da população foi fundamental para a queda no número de casos graves e hospitalizações. Especialistas reforçam a importância de manter o calendário de imunização atualizado, priorizando grupos mais vulneráveis e buscando a proteção de toda a comunidade.”

Fonte: “Vacinação contra a Covid-19 segue em todo o país”, Portal Gov.br.
Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br
Com base no trecho, qual fator se destaca no avanço da campanha de vacinação contra a Covid-19? 

Leia o texto a seguir para responder à questão.


    A comparação entre as festas realizadas no Dia dos Finados no Brasil e no México demonstrou que a população do país da América do Norte associou mais a tradição indígena do que o país da América do Sul. O Dia dos Mortos, como é conhecida a celebração mexicana para o dia 2 de novembro, é uma das maiores celebrações do mundo e demonstra a forte conexão que os mexicanos têm com seus antepassados.

    Por meio da análise dos símbolos utilizados na data, a pesquisadora Júlia Batista Alves pôde perceber por que há pouca força do evento no Brasil: “Aqui não vemos nada parecido com o que acontece nas ruas do México”.

    Uma possível explicação para as divergências estaria, segundo a pesquisadora, na forma como a cultura indígena foi mais integrada à população não indígena no México, enquanto no Brasil a supressão da cultura indígena parece ter sido mais radical. “Podemos dizer que, nesta comparação, os indígenas no Brasil assimilaram mais a cultura católica europeia, e que os indígenas mexicanos conseguiram fazer com que os jesuítas europeus assimilassem mais sua cultura, ainda que tenha sido por meio de adaptações dos ritos indígenas aos católicos, para uma maior interação entre eles”, afirma Júlia.

    A Festa dos Mortos tem proporções muito maiores do que as celebrações relativas no Brasil, que são mais solenes e marcadas pela religiosidade da Europa. No Dia de Finados brasileiro ocorrem missas e outros ritos cristãos, além de idas ao cemitério para homenagear familiares falecidos. Mesmo com o forte sincretismo de culturas e religiões no país, uma festa brasileira para os mortos não acontece. “A celebração aqui tem um viés mais católico”, diz Júlia.

    A comparação, para Júlia, se faz interessante porque o México também é um país no qual a maioria se declara católica. Ainda assim, as comemorações apresentam aspectos muito diferentes. Os mexicanos confeccionam altares coloridos, nos quais oferecem alimentos, flores, velas, entre outros artigos, dependendo da região; também ocorrem desfiles e concursos de fantasias. A pesquisadora conta que a Guatemala também apresenta ritos parecidos, mas que não se comparam à grandiosidade da celebração mexicana, que chegou a ser reconhecida como Patrimônio Oral e Intangível da Humanidade pela Unesco em 2003, devido ao seu valor histórico, cultural e artístico.


(Mariana Melo. “Para pesquisadora do Prolam, tradição indígena dá singularidade ao Dia dos Mortos no México”. https://jornal.usp.br. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a palavra ou expressão destacada pode ser substituída pelo que está entre colchetes preservando o sentido e a norma-padrão.

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