Questões sobre Saúde da Mulher

A Rede Alyne em conjunto com a Rede Cegonha, tem como modelo o cuidado humanizado e integral apenas à saúde da gestante.

O Pré-natal de baixo risco na Atenção Primária não faz parte da Rede Alyne. 

Os exames Teste para HTLV, Teste rápido para hepatite B, Teste rápido para hepatite C, eram ofertados pelo SUS na Rede Cegonha.

Os Centros de Parto Normal (CPN) são estabelecimentos vinculados a um hospital ou a uma maternidade de referência, onde a atenção é prestada pela enfermagem obstétrica/obstetrizes sendo obrigatório a presença de um médico. 

Na Atenção Especializada, o Ambulatório de Gestação e Puerpério de Alto Risco (AGPAR) compõe a linha de cuidado do pré-natal, em cuidado compartilhado com a Atenção Primária Saúde, sendo referência para o pré-natal de alto risco com equipe multiprofissional (médicos/as obstetras, enfermeiros/as, nutricionista, entre outros).

É classificada em pré-eclâmpsia/eclâmpsia; hipertensão crônica (de qualquer causa); hipertensão crônica compré-eclâmpsia superajuntada; e hipertensão gestacional.

A pré-eclâmpsia é a manifestação de hipertensão arterial associada à proteinúria ou de hipertensão arterial associada à disfunção de órgão-alvo (trombocitopenia, disfunção hepática, insuficiência renal, edema agudo de pulmão, iminência de eclâmpsia ou eclâmpsia), mesmo sem proteinúria, em gestante previamente normotensa, após a 20ª semana de gestação.

Na gravidez normal, a taxa de filtração glomerular renal (TFG) diminui cerca de 40 a 60% no 1 o trimestre, resultando em queda nos níveis de ureia, creatinina e ácido úrico sanguíneos. Na pré-eclâmpsia, a TFG diminui entre 30 e 40% em relação aos valores não gravídicos.

A insuficiência renal do tipo necrose tubular aguda é rara, e quando ocorre geralmente está associada ao DPP (descolamento prematuro da placenta) ou à síndrome HELLP. A oligúria (< 500 m?/24 h) é secundária à hemoconcentração e à diminuição do fluxo sanguíneo renal. 

Quanto às alterações cardíacas, nas pacientes com pré-eclâmpsia grave, a hipertensão pode se exacerbar e há risco de edema do pulmão, especialmente quando se faz administração vigorosa de líquidos intravenosos.

Ectociese ocorre quando o ovo se implanta fora do útero, sendo também denominada gravidez extrauterina (tubária, ovariana, abdominal). 

São fatores de risco para gravidez ectópica: Uso atual de dispositivo intrauterino (DIU), Lesão das tubas uterinas, doença inflamatória pélvica (DIP), cirurgia tubária prévia ou gravidez ectópica anterior, Exposição in útero ao dietilestilbestrol (DES).

O DIU, provavelmente, não é fator causal direto, mas ao não proteger a paciente da ectopia, como o faz para a gravidez intrauterina, aumenta, indiretamente, a incidência da doença.

Sob perspectiva anatomopatológico, a gravidez ectópica pode ser primitiva ou secundária. É primitiva quando após implantar-se em um lugar, o ovo se desprende do aparelho genital e continua o desenvolvimento em outro local e, secundária quando a nidificação ocorre e prossegue em zona única do aparelho genital.

No quadro clínico de choque, inclui hipotensão, taquicardia e dor à palpação. Entretanto, antes da ruptura, a maioria das pacientes apresenta-se com manifestações inespecíficas que podem mimetizar quadro de abortamento. Esses sinais e sintomas incluem hemorragia de 1 o trimestre (de sangue escuro ou claro, que raramente excede o fluxo menstrual normal), dor abdominal ou pélvica que pode ser leve a debilitante.

Realizar a avaliação obstétrica inicial, incluindo exame físico, aferição da pressão arterial e cálculo do índice de massa corporal (IMC). Orientar sobre sinais de alerta da gravidez, alimentação e atividades físicas permitidas. Prescrever suplementação de ferro e ácido fólico e encaminhar imediatamente para ultrassonografia obstétrica para definição da idade gestacional, sendo esse exame imprescindível para determinar a evolução do pré-natal. 

Confirmar a gravidez e iniciar o acompanhamento pré-natal com consultas mensais. Recomendar repouso absoluto nos primeiros três meses para evitar risco de abortamento espontâneo. Prescrever ácido fólico, ferro e vitamina D, solicitar exames laboratoriais básicos (hemograma, glicemia e tipagem sanguínea) e orientar retorno após a realização dos exames, sem necessidade de avaliação contínua até o segundo trimestre.

Realizar a anamnese obstétrica completa, coletando dados sobre histórico menstrual, gestações anteriores, doenças preexistentes e hábitos de vida. Realizar o exame físico detalhado, incluindo aferição da pressão arterial, ausculta cardíaca fetal e inspeção abdominal para estimativa da altura uterina. Requisitar exames laboratoriais obrigatórios, como hemograma completo, glicemia de jejum, tipagem sanguínea e fator Rh, VDRL, HIV, hepatites B e C, TSH e exame de urina tipo 1, além de prescrever suplementação de ácido fólico e ferro profilático, conforme protocolos do Ministério da Saúde.

Recolher informações básicas sobre a gestação e prescrever exames laboratoriais iniciais. Solicitar ultrassonografia morfológica fetal de primeiro trimestre, pois esse exame é obrigatório para todas as gestantes na primeira consulta. Explicar que o pré-natal será acompanhado por médico obstetra, pois apenas esse profissional pode conduzir gestantes sem histórico prévio de atendimentos médicos regulares.

Iniciar o cartão da gestante, requisitar exames laboratoriais básicos e orientar sobre os cuidados gerais na gestação, como alimentação equilibrada, prática de atividade física moderada e sinais de alerta para intercorrências. Não há necessidade de exame físico detalhado nessa primeira consulta, pois as avaliações obstétricas mais aprofundadas são realizadas apenas no segundo trimestre da gestação. 

a eritroblastose fetal ocorre apenas quando a mãe tem sangue ABO incompatível com o do feto, independentemente do fator Rh 

mulheres Rh negativo podem desenvolver anticorpos anti-D contra o sangue do feto Rh positivo, colocando gestações subsequentes em risco 

o uso de imunoglobulina anti-D durante a gestação é contraindicado, pois favorece a formação de anticorpos maternos contra o fator Rh 

o fator Rh não apresenta relevância na gestação e não pode interferir na saúde do feto e da mãe