Questões de Ciências Sociais da UECE

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Listagem de Questões de Ciências Sociais da UECE

“Ao lado de problemas que historicamente marcam a educação básica brasileira, como o quadro de marginalidade de grandes contingentes populacionais em relação ao processo educativo, somam-se as dificuldades particulares da situação da Sociologia no Ensino Médio, que decorrem de sua ainda frágil presença disciplinar. A ausência de tradição de trabalho com o ensino da Sociologia nas escolas, o desconhecimento sobre o sentido e a finalidade da disciplina na grade curricular e sua consequente desvalorização, tanto pelas direções das escolas e pelo seu coletivo de professores, como pelos alunos, obstaculizam a criação e a consolidação de espaços de reflexão sociológica que promovam mediações significativas entre os estudantes e o conhecimento científico da vida social”.

 Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência:

“Os programas contra a violência que existem nos principais países têm alguns pontos em comum: a tentativa de satisfação das necessidades dos jovens; o desenvolvimento de um ambiente solidário, humanista e cooperativo; a intenção de criar relacionamentos positivos e duradouros entre os alunos, professores e funcionários; a preocupação com um tempo não-escolar a ser assumido pela instituição escolar e a ser programado em interação com a comunidade. Ao mesmo tempo, há um objetivo de se incorporar o conflito como uma tensão positiva para a escola, como algo que pode criar coesão social, a escola assumindo o conflito como criador social. Tudo isso implica em assumir uma prática de negociação instaurada no interior da escola, em especial nos próprios grupos de alunos, através, por exemplo, da ideia de mediação pelos pares, de forma a criar responsabilidades entre os próprios membros da escola”.

TAVARES-DOS-SANTOS, José-Vicente. A violência na Escola, uma questão social global. In: BRICEÑO-LEÓN, Roberto (org.). Violência, Sociedad y Justicia em America Latina. Buenos Aires: CLACSO, 2002. p. 117-133.

Considerando o que se afirma no texto acima, assinale a afirmação verdadeira.

“A trajetória dos últimos 20 anos de sindicalismo no Brasil é, como salientaram vários autores (Iram Jacome Rodrigues, Francisco de Oliveira e Armando Boito), de uma passagem, no plano da estratégia sindical, da “confrontação à cooperação conflitiva” (RODRIGUES, I., 1995), ou ainda, da luta de classes na produção para uma “convergência antagônica” (OLIVEIRA, 1993), ou uma sindicalismo de “concertação social”, que é, nada mais, nada menos, que um defensivismo de novo tipo, de caráter neocorporativo. Diríamos que tende a prevalecer cada vez mais, na prática sindical, principalmente hegemônica no interior da CUT, um neocorporativismo operário, que tende a debilitar a perspectiva de classe que caracterizou a luta política e sindical nos anos 80.

ALVES, Giovanni Antonio Pinto. Do novo sindicalismo à concertação social: ascensão (e crise) do sindicalismo no Brasil (1978-1998)”. Revista de Sociologia e política, p. 111-124, 2000.

A partir da ideia de mudanças no sindicalismo retratadas no texto, avalie as afirmações a seguir.

I. Os sindicatos, nos últimos vinte anos, entenderam as teses da luta de classe e se tornaram instituições propensas a negociar em prol de seus interesses revolucionários.

II. As lutas dos sindicatos passaram a evidenciar as contradições do sistema capitalista, expondo a alienação do trabalhador em relação ao produto do trabalho.

III. O sindicalismo passou por transformações em suas dinâmicas políticas, passando de uma lógica de contestação para de negociação integrada ao sistema capitalista.

É correto o que se afirma somente em

“O modo com o qual a linguagem opera a favor da normatividade é amplamente percebido no caso de Ana, chamada de “Canhão” (referente à estética), “Bombril”, “Cabelo de vassoura” (raça) e “Sargento”. Quanto a “sargento”, não consegui obter sequer uma justificativa por parte das crianças, mas acredito estar negativamente associado à postura exacerbadamente agressiva de Ana, o que a “masculinizaria”. Estigmatizada no olhar racializado dos garotos brancos, Ana ainda se torna alvo de chacota devido a um comportamento que transgride a matriz heterossexual. Mas, novamente, a reconfiguração do sexo e do gênero ganha um caráter de desvalorização. Através de um gênero masculinizado que não corresponde à linearidade esperada pela matriz heterossexual e na relação com outros marcadores sociais “desprivilegiados”, Ana tem garantido o “direito” a uma posição inferiorizada nas relações de poder produzidas no interior do grupo”.

SOUZA, Érica Renata. Marcadores sociais da diferença e infância: relações de poder no contexto escolar. Cadernos Pagu, n. 26, p. 169-199, 2006.

Considerando o que se afirma no texto, assinale a afirmação verdadeira.

 “O questionamento do mundo colonial pelo colonizado não é um confronto racional dos pontos de vista. Não é um discurso sobre o universal, mas afirmação passional de uma originalidade apresentada como absoluta. O mundo colonial é um mundo maniqueísta. Não basta ao colono limitar fisicamente, isto é, com seus policiais e guardas, o espaço do colonizado. Como que para ilustrar o caráter totalitário da exploração colonial, o colono faz do colonizado uma espécie de quintessência do mal”.

(FANON, Frantz. Os condenados da terra. Juiz de Fora: Ed. UFJF, 2005). Considerando as reflexões de Frantz Fanon sobre o mundo colonial, avalie as afirmações a seguir.

I. O domínio de princípios universais possibilita ao colono estabelecer noções de certo e errado que constroem um mundo a ser respeitado pelos colonizados.

II. Os valores que compõem o mundo colonial são meios de estabelecer os colonizados como elementos corrosivos que representam uma espécie de mal absoluto.

III. O colono estabelece um domínio racional que garante ao colonizado sua humanidade na medida em que ele compreende as regras de conduta estabelecidas.

É correto o que se afirma somente em

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