Questões Concurso Prefeitura de Tarauacá - AC

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Listagem de Questões Concurso Prefeitura de Tarauacá - AC

Leia atentamente:



     José viu o rio surgir, do varadouro, por entre as árvores. Estava cheio depois das grandes chuvas. Mas seu coração nem viu a magia que fluía dele, porque a tristeza invadia tudo como uma neblina que caminha ao amanhecer. Ventava melancolia.


    — Dona Neusa! - gritou do aceiro da mata - Mamãe chama à senhora. O Chico está muito mal, talvez não passe dessa noite.


     Da janela, uma senhora deu com a mão e desceu as escadas apressadamente.  


    O caminho de volta foi silencioso, às pressas. José via a boca de a mulher mexer-se, mas não ouvia palavra alguma. Talvez rezasse em silêncio, talvez apenas queixava-se da sorte.


   Anoitecia, quando cruzaram a pinguela do Mapinguari, a colocação surgiu desbotada. O tapiri de paxiúba, coberta de palha se escondia entre as árvores e uma luz pálida, da lamparina, se esgueirava pela janela enquanto um lamento de partir o coração fugia pela porta aberta, descia as escadas e invadiu a alma de Dona Neuza a anunciar que a morte chegara mais rápido do que se esperava.


   Enquanto a noite chegava, Dona Neuza abraçava a mulher, rezava e acendia velas, numa tentativa em tornar a solidão da selva menor:


    — E agora, o que eu vou fazer sem meu pai? Pedi o marido; agora, meu pai! O que será de mim?


    — Se acalme Dona Maria, pra tudo se dá um jeito. Deus é maior!


   Enquanto as carapanãs zumbiam, lanternas e porongas chegavam lentamente. Os vizinhos vinham dizer adeus.


Fandermiler Freitas, Conto Saudade



As pergunta refere-se à interpretação do texto. 

 Na palavra “Anoitecia”, há ______ sílabas e dois encontros vocálicos do tipo _____.

Qual alternativa preenche, CORRETA e respectivamente, as lacunas acima?

Leia atentamente:



     José viu o rio surgir, do varadouro, por entre as árvores. Estava cheio depois das grandes chuvas. Mas seu coração nem viu a magia que fluía dele, porque a tristeza invadia tudo como uma neblina que caminha ao amanhecer. Ventava melancolia.


    — Dona Neusa! - gritou do aceiro da mata - Mamãe chama à senhora. O Chico está muito mal, talvez não passe dessa noite.


     Da janela, uma senhora deu com a mão e desceu as escadas apressadamente.  


    O caminho de volta foi silencioso, às pressas. José via a boca de a mulher mexer-se, mas não ouvia palavra alguma. Talvez rezasse em silêncio, talvez apenas queixava-se da sorte.


   Anoitecia, quando cruzaram a pinguela do Mapinguari, a colocação surgiu desbotada. O tapiri de paxiúba, coberta de palha se escondia entre as árvores e uma luz pálida, da lamparina, se esgueirava pela janela enquanto um lamento de partir o coração fugia pela porta aberta, descia as escadas e invadiu a alma de Dona Neuza a anunciar que a morte chegara mais rápido do que se esperava.


   Enquanto a noite chegava, Dona Neuza abraçava a mulher, rezava e acendia velas, numa tentativa em tornar a solidão da selva menor:


    — E agora, o que eu vou fazer sem meu pai? Pedi o marido; agora, meu pai! O que será de mim?


    — Se acalme Dona Maria, pra tudo se dá um jeito. Deus é maior!


   Enquanto as carapanãs zumbiam, lanternas e porongas chegavam lentamente. Os vizinhos vinham dizer adeus.


Fandermiler Freitas, Conto Saudade



As pergunta refere-se à interpretação do texto. 

Expressões Regionais são palavras, gírias e expressões que variam de acordo com a região do Brasil. O texto apresenta algumas expressões regionais: “varadouro tapiri, carapanãs” entre outras. Analise as afirmativas:

I. Expressões Regionais podem refletir aspectos culturais, históricos e sociais de cada região;
II. Uma Expressão Regional é o modo particular do individuo se comunicar;
III. Sotaque e expressões regionais caracterizam uma língua e variam de acordo com a região do país

Estão corretas as afirmativas: 

Leia atentamente:



     José viu o rio surgir, do varadouro, por entre as árvores. Estava cheio depois das grandes chuvas. Mas seu coração nem viu a magia que fluía dele, porque a tristeza invadia tudo como uma neblina que caminha ao amanhecer. Ventava melancolia.


    — Dona Neusa! - gritou do aceiro da mata - Mamãe chama à senhora. O Chico está muito mal, talvez não passe dessa noite.


     Da janela, uma senhora deu com a mão e desceu as escadas apressadamente.  


    O caminho de volta foi silencioso, às pressas. José via a boca de a mulher mexer-se, mas não ouvia palavra alguma. Talvez rezasse em silêncio, talvez apenas queixava-se da sorte.


   Anoitecia, quando cruzaram a pinguela do Mapinguari, a colocação surgiu desbotada. O tapiri de paxiúba, coberta de palha se escondia entre as árvores e uma luz pálida, da lamparina, se esgueirava pela janela enquanto um lamento de partir o coração fugia pela porta aberta, descia as escadas e invadiu a alma de Dona Neuza a anunciar que a morte chegara mais rápido do que se esperava.


   Enquanto a noite chegava, Dona Neuza abraçava a mulher, rezava e acendia velas, numa tentativa em tornar a solidão da selva menor:


    — E agora, o que eu vou fazer sem meu pai? Pedi o marido; agora, meu pai! O que será de mim?


    — Se acalme Dona Maria, pra tudo se dá um jeito. Deus é maior!


   Enquanto as carapanãs zumbiam, lanternas e porongas chegavam lentamente. Os vizinhos vinham dizer adeus.


Fandermiler Freitas, Conto Saudade



As pergunta refere-se à interpretação do texto. 

Ao chegar a Colocação onde Dona Maria morava, Dona Neuza a encontrou chorando. Identifique a alternativa que explica o motivo do choro.

J. G. DE ARAÚJO JORGE (20/05/1914 - 27/01/1987), nasceu em Tarauacá e ganhou projeção nacional, e se tornou um dos poetas mais lidos do Brasil à sua época.


CANTO DO POETA MENOR


Sou o poeta menor, o trovador humilde,
que nasceu nesse Brasil grande, numa vila sem
nome,
em meio às árvores, aos pássaros, aos rios e
jacarés
porque o resto não há.


Não me recebem. Estão sempre em reunião
importante.


Estou na rua, com o povo, que “a praça é
do povo como o céu é do condor”,
já cantou o grande Poeta.


Não trago quatrocentos anos na sacola,
não sou de ferro, não sou de bronze,
não desci orgulhoso da alta montanha
falando como Zaratustra,
– sou um poeta, de barro,
como qualquer homem...
(...)


Sou o poeta menor,
o poeta humilde, sem história,
que nasceu nesse Brasil grande,
numa vila sem nome,
pra lá, muito pra lá...
– a vila de Tarauacá. 
Leia o excerto: “Não me recebem. Estão sempre em reunião importante.” e analise as afirmativas a seguir:

I. O sujeito pode ser classificado como: oculto, elíptico, implícito ou desinencial e é recuperado na conjugação do verbo: ‘recebem’, portanto, sujeito: ‘eles’.
II. “me” é um pronome pessoal do caso reto.
III. “reunião importante” é um advérbio de modo.

Estão corretas as afirmativas: 

J. G. DE ARAÚJO JORGE (20/05/1914 - 27/01/1987), nasceu em Tarauacá e ganhou projeção nacional, e se tornou um dos poetas mais lidos do Brasil à sua época.


CANTO DO POETA MENOR


Sou o poeta menor, o trovador humilde,
que nasceu nesse Brasil grande, numa vila sem
nome,
em meio às árvores, aos pássaros, aos rios e
jacarés
porque o resto não há.


Não me recebem. Estão sempre em reunião
importante.


Estou na rua, com o povo, que “a praça é
do povo como o céu é do condor”,
já cantou o grande Poeta.


Não trago quatrocentos anos na sacola,
não sou de ferro, não sou de bronze,
não desci orgulhoso da alta montanha
falando como Zaratustra,
– sou um poeta, de barro,
como qualquer homem...
(...)


Sou o poeta menor,
o poeta humilde, sem história,
que nasceu nesse Brasil grande,
numa vila sem nome,
pra lá, muito pra lá...
– a vila de Tarauacá. 
O poeta usa ideias contrárias que se complementam, se juntam e caminham unidas para descrever o grito do poeta para ser ouvido. Observe os versos: “Sou o poeta menor..../ já cantou o grande Poeta.” E “nesse Brasil grande, /numa vila sem nome”. Esse tipo de recurso, chamamos de figuras de linguagem. Nos versos destacados qual a figura de linguagem que predomina:

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