Questões Concurso CEFET-MG

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Listagem de Questões Concurso CEFET-MG

Leia as afirmativas abaixo e preencha as lacunas:
O concurso público terá validade de _______________, podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período.
A posse ocorrerá no prazo de _______________ contados da publicação do ato de provimento.
É de _______________ o prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em exercício, contados da data da posse.
Assinale a alternativa que apresenta o preenchimento correto das lacunas, de acordo com o disposto na Lei nº 8.112/90:

Leia o texto a seguir e responda à questão.


A fome segundo uma mulher privilegiada


Voltei a sentir a minha fome, tão diferente da fome amarela da Carolina


Giovana Madalosso


Uma mulher privilegiada descobre pela primeira vez a fome por obra do espelho. Foi assim comigo aos 15 anos. Nem gorda eu era – e se fosse, qual o problema? Com 1,70 metro e cinquenta e poucos quilos, me sentia feia e achei que perder peso ajudaria a aliviar a minha dismorfia, aquela condição em que a pessoa não se enxerga como de fato é.

Todas as manhãs, eu acordava, vestia o uniforme do colégio e passava reto por uma geladeira cheia e uma fruteira abundante, esnobando todos aqueles nutrientes. Eu não era a única. Minha melhor amiga também chegava na aula de jejum. Preocupadas em exalar o estômago vazio, virávamos uma para a outra: tô com bafo? E só na hora do recreio tomávamos um iogurte light.

Dali para frente, quase todas as mulheres com quem estudei ou trabalhei passaram propositalmente fome pelo menos uma vez, em algum momento da vida. A maioria muitas vezes, em muitos momentos. E algumas pagando caro para isso, seja com regimes planejados, estadias em spas ou cirurgias de redução de estômago.

Adulta, cansei de ver mulheres cruzando os talheres sobre pratos quase intocados e se vangloriando por essa vitória. Ou saciando a fome e depois vomitando, como às vezes ouvíamos uma colega de trabalho fazer no banheiro da agência, depois do almoço.

Só aos 40 anos fui escutar de perto a outra fome, tão estrangeira a nós, lendo Carolina Maria de Jesus e ouvindo seu estômago roncar nas entrelinhas. Ou mesmo nas linhas, em frases explícitas. Em “Quarto de Despejo”, Carolina conta que juntava restos do chão da feira para dar para os filhos. Ou fazia sopa de ossos. Conta que às vezes a fome era tanta que tinha até materialidade: amarela.

Depois de anos sem me preocupar com a balança, há algumas semanas voltei a pensar em calorias e a passar aquela velha fome, tão diferente da fome amarela da Carolina, com o intuito de perder o peso que venho ganhando por causa de oscilações hormonais.

Com o estômago recheado por apenas um ovo e um gole de café, parei o carro num farol. Na minha frente uma mulher segurava um cartaz escrito: fome. Suas roupas estavam esfiapadas, certamente não sentia o mesmo tipo de fome que eu.

Revirei a bolsa, procurando um trocado. Enquanto fazia isso, imaginei, ao lado dela, 1,4 milhão de pessoas que estão passando fome em São Paulo. Ou as 5 milhões que vivem com algum tipo de insegurança alimentar na cidade.

Do lado de cá do farol, as outras milhões de pessoas: dentro dos carros, com nossas fomes voluntárias e desejos difusos. Ou compulsões alimentares, a saciedade sempre tão dificilmente equilibrada na ponta do garfo, sob o vento perverso da cobrança estética.

Eles e nós, cidadãos de um país fraturado há séculos entre fomes e fomes, muitas vezes renovando votos em lideranças que parecem ser tão indiferentes à fome mais triste de todas, a que mais ronca e a que menos faz barulho.

Na minha bolsa, achei pastilhas diet mas não achei nenhum trocado. E já era tarde demais para pegar o pix da mulher. Como tantos outros motoristas, em tantos outros faróis, em tantas outras cidades, desviei os olhos do estômago vazio à minha frente e segui caminho, atenta apenas ao meu próprio umbigo. Como pode? Até quando?


Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/giovana-maladosso/2024/10/a-fome-segundo-uma-mulher-privilegiada.shtml?utm_source=whatsapp&utm_medium=social&utm_campaign=compwa. Acesso em: 30 nov. 2024.

“Com 1,70 metro e cinquenta e poucos quilos, me sentia feia e achei que perder peso ajudaria a aliviar a minha dismorfia [...].”
O termo destacado acima apresenta sentido sintático equivalente à sua ocorrência no trecho

Leia o texto a seguir e responda à questão.

Tire a crônica da cartola
Ana Elisa Ribeiro
De vez em quando preciso ensinar a escrever crônicas. Acho difícil dizer de onde partir, a que se agarrar. Posso começar pela parte teórica, digamos, segundo a qual a pessoa precisa ligar uma antena, um radar, dentro de si, e ser observadora. Observar quer dizer estar atenta a muitas coisas, todo o tempo, e distraída de outras. Uma vez, ao volante, me distraí do trânsito à minha frente porque fiquei prestando atenção a duas velhinhas gêmeas atravessando a rua. Isso eu via pelo retrovisor esquerdo. Assisti à cena como se fosse um filme. Elas tinham certa dificuldade de dar passos rápidos e precisos (estou chegando à conclusão de que tenho medo desse aspecto da velhice), cambaleavam um pouco, uma ajudava a outra, porque provavelmente uma era mais vivaz do que a outra, se escoravam, falavam alguma coisa que eu não podia ouvir, alguma ranhetice de velhas sem paciência recíproca, mas atravessaram. Nisso, o semáforo abriu e eu fiquei parada, sem saber que meu tempo urgia, até que algum outro motorista tratou de me lembrar, por meio da buzina. Arranquei ainda querendo ver a trajetória das idosas, e um pouco pasma porque só conhecia gêmeas jovens.
[...]
Se duas velhinhas gêmeas atravessam a rua em meio ao trânsito caótico da cidade, e fazem isso com alguma dificuldade, quem é que presta atenção? Quão banal isso parece? Onde está a crônica, seu nascedouro, sua gênese? A meu ver, estava na travessia ranzinza das velhinhas, mas podia estar na buzina e no sinal fechado, na minha própria distração do trânsito. Provavelmente o eventual cronista no carro atrás escreverá um texto em que conta da motorista distraída do carro da frente. Talvez alguém que eu nem sequer vi tenha algo a dizer sobre a cena de dois carros, dois motoristas, um deles distraído com duas velhinhas gêmeas que atravessam a rua, a buzina, a impaciência, o estresse. Talvez haja alguém na janela de um prédio, vendo tudo de cima, como se fosse uma águia. Ou quiçá uma das velhinhas, a cronista (a menos ou a mais vivaz delas?), resolva chegar em casa, abrir as janelas, ligar um computador já velho, doação do filho, e escrever uma crônica sobre o que é estar idosa a atravessar uma rua movimentada na cidade, como os motoristas são mal-educados, as buzinas e a irmã, que já dá muito trabalho. E talvez fosse nossa chance, leitores de crônicas, de saber mais sobre essas duas mulheres. Não saberemos. Do meu ponto de vista, tudo o que está nelas é só delas. O que estava em mim era uma espécie de assombro, certa empatia, torcendo para que elas chegassem salvas à outra margem.
Ensinar a escrever crônicas não prescinde de exercícios. O olhar é um item importante, mas há outros. Se nos sentarmos todos à porta de casa, ali no alpendre (supondo que ainda moremos em casas térreas de portão baixo), e nos dispusermos a observar a rua por duas horas, que material conseguiremos recolher? Posso suspeitar apenas e escrever uma crônica com minha imaginação, toda ela assentada sobre a vida que vejo passar todos os dias ali, até quando não estou à janela ou sentada no alpendre (aliás, palavra antiga esta). Em duas horas, talvez um sem-número de pessoas passe a pé, indo resolver o que nem imagino, ouvindo músicas de que não suspeito, em fones que foram comprados em viagens ou ganhados de um parente. Muitos carros cruzam as esquinas, alguns se dão bom-dia, vários buzinam impacientes, claro, e alguém percebe, de dentro da cabine, que quem dirigia o carro na direção contrária era um ex-amor. Era como encontrar o passado por dois segundos e deixá-lo se distanciar, pelo retrovisor interno. As pessoas talvez se cumprimentem na rua e pode ser que algumas parem para conversar por alguns minutos. Se dermos sorte, conseguiremos ouvir o papo, saber das coisas sobre familiares, doenças, visitas não cumpridas, mortes, mudanças, planos de viagem ao interior. Teremos farto material, e ouvir os outros é mesmo isto: recolher, mas também pode ser transformar.
Ensinar a escrever crônicas talvez passe por capturar uma chispa no ar e dar asas a ela. Não passou ninguém, não me sentei no alpendre, não tenho duas horas de observação ao pé da porta, mas posso imaginar e fazer com que pareça real, uma cena, um cenário, uma conversa de verdade, que provoque sensações e que comova, ou que enraiveça e revolte. O que um cronista quer? Não vou dizer que queira apenas contar uma história ou comentar um assunto. Um cronista quer suspender a vida por uns minutos. Como se ensina isso? A suspender… mesmo que não venham as idosas gêmeas pelo retrovisor, mesmo que elas tenham sido imaginadas, e que estejamos longe de morar em casas com alpendre?

Disponível em: https://rascunho.com.br/cronistas/ana-elisa-ribeiro/tire-a-cronica-da-cartola/. Acesso em: 02 dez. 2024.
Considere as seguintes afirmações sobre o texto de Ana Elisa Ribeiro:
I. As informações apresentadas entre parênteses são acessórias e repetem ideias já exploradas contextualmente.
II. Um dos conceitos de “observar”, sublinhado no texto, é poético, uma vez que a autora apresenta uma definição contrária à que preconiza o dicionário.
III. Em “Isso eu via pelo retrovisor esquerdo”, sublinhado no texto, o pronome demonstrativo “isso” recupera todo o período anterior à sua aparição.
IV. Os vocábulos “ranhetice”, “alpendre” e “chispa”, sublinhados no texto, marcam um tipo de variação linguística, a saber, a variação histórica.
V. A função de linguagem predominante empregada no texto é a conativa ou apelativa, cujo foco é convencer ou persuadir o leitor.
Estão corretas as afirmativas

Leia o texto a seguir e responda à questão.

Tire a crônica da cartola
Ana Elisa Ribeiro
De vez em quando preciso ensinar a escrever crônicas. Acho difícil dizer de onde partir, a que se agarrar. Posso começar pela parte teórica, digamos, segundo a qual a pessoa precisa ligar uma antena, um radar, dentro de si, e ser observadora. Observar quer dizer estar atenta a muitas coisas, todo o tempo, e distraída de outras. Uma vez, ao volante, me distraí do trânsito à minha frente porque fiquei prestando atenção a duas velhinhas gêmeas atravessando a rua. Isso eu via pelo retrovisor esquerdo. Assisti à cena como se fosse um filme. Elas tinham certa dificuldade de dar passos rápidos e precisos (estou chegando à conclusão de que tenho medo desse aspecto da velhice), cambaleavam um pouco, uma ajudava a outra, porque provavelmente uma era mais vivaz do que a outra, se escoravam, falavam alguma coisa que eu não podia ouvir, alguma ranhetice de velhas sem paciência recíproca, mas atravessaram. Nisso, o semáforo abriu e eu fiquei parada, sem saber que meu tempo urgia, até que algum outro motorista tratou de me lembrar, por meio da buzina. Arranquei ainda querendo ver a trajetória das idosas, e um pouco pasma porque só conhecia gêmeas jovens.
[...]
Se duas velhinhas gêmeas atravessam a rua em meio ao trânsito caótico da cidade, e fazem isso com alguma dificuldade, quem é que presta atenção? Quão banal isso parece? Onde está a crônica, seu nascedouro, sua gênese? A meu ver, estava na travessia ranzinza das velhinhas, mas podia estar na buzina e no sinal fechado, na minha própria distração do trânsito. Provavelmente o eventual cronista no carro atrás escreverá um texto em que conta da motorista distraída do carro da frente. Talvez alguém que eu nem sequer vi tenha algo a dizer sobre a cena de dois carros, dois motoristas, um deles distraído com duas velhinhas gêmeas que atravessam a rua, a buzina, a impaciência, o estresse. Talvez haja alguém na janela de um prédio, vendo tudo de cima, como se fosse uma águia. Ou quiçá uma das velhinhas, a cronista (a menos ou a mais vivaz delas?), resolva chegar em casa, abrir as janelas, ligar um computador já velho, doação do filho, e escrever uma crônica sobre o que é estar idosa a atravessar uma rua movimentada na cidade, como os motoristas são mal-educados, as buzinas e a irmã, que já dá muito trabalho. E talvez fosse nossa chance, leitores de crônicas, de saber mais sobre essas duas mulheres. Não saberemos. Do meu ponto de vista, tudo o que está nelas é só delas. O que estava em mim era uma espécie de assombro, certa empatia, torcendo para que elas chegassem salvas à outra margem.
Ensinar a escrever crônicas não prescinde de exercícios. O olhar é um item importante, mas há outros. Se nos sentarmos todos à porta de casa, ali no alpendre (supondo que ainda moremos em casas térreas de portão baixo), e nos dispusermos a observar a rua por duas horas, que material conseguiremos recolher? Posso suspeitar apenas e escrever uma crônica com minha imaginação, toda ela assentada sobre a vida que vejo passar todos os dias ali, até quando não estou à janela ou sentada no alpendre (aliás, palavra antiga esta). Em duas horas, talvez um sem-número de pessoas passe a pé, indo resolver o que nem imagino, ouvindo músicas de que não suspeito, em fones que foram comprados em viagens ou ganhados de um parente. Muitos carros cruzam as esquinas, alguns se dão bom-dia, vários buzinam impacientes, claro, e alguém percebe, de dentro da cabine, que quem dirigia o carro na direção contrária era um ex-amor. Era como encontrar o passado por dois segundos e deixá-lo se distanciar, pelo retrovisor interno. As pessoas talvez se cumprimentem na rua e pode ser que algumas parem para conversar por alguns minutos. Se dermos sorte, conseguiremos ouvir o papo, saber das coisas sobre familiares, doenças, visitas não cumpridas, mortes, mudanças, planos de viagem ao interior. Teremos farto material, e ouvir os outros é mesmo isto: recolher, mas também pode ser transformar.
Ensinar a escrever crônicas talvez passe por capturar uma chispa no ar e dar asas a ela. Não passou ninguém, não me sentei no alpendre, não tenho duas horas de observação ao pé da porta, mas posso imaginar e fazer com que pareça real, uma cena, um cenário, uma conversa de verdade, que provoque sensações e que comova, ou que enraiveça e revolte. O que um cronista quer? Não vou dizer que queira apenas contar uma história ou comentar um assunto. Um cronista quer suspender a vida por uns minutos. Como se ensina isso? A suspender… mesmo que não venham as idosas gêmeas pelo retrovisor, mesmo que elas tenham sido imaginadas, e que estejamos longe de morar em casas com alpendre?

Disponível em: https://rascunho.com.br/cronistas/ana-elisa-ribeiro/tire-a-cronica-da-cartola/. Acesso em: 02 dez. 2024.
Sobre a relação estabelecida entre o título e o texto, a autora 

Leia o texto a seguir e responda à questão.


A fome segundo uma mulher privilegiada


Voltei a sentir a minha fome, tão diferente da fome amarela da Carolina


Giovana Madalosso


Uma mulher privilegiada descobre pela primeira vez a fome por obra do espelho. Foi assim comigo aos 15 anos. Nem gorda eu era – e se fosse, qual o problema? Com 1,70 metro e cinquenta e poucos quilos, me sentia feia e achei que perder peso ajudaria a aliviar a minha dismorfia, aquela condição em que a pessoa não se enxerga como de fato é.

Todas as manhãs, eu acordava, vestia o uniforme do colégio e passava reto por uma geladeira cheia e uma fruteira abundante, esnobando todos aqueles nutrientes. Eu não era a única. Minha melhor amiga também chegava na aula de jejum. Preocupadas em exalar o estômago vazio, virávamos uma para a outra: tô com bafo? E só na hora do recreio tomávamos um iogurte light.

Dali para frente, quase todas as mulheres com quem estudei ou trabalhei passaram propositalmente fome pelo menos uma vez, em algum momento da vida. A maioria muitas vezes, em muitos momentos. E algumas pagando caro para isso, seja com regimes planejados, estadias em spas ou cirurgias de redução de estômago.

Adulta, cansei de ver mulheres cruzando os talheres sobre pratos quase intocados e se vangloriando por essa vitória. Ou saciando a fome e depois vomitando, como às vezes ouvíamos uma colega de trabalho fazer no banheiro da agência, depois do almoço.

Só aos 40 anos fui escutar de perto a outra fome, tão estrangeira a nós, lendo Carolina Maria de Jesus e ouvindo seu estômago roncar nas entrelinhas. Ou mesmo nas linhas, em frases explícitas. Em “Quarto de Despejo”, Carolina conta que juntava restos do chão da feira para dar para os filhos. Ou fazia sopa de ossos. Conta que às vezes a fome era tanta que tinha até materialidade: amarela.

Depois de anos sem me preocupar com a balança, há algumas semanas voltei a pensar em calorias e a passar aquela velha fome, tão diferente da fome amarela da Carolina, com o intuito de perder o peso que venho ganhando por causa de oscilações hormonais.

Com o estômago recheado por apenas um ovo e um gole de café, parei o carro num farol. Na minha frente uma mulher segurava um cartaz escrito: fome. Suas roupas estavam esfiapadas, certamente não sentia o mesmo tipo de fome que eu.

Revirei a bolsa, procurando um trocado. Enquanto fazia isso, imaginei, ao lado dela, 1,4 milhão de pessoas que estão passando fome em São Paulo. Ou as 5 milhões que vivem com algum tipo de insegurança alimentar na cidade.

Do lado de cá do farol, as outras milhões de pessoas: dentro dos carros, com nossas fomes voluntárias e desejos difusos. Ou compulsões alimentares, a saciedade sempre tão dificilmente equilibrada na ponta do garfo, sob o vento perverso da cobrança estética.

Eles e nós, cidadãos de um país fraturado há séculos entre fomes e fomes, muitas vezes renovando votos em lideranças que parecem ser tão indiferentes à fome mais triste de todas, a que mais ronca e a que menos faz barulho.

Na minha bolsa, achei pastilhas diet mas não achei nenhum trocado. E já era tarde demais para pegar o pix da mulher. Como tantos outros motoristas, em tantos outros faróis, em tantas outras cidades, desviei os olhos do estômago vazio à minha frente e segui caminho, atenta apenas ao meu próprio umbigo. Como pode? Até quando?


Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/giovana-maladosso/2024/10/a-fome-segundo-uma-mulher-privilegiada.shtml?utm_source=whatsapp&utm_medium=social&utm_campaign=compwa. Acesso em: 30 nov. 2024.

Giovana Madalosso, para atingir propósitos comunicativos específicos, emprega

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