Em 2002, a cena política mundial, notadamente a européia, apresenta motivos de inquietação para os que acreditam nos valores democráticos. A respeito desse quadro, em que eleições propiciam a emergência de posições extremadas, à direita e à esquerda, assinale a opção incorreta.
Pelo menos duas conseqüências podem ser creditadas aos acontecimentos de 11 de setembro de 2001: mostraram que o terrorismo político também se globalizou, atingindo dimensão até então inimaginável, e enrijeceram ainda mais as posições já conservadoras do governo George W. Bush.
Nas eleições francesas, a diminuta diferença de votos a favor de Jacques Chirac sobre Le Pen, no segundo turno, explicitou a perfeita divisão que faz da França, hoje, um país dividido em duas nações.
Pode-se falar, na Europa dos dias atuais, da existência de uma onda direitista, como se verificou nas eleições em diversos países, como Áustria, Dinamarca, Portugal, Holanda e Itália.
Para muitos analistas, a posição assumida por eleitores europeus reflete o fracasso dos governos social-democratas, os quais, a despeito de alguns êxitos, acabaram por sucumbir, sob muitos aspectos, ante o ideário neoliberal.
O discurso direitista europeu tem assumido tom crescentemente agressivo, em especial na defesa de um nacionalismo xenófobo, que também se traduz na insistente oposição aos imigrantes, o que acaba por desvelar uma posição racista.
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