Leia o Texto II para responder as questões de 36 a 50.
Leia as passagens I e II (extraídas do Texto II).
I. "se usamos o pronome pessoal, por que precisamos inserir no verbo a desinência número-pessoal? Tanta lógica existe nesse uso do povo que o inglês adotou como norma culta "I go", "we go", "they go"."
II. "a marca do plural – no português, o "s" – não está no objeto, tampouco em sua essência de pastel, mas apenas na palavra. Ao usar um numeral para exprimir quantidade, não seria necessário colocar o "s" e as desinências prescritas pela Norma. Seria uma redundância. Daí a freqüência com que se ouve nos bares "um chope e dois pastel"
Assinale a alternativa INCORRETA.
Com a passagem I, o autor do Texto II aproxima com sagacidade um uso não padrão, recorrente no português popular brasileiro (a ausência das desinências verbais de número e de pessoa) ao uso padrão na língua inglesa
As passagens I e II não representam uma alternativa metodológica para o ensino do português, porque a análise de estruturas morfossintáticas é um procedimento metodológico freqüentemente usado na sala de aula para a compreensão e aceitação da variação lingüística como uma possibilidade do sitema da língua.
Um exemplo em português para o caso evocado na passagem I é 'tu vai', 'ele vai', 'nos vai', recorrente no uso coloquial da língua. Nesse caso, tal como no inglês padrão, a redução das desinências verbais é facilmente recuperada pelo falante com o auxílio do pronome pessoal.
Para compreender o argumento desenvolvido na passagem II, precisamos desviar nossa atenção do padrão morfológico predominante em português e considerar que existem outras possibilidades, menos prestigiadas, para se fazer a representação do plural na língua.
Nas duas passagens, o autor faz referência a casos particulares do uso cotidiano da língua para apoiar o argumento geral (sobre a relação entre norma e variação lingüística) que vai sendo construído, passo a passo, ao longo do texto.
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