Para as questões 12 a 15, leia o trecho da crônica "O enviado de Deus", de Fernando Sabino:
"Fazia um dia lindo. O ar ao longo da praia era
desses de lavar a alma. O meu fusca deslizava dócil
no asfalto, eu ia para a cidade feliz da vida. Tomara o
meu banho, fizera a barba e, metido além do mais
num terno novo, saíra para enfrentar com otimismo a
única perspectiva sombria naquela manhã de cristal:
a da hora marcada no dentista.
Mas eis que o sinal se fecha na Avenida Princesa
Isabel e um rapazinho humilde se aproxima do meu carro.
- Moço, me dá uma carona até a cidade?
O que mais me impressionou foi a espontaneidade
com que respondi:
- Eu não vou até a cidade, meu filho.
Havia no meu tom algo de paternal e compassivo,
mas que suficiência na minha voz! Que segurança no
meu destino! Mal tive tempo de olhar o rapazinho e o
sinal se abria, o carro arrancava em meio aos outros,
a caminho da cidade."
De acordo com o texto, assinale a alternativa correta:
O narrador do texto é em terceira pessoa.
A manhã em que se passa a narrativa era sombria.
O narrador não ia para a cidade, por isso não deu carona para o menino.
O narrador mentiu, arrumando uma desculpa para não dar carona para o menino.
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