Os versos a seguir representam coisas e atos vulgares da vida, retratam o homem comum sofrendo a confusão do tempo:
José
E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?
Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José
[...]
O autor desses versos é:
Manoel Bandeira;
Carlos Drummond de Andrade;
Autran Dourado;
Cora Coralina;
João Cabral de Melo Neto.
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