As metáforas poéticas estruturam-se sobre associações previsíveis entre os objetos: “as flores eram cabeças de santos” (v.3).
O clima de pesadelo atenua a atmosfera surreal do poema e remete o leitor à realidade imediata da vida moderna na cidade.
A dimensão semântica do poema reúne vocábulos que remetem ao sonho e ao inconsciente, instaurando no mundo do poema uma realidade presente, ainda que transfigurada.
A rígida estrutura formal do poema atenua o impulso não racional das imagens, mantendo o poema sob o domínio do consciente.
Nos versos, a relação entre o sujeito e a ação que ele pratica é usual e cotidiana: “O mar soprava sinos” (v.1).
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