Analise a situação hipotética relatada abaixo.
Duas berçaristas, Daniela e Júlia, estavam conversando sobre o que representa a função de cuidar na sua atividade profissional. Daniela defendia a ideia de que o cuidado é uma atividade intuitiva, que se aprimora com o fazer diário, com a experiência e observação. Júlia, embora concordasse com a importância da experiência e da observação, argumentou que o cuidar, principalmente do ponto de vista profissional, é uma atividade que transcende o entendimento prático.
Podemos afirmar que o argumento de Júlia está de acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI- MEC/SEF – 1998), pois segundo esse documento, para se atingir os objetivos dos cuidados com a preservação da vida e com o desenvolvimento das capacidades humanas, é necessário que as atitudes e os procedimentos estejam:
apoiados em trocas com os profissionais mais experientes, que possuem um conhecimento empírico e podem esclarecer dúvidas e auxiliar na definição de condutas gerais e homogêneas.
direcionados a ações infantis previsíveis e predefinidas, baseadas em princípios comportamentalistas, que devem ser traduzidos emmetas e avaliados periodicamente.
fundamentados nas contribuições teóricas behavioristas, segundo as quais o cuidar é uma atividade subjetiva, que se dá através das trocas simbólicas entre aquele que cuida e aquele que é cuidado.
baseados em conhecimentos específicos sobre o desenvolvimento biológico, emocional e intelectual das crianças, levando em consideração as diferentes realidades socioculturais.
relacionados às concepções filosóficas pós-estruturalistas, segundo as quais a atividade prática é resultado do treinamento e da observação neutra e imparcial da realidade.
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