Formas de ser e de aparecer de veículos de comunicação, tais como a televisão e o vídeo, podem ser sucintamente descritas em suas inter-relações. Assim, por exemplo:
a televisão mobiliza nossa afetividade, provocando sensações e despertando emoções imediatas; o vídeo constitui obra em linguagem televisiva, de cunho artístico, técnico ou didático;
pela relação imagem, som e palavra, a televisão orienta nossa sensibilidade para uma compreensão imediata do real; o vídeo reforça o interesse que desperta pela parceria com o computador;
pelo seu caráter de veículo apto a realizar mediações e despertar sentimentos, em plano analógico e/ou conceitual, a TV fornece ao vídeo todos os dispositivos necessários à reprodução de imagens do real;
a televisão vem se juntar ao computador para a construção de uma hiperrealidade, deixando para produções em vídeo a exclusiva competência de uma reprodução documental da realidade;
a televisão foi o veículo de comunicação típico do século XX, quando, aliada aos satélites, tornou-se uma potência; ao capturar nosso olhar, as imagens coloridas do vídeo solicitam nossa inteligência sensível.
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